Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Peru aprova a primeira fórmula similar ao Mevatyl, produto de Cannabis considerado alternativa aos opioides https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/peru-aprova-a-primeira-formula-similar-ao-mevatyl-produto-de-cannabis-considerado-alternativa-aos-opioides/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/peru-aprova-a-primeira-formula-similar-ao-mevatyl-produto-de-cannabis-considerado-alternativa-aos-opioides/#respond Tue, 23 Nov 2021 01:50:30 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/Verdemed-Tetraidrocanabinol-Canabidiol-1-1-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2507  

Desde 2017, o Mevatyl é o único produto de Cannabis registrado pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) no Brasil, para o alívio dos sintomas do câncer – dores e enjoo – e da espasmocidade provocada pela esclerose múltipla. Produzido pela inglesa GW Pharmaceuticals foi originalmente batizado de Sativex, mas aqui mudou de nome.

Na sexta-feira, 19, a Digimed –órgão sanitário, equivalente à Anvisa no Peru– registrou a primeira fórmula similar no mundo. Trata-se do Sativyl, da Farmacêutica Verdemed, com 27 mg/ml de THC (tetrahidrocanabidiol, substância psicoativa) e 25 mg/ml de CBD (canabidiol). Segundo os médicos, a proporção quase igual dos dois canabinoides é o diferencial para aliviar as dores fortes. O vidro tem 10 ml e 250 mg de concentração.

De acordo com dados do IARC (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer), o número de casos foi de 19 milhões em todo o mundo em 2020. Já a esclerose múltipla –doença autoimune, degenerativa e progressiva – atinge 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a incidência é de 15 pessoas em cada 40 mil, segundo o OMS (Organização Mundial de Saúde).

Tanto o medicamento da GW como da Verdemed são alternativas aos opioides, classe de medicamento conhecido pela eficiência n combate à dor.  Mas causam dependência química e podem levar o paciente à morte.

A longo prazo, o paciente com dor crônica, em geral, precisa de doses cada vez maiores para aliviar a dor. Nos EUA, o aumento do consumo virou questão de Saúde Pública. Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão americano de saúde, registrou aumento de 28,5% das mortes por abuso de opioides, de abril de 2020 até o mesmo mês deste ano –em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O produto também é um substituto dos medicamentos clássicos contra o enjoo e o vômito, sintomas provocado pelo tratamento de quimioterapia. Há uma parcela da população refratária aos antieméticos alopáticos, que sobrecarregam o fígado. Além disso, o Sativyl é um fitoterápico.

Mas a grande vantagem do lançamento da Verdemed no Peru é o preço. O Sativyl sairá pela metade do custo do Mevatyl, que é vendido a R$ 3,4 mil a caixa, com três frascos com 10 ml (spray), nas farmácias brasileiras. “Nossa caixa com três vidros deve ficar entre R$ 1.600 e R$ 1800. No início do ano já estaremos com o produto à venda no comércio peruano”, garante José Bacellar, CEO da Verdemed.

Quando o produto vem para o Brasil? A empresa já entrou com a documentação para análise do produto na Anvisa. Enquanto o pedido de registro tramita, a alternativa para o paciente seria importar o Sativyl. Porém, a empresa não sabe ainda se e quando haverá essa possibilidade. Aguardemos por mais novidades.

 

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CBD full spectrum com registro na Anvisa passa a se chamar Extrato de Cannabis sativa https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/11/cbd-full-spectrum-com-registro-na-anvisa-passa-a-se-chamar-extrato-de-cannabis-sativa/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/11/cbd-full-spectrum-com-registro-na-anvisa-passa-a-se-chamar-extrato-de-cannabis-sativa/#respond Thu, 11 Nov 2021 15:27:41 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/zion-ion-extrato-de-cannabis-sativa-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2495 A partir do ano que vem, o consumidor deve se deparar com o extrato de Cannabis sativa, uma outra denominação para um produto já bem conhecido.  Estamos falando do CBD (Canabidiol, uma das substâncias da Cannabis) full spectrum (com a inclusão de todas os outros canabinoides da planta, terpenos e flavonoides). A classificação passa a valer para os produtos com registro sanitário na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).

“CBD Full spectrum é uma terminologia da indústria “, explica Fabrício Pamplona, farmacologista. “A Anvisa está certa. CBD é apenas o nome da molécula. Quando elas não estão isoladas dos demais canabinoides, o produto deve levar o nome de extrato de Cannabis sativa. Mas vale ressaltar que é um produto rico em CBD”.

Os outros canabinoides (THC, CBG…) aparecem em baixas concentrações para garantir o efeito entourage, que é a interação entre diferentes moléculas, que turbinam o CBD no organismo.

Esse é o caso dos produtos das empresas Promediol, com sede na Suíça, e Zion, nos EUA.  Ambas conseguiram o registro sanitário na última quinta-feira, 04. Elas chegarão ao mercado com o extrato de Cannabis sativa (conhecido até agora como CBD full spectrum) .

Segue abaixo a lista dos produtos de Cannabis registrados na Anvisa, desde a publicação da RDC 327, em dezembro de 2019.  Vale ressaltar que na lista*, o Canabidiol do Laboratório Farmacêutico Farmanguinhos, do Ministério da Saúde, é produzido pela Prati-Donaduzzi. Portanto, fabricantes de fato são cinco (Prati, Nunature, Verdemed, Promediol e Zion).

  •  Canabidiol Prati-Donaduzzi (20 mg/mL; 50 mg/ml e 200 mg/ml), autorizado em 22/04/2020; – no total são sete apresentações
  •  Canabidiol Nunature (17,18 mg/ml), autorizado em 15/04/2021;  
  •  Canabidiol Nunature (34,36 mg/ml), autorizado em 15/04/2021; 
  •  Canabidiol Farmanguinhos (200 mg/ml)), autorizado em 14/05/2021;  
  • Canabidiol Verdemed (50 mg/ml) autorizado em 26/10/2021
  • Canabidiol Farmanguinhos (50 mg/ml) autorizado em 29/10/2021. 
  • Extrato de Cannabis Sativa Promediol, autorizado 04/11/2021 
  • Extrato de Cannabis Sativa Zion Medpharma, 200 mg/ml, autorizado 04/11/2021
    *Lista enviada pela Anvisa
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Pesquisa de Covid longa do InCor receberá novo CBD registrado pela Anvisa antes que farmácias https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/pesquisa-de-covid-longa-do-incor-recebera-novo-cbd-registrado-pela-anvisa-antes-que-farmacias/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/pesquisa-de-covid-longa-do-incor-recebera-novo-cbd-registrado-pela-anvisa-antes-que-farmacias/#respond Fri, 05 Nov 2021 15:28:49 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/unnamed-2-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2488 Os pesquisadores do InCor estão animados com a notícia de que o estudo de covid-longa vai contar com CBD (Canabidiol, substância derivada da Cannabis) com registro sanitário da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). “Agora médicos e pacientes ficam ainda mais confiantes. Isso também aumenta a credibilidade dos resultados” diz o coordenador do estudo Edimar Bocchi, que é professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

As exigências da Anvisa para conceder o registro para um produto de Cannabis são iguais as de qualquer medicamento à venda na farmácia. O registro atesta, por exemplo, que um analgésico terá sempre a mesma concentração e qualidade.

Na pesquisa de Covid longa, o InCor vai usar o CBD 50 mg/ml da Farmacêutica Verdemed, que conseguiu o registro na última sexta-feira, 27. Mas para o público em geral, a empresa adianta que o produto chegará às farmácias brasileiras apenas no segundo semestre do ano que vem.

O CBD da Verdemed é resultado de uma parceria com  a empresa americana de capital aberto Clever Leaves, com laboratório e campos de cultivo na Colômbia. Ela tem certificação farmacêutica de Boas Práticas de Manufatura EUDRA. Todos esses detalhes, que em geral os leigos não se atentam, importam muito para os pesquisadores.

Vale lembrar que este será o primeiro estudo brasileiro de fase 3 sobre os efeitos do CBD no tratamento da Covid longa. Estamos falando de um estado clínico provocado pela Covid, que permanece mesmo depois de o corpo vencer o vírus. O pacientes continuam com os mesmos sintomas, entre eles, fadiga, fraqueza muscular, dor de cabeça, problemas psiquiátricos, vômito e diarreia por até nove meses.

Nesta semana, a pesquisa foi entregue para ser protocolada no Comitê de Ensino e Pesquisa da Universidade de São Paulo. “Espera-se o aval para o início do estudo clínico ainda em novembro, uma vez que os temas relativos à Covid têm caráter de urgência”, diz o CEO da Verdemed, José Bacellar.

 

 

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Sem autorização de plantio, associação com 1800 pacientes de Cannabis medicinal pode ser fechada https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/05/sem-autorizacao-de-plantio-associacao-com-1800-pacientes-de-cannabis-medicinal-pode-ser-fechada/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/05/sem-autorizacao-de-plantio-associacao-com-1800-pacientes-de-cannabis-medicinal-pode-ser-fechada/#respond Wed, 06 Oct 2021 02:55:12 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/Eduardo-sobrinho-de-Eron-Flor-da-Vida-WhatsApp-Image-2021-10-05-at-21.45.42-e1633487708196-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2392 A Flor da Vida, associação de pacientes de Cannabis medicinal, corre o risco de ser lacrada nesta quarta-feira (6). Localizada em Franca (SP), ela atende 1.800 pessoas –a maioria crianças de até 5 anos. Mas tem também adultos e idosos com doenças raras, como autismo, epilepsia, Alzheimer e Parkinson.

A questão é a mesma que ameaça tantas outras associações espalhadas pelo Brasil. “No país, plantar Cannabis, mesmo que para fim medicinal, é crime. Há dois anos, montamos oficialmente a associação e entramos com uma ação contra a União e a Anvisa para conseguirmos o direito do plantio”, explica Enor Machado, de 30, fundador da Flor da Vida. Porém, esse instrumento jurídico de proteção ainda não saiu.

“Enquanto esperamos a decisão da Justiça, continuamos produzir o óleo medicinal para os pacientes. Nunca escondemos que estávamos funcionando”, diz ele. “Mesmo em situação de desobediência civil, não podemos deixar de atender tantas pessoas que precisam do óleo.”

Nesta quarta (6), acaba o prazo que o Ministério Público, a Secretaria da Saúde (Vigilância Sanitária) e a Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes) deram para inspecionar a associação, que pode ser fechada. Associações, advogados e pacientes se pronunciaram a favor da entidade.

Associação Flor da Vida, em Franca
Uma das atividades lúdicas oferecidas na associação (Foto: divulgação)

“É de conhecimento público que pende no Brasil a regulamentação de acesso ao fitorápico e ao vegetal para uso terapêutico, a contrário senso do que ocorre em mais de 50 países reforçando o estigma que habita em nossa sociedade desde que os higienistas do século 19 promulgaram a lei do Pito do Pango, em 4 de outubro de 1930, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.” Escreveu a SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis) na carta de apoio a Flor da Vida. “Antes ao exposto a SBEC presta solidariedade e apoio à Associação Flor da Vida…”

A associação começou quando Enor conseguiu desenvolver um óleo para o sobrinho, Eduardo, com 2 anos, na época. “Ele nasceu com autismo. Cerca de 90% dos autistas não falam. A Cannabis medicinal trata as inflamações como nenhum outro medicamento. Eduardo está saindo do espectro autista para ter autonomia”, conta.

Hidroterapia da For da Vida: ajuda no tratamento das crianças (Foto:divulgação)

 

“Tinha de dividir o benefício que consegui para o meu sobrinho com as outras famílias, que passam pelos mesmos problemas.” Foi assim que surgiu a associação. Hoje ela tem três casas, 25 colaboradores contratados, e oferece atividades como hidroterapia e fisioterapia.

A Flor da Vida não é a primeira associação a ter o funcionamento ameaçado pela Justiça. Nem será a última, até que exista uma regulamentação sobre o plantio. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados ,o PL-399/2005 , está parado. De autoria do deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE) e posteriormente redigida pelo deputado Luciano Ducci (PSB-PR), regulamenta o plantio do cânhamo medicinal para medicamento ser acessível ao todos os pacientes. Vale destacar que um CBD sai R$ 2.300, em média, na farmácia, pois só há uma marca com autorização sanitária à venda. A associação Flor da Vida repassa as gotinhas do óleo artesanal a partir de R$ 150.

 

 

 

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Empresa de CBD pode perder patente sobre óleo de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/empresa-de-cbd-pode-perder-patente-sobre-oleo-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/empresa-de-cbd-pode-perder-patente-sobre-oleo-de-cannabis/#respond Thu, 08 Apr 2021 04:18:12 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/Prati-Donaduzzi.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2149 A farmacêutica nacional Prati-Donaduzzi pode perder a patente do óleo de CBD (canabidiol), conquistada em fevereiro. Na terça-feira (6), o Inpe (Instituto de Propriedade Industrial) recomendou a nulidade do documento. Publicado na revista do órgão, o parecer é uma resposta aos processos administrativos instaurados contra a patente (BR-112018005423-2) da citada empresa em parceria com a Universidade de São Paulo.

Em dezembro, foram registrados três processos administrativos internos contra a patente da Prati. O primeiro, no dia 18, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e de Antônio Luiz Marchioni, o padre Ticão, da Paróquia São Francisco de Assis –que faleceu em janeiro. Líder comunitário da Zona Leste de São Paulo, o pároco ganhou notoriedade por organizar cursos sobre a Cannabis medicinal com o auxílio de professores da Universidade Federal de São Paulo. Já o deputado é presidente da Comissão Especial de Cannabis Medicinal na Câmara dos Deputados.

Padre Ticão e o deputado Paulo Teixeira na igreja de São Francisco de Assis, na Zona Leste de São Paulo. (Foto: arquivo pessoal/ Paulo Teixeira)

Em 23 de dezembro, a Herbarium Laboratório Botânico entrou com o segundo pedido de nulidade e a advogada especialista em direito intelectual Letícia Provedel, com o terceiro. Ativistas, médicos e legisladores da Cannabis medicinal não entendiam como um óleo extraído de um fitoterápico poderia ser objeto de patente. Qual seria o pulo do gato neste processo de extração considerado simples pelos especialistas?

“A Prati pretende monopolizar a produção e a distribuição do canabidiol no mercado nacional” diz a psiquiatra Eliane Nunes, diretora da SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis Sativa). “O processo de extração do óleo da planta é simples. Por isso muitas donas de casa, mães de pacientes, conseguem produzi-lo artesanalmente a partir da flor da Cannabis”, diz Nunes, que tem o projeto Mães Jardineiras, que ensina as técnicas de plantio da Cannabis medicinal.

 

A psiquiatra Eliane Nunes: defesa pela acessibilidade do medicamento de Cannabis. (Foto: Divulgação)

Em paralelo, o Ministério da Saúde analisa a possibilidade de incorporar o CBD isolado na concentração de 200 mg/ml  da Prati, indicado para o controle da epilepsia refratária (R$ 2,5 mil, o vidro com 30 ml). Um movimento que foi questionado anteriormente pelos deputados envolvidos no PL 399/2015, que regula o cultivo e o comércio da Cannabis medicinal, o relator Luciano Ducci (PSB-PR) e Paulo Teixeira.  A empresa paranaense é a única com registro sanitário da Anvisa (Agência de Vigilância Nacional), que permite a comercialização do produto na mercado nacional. Nos EUA, um vidro de óleo de CBD varia de U$ 40 a US$ 100.

Segundo ela, “a patente impede que produtos semelhantes sejam desenvolvidos no Brasil, por exemplo, pelas Farmácias Vivas. Como o governo pretende colocar o CBD no SUS, ele ficaria restrito à Prati” As partes envolvidas no processo de nulidade têm 60 dias para se pronunciarem.

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Brasileiro sai ganhando ao escolher o CBD importado, que chega a custar até 25% do produto nacional https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/02/01/brasileiro-sai-ganhando-ao-escolher-o-cbd-importado-que-chega-a-custar-25-do-produto-nacional/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/02/01/brasileiro-sai-ganhando-ao-escolher-o-cbd-importado-que-chega-a-custar-25-do-produto-nacional/#respond Mon, 01 Feb 2021 20:20:54 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/2-1-e1612213084992-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1968 A Cannabis medicinal importada está mais em conta que a nacional. A queda dos preços da biomassa do CBD registrada nos EUA, no ano passado, impactou o preço do produto final. Há importado que chega a custar um quarto do preço do equivalente nacional –mesmo com o câmbio alto para os brasileiros.

Segundo a Hemp Benchmarks, a baixa do insumo do CBD foi de 79%, comparando o preço do quilo da biomassa do canabinoide de abril de 2019 ao mesmo mês de 2020. Isso deu fôlego às empresas de realizaram inúmeras promoções – do tipo compre dois e leve três ou progressivas.  O importante, porém, é o preço de tabela também ter caído.

“Estamos com o CBD mais barato do mercado”, exagera Fábio Lampugnani, diretor da VerdeMed para a América Latina. O executivo da empresa canadense se refere ao CBD Full Spectrum, com concentração de 50mg/ml, em frasco de 30 ml (com um total de 1.500 mg CBD). “Estamos vendendo este produto por R$ 449”.
A maior parte da Cannabis medicinal comercializado no país é artesanal. Apenas duas empresas fabricam seus produtos como se fossem fármacos –  quer dizer com os mesmos cuidados que a de uma farmacêutica, como é o caso da empresa canadense citada acima, que tem no rótulo, prazo de validade, concentração dos canabinoides, entre outras características exigidas pelo setor. Uma delas é a Abrace Esperança, com a linha laranja. Ela é a única associação de pacientes com permissão judicial para produzir e vender.

Neste segmento, a Abrace oferece CBD full spectrum com concentração de 15mg/ml – a metade da concentração do produto da VerdeMed– em frasco de 100 ml, com 1.500 mg CBD. Custa R$ 640 e é elaborado com matéria-prima nacional.

Outra marca nacional é a da farmacêutica paranaense Prati-Donaduzzi, que usa insumo importado. Ela tem apenas o CBD isolado, autorizado pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), ao preço médio de R$ 1.200.

Voltando aos importados, a americana Carmen’s vem se destacando pelo preço. O CBD Full Spectrum (50 mg/ml, em frasco de 30 ml com 1.500 mg CBD) da marca sai por R$ 331,90. A explicação do preço tão diferenciado no mercado tem a ver com a estratégia escolhida pela empresa, quando entrou no mercado nacional, há um ano.

“Nosso preço não é baseado no dólar flutuante, pré-fixamos em reais “Temos um espectro de consumidores que vai da classe A à D”, diz ”, diz Marcelo José da Silva, 49 anos, gerente comercial da Carmen’s.

“A queda de preços da Cannabis medicinal aconteceu nos EUA devido ao crescimento do mercado. Com mais empresas, tornou-se mais competitivo”, diz Rodolfo Rosato, CVO da Terra Cannabis, um portal de produtos de Cannabis medicinal, que trabalha com marcas bem avaliadas pelo mercado americano.

Entre elas, a Terra Cannabis oferece os produtos da Lazarus Naturals, empresa de Cannabis de Seattle, badalada no mercado americano. No ano passado, um vidro de CBD Full Spectrum, com 200 capsulas de 50 mg, baixou de USD$ 360 para USD$ 200. Preço que se mantém, equivalente a R$ 1.092,40. “Mas temos outras marcas com preços mais em conta, caso do CBD Full Spectrum, da Canna River, de 2500 mg, por R$ 355,03”, diz Rosato.

O mercado nacional de Cannabis também registrou o surgimento de novas startups, que até por isso vem usando técnicas agressivas de vendas.  Sorte do consumidor, que começa a ter mais opções de compra.

 

 

 

 

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Pesquisadores brasileiros anunciam estudo do mecanismo de ação da Cannabis nas células nervosas https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/23/pesquisadores-brasileiros-anunciam-estudo-do-mecanismo-de-acao-da-cannabis-nas-celulas-nervosas/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/23/pesquisadores-brasileiros-anunciam-estudo-do-mecanismo-de-acao-da-cannabis-nas-celulas-nervosas/#respond Mon, 23 Nov 2020 20:40:32 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/entourage-phytolab-Rodrigo-BragaDivulgação-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1729 Cannabis medicinal tem efeito positivo em doenças graves, de difícil tratamento e ligadas a uma disfunção nervosa, como o Parkinson, o Alzheimer e a Epilepsia. Nos consultórios, multiplicam-se as notícias de casos bem-sucedidos ao redor do mundo. No Brasil, na última segunda-feira (16), o Cannabis Inc. publicou a história de um agricultor paranaense, com Alzheimer, que se submeteu à terapia ainda experimental com THC e deixou de ter “brancos” na memória em dois meses.

Apesar de os médicos saberem da eficiência, a explicação da ação dessas substâncias derivadas da Cannabis ainda é vaga. O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e o laboratório de Cannabis medicinal Entourage Phytolab anunciaram que, em 2021,  começam a desvendar o mecanismo dos diferentes compostos canabinoides no sistema nervoso.

O procedimento não é invasivo. Células epiteliais serão recolhidas a partir da urina dos voluntários. No laboratório, os cientistas as transformarão em células troncos pluripotentes, ou seja, com capacidade de virar a estrutura para qualquer parte do organismo. Neste caso, em tecidos neurais. Vale lembrar que cada célula possui o material genético do doador.  Isso possibilita o estudo aprofundado da ação das substâncias canabinoides e a avaliação positiva e negativa em cada caso.

“O principal objetivo é compreender melhor os diferentes potenciais dessas substâncias e de suas diversas combinações. A partir desses primeiros resultados, poderemos selecionar os melhores caminhos de desenvolvimento terapêutico, que no futuro deverão evoluir para ensaios clínicos com nossos próprios medicamentos fitoterápicos”, diz Caio Abreu, fundador e CEO da Entourage Phytolab, que atua em pesquisas há 5 anos.

“Nosso primeiro medicamento chega ao mercado em 2021 e será usado no tratamento de epilepsia. A parceria com o Instituto D’Or vai ajudar no desenvolvimento de outros medicamentos, voltados para condições como dores e doenças inflamatórias crônicas.”

 

 

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Setor calcula redução de 1/3 no preço do medicamento com cultivo da Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/04/setor-calcula-reducao-de-13-no-preco-do-medicamento-com-cultivo-da-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/04/setor-calcula-reducao-de-13-no-preco-do-medicamento-com-cultivo-da-cannabis/#respond Sat, 05 Sep 2020 01:53:07 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/WhatsApp-Image-2020-03-16-at-23.22.13-e1599267889685-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1327 As empresas de Cannabis medicinal já começaram a calcular os custos, caso o Brasil regule o cultivo da Cannabis medicinal. Em agosto, o texto substitutivo do PL 399-2015 foi apresentado na Câmara dos Deputados. Ele regula o plantio da Cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

O setor é unânime em dizer que haveria uma queda significativa do custo do tratamento. Segundo Cristiana Prestes, CEO e fundadora da HempCare, o paciente pagaria 1/3 do preço atual.

Uma empresa com medicamento importado registrado no Brasil paga o extrato da substância isolada da Cannabis (como o THC e o CBD) entre US$ 70 a US$ 80, de acordo com a New Frontier Data. A matéria-prima faz parte do custo de produção, que no total corresponde a 19,75% do preço do produto vendido. Entram no cálculo 13,75% referente aos impostos, 15%, ao armazenamento, 10%, à distribuição, 40%, à margem das farmácias e 1,5%, ao lucro do produtor.

De acordo com a empresária a produção no exterior sai muito mais alta devido ao câmbio do dólar. “O imposto da importação também pesa”, diz ela. Abaixo a entrevista da empresária:

 

Dá para calcular quanto o preço do medicamento final cairia para o consumidor, caso o cultivo seja aprovado?
Cristiana Prestes: 
Sim, acho que todos da indústria já fizeram este cálculo. O custo para o consumidor final reduziria para 1/3, dependendo da margem do fabricante. Facilitaria bastante o acesso. Hoje você não consegue colocar no mercado um medicamento registrado no Brasil por menos de R$ 1,5 mil. O preço é composto pelo custo da matéria-prima, do distribuidor nacional, dos impostos e da margem de lucro das farmácias. O próprio SUS (Sistema Único de Saúde) poderia tabelar o preço. O cultivo permite que o Brasil produza remédios com preços acessíveis, tanto para os consumidores finais como para o SUS (Serviço Único de Saúde).

Quando se analisa o cálculo da composição do preço do medicamento, o que parece pesar muito é a margem das farmácias. Não dá para mudar isso?
Cristiana Prestes: Poderia mudar se o governo abrisse dispensários (armazéns de venda específica de Cannabis medicinal) controlados pelo governo como no exterior. Eles não cobram margem e também eliminam as taxas da distribuição.

No cultivo, qual é o tempo que um investidor demora para ter o retorno do capital?
Cristiana Prestes: Cerca de dois anos. Mas se o SUS for comprar e os fabricantes também, você planta a quantidade certa de venda por ano.

Qual o investimento de uma plantação de Cannabis?
Cristiana Prestes: Um cultivo em estufa ,de 10 mil m2, custa R$ 10 milhões .

Muitas pessoas reclamam que o PL 399-2015 não regula o autocultivo. Como você avalia isso?
Cristiana Prestes: Eu sou contra o autocultivo doméstico. Acho que viraria uma bagunça. Mas o governo poderia vender a grama in natura de forma regulada. Neste caso, o paciente seria autorizado a comprar apenas a quantidade prescrita na receita médica, como acontece hoje na Flórida. Sei que isso seria o começo para a abertura de um possível uso recreativo. Mas é uma forma de sair do mercado paralelo e atender todo mundo. Quem quer fazer o próprio medicamento compra o produto in natura.

 

 

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