Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pacientes ganham a terceira marca de CBD aprovada pela Anvisa https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/pacientes-ganham-a-terceira-marca-de-cbd-aprovada-pela-anvisa/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/pacientes-ganham-a-terceira-marca-de-cbd-aprovada-pela-anvisa/#respond Tue, 02 Nov 2021 23:01:39 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Screen-Shot-2021-09-03-at-11.26.52-e1635892220452-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2474 A farmacêutica Verdemed foi a terceira empresa a conseguir a autorização sanitária da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira, 29.

A partir disso, ela poderá colocar o CBD (Canabidiol, substância terapêutica sem psicoativos) nas farmácias do país. Até então o único caminho da Verdemed para vender os medicamentos era a importação.

“A Verdemed completou um ciclo de três anos de investimentos com a obtenção da autorização sanitária para o CBD 50 mg/ml, que deve chegar às farmácias no segundo trimestre do ano que vem. Para não haver prejuízo aos médicos e pacientes, manteremos até lá o atendimento pela RDC 335/2020”, diz José Bacellar, fundador e CEO da empresa.

A primeira empresa a conseguir a autorização da Anvisa foi a Prati-Donnaduzi, em abril de 2020. Um ano depois, em maio, foi a vez da Nunature. Três meses depois, a Promediol, empresa suíça com braço no Brasil, estava com o processo encerrado na Anvisa.

Ela esperava apenas a publicação no Diário Oficial da União. A equipe brasileira já comemorava, quando souberam que o processo tomou caminho inesperado e voltou para a revisão. A perspectiva é que a autorização ainda saia esse ano.

Em dois anos, apenas a paranaense Prati colocou produtos nas farmácias. O primeiro foi o CBD 200 mg/ml da Prati sai R$ 2,3 mil. O importado saía, na ocasião, pela metade do preço. Neste ano, em fevereiro, a farmacêutica conseguiu a aprovação de mais duas apresentações de CBD, o de 20 mg/ml (R$280)  e o de 50 mg/ml (R$ 687,50).

 

 

CBD 50 mg/ml da Verdemed: embalagem para importação (Foto: divulgação)

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SP reúne os principais players da Cannabis pela primeira vez, desde o início da pandemia https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/sp-reune-os-principais-players-da-cannabis-pela-primeira-vez-desde-o-inicio-da-pandemia/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/sp-reune-os-principais-players-da-cannabis-pela-primeira-vez-desde-o-inicio-da-pandemia/#respond Thu, 21 Oct 2021 20:52:59 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/Screen-Shot-2021-10-19-at-12.38.34-e1634843423950-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2441 O setor da Cannabis tem um evento importante neste sábado, 23. A The Green Hub, aceleradora de startups, faz o primeiro encontro presencial depois de um ano e meio de pandemia. Para quem não conhece o evento, o Cannabis Thinking reúne os principais integrantes do setor e ainda apresenta as novas empresas selecionadas para serem aceleradas.

Com o título # O verde que transforma, a The Green Hub vai para a terceira edição com algumas novidades. A primeira delas está no tamanho e no fôlego do evento. A empresa organizou um dia inteiro de palestras, que acontecem simultaneamente em dois palcos, Revolução 5.0 e Health and Science. Trata-se do maior evento que o hub organiza presencialmente.

Para que isso acontecesse, nota-se que o time de patrocinadores se ampliou. O encontro continua com o Humanitas-360 e o Civi-Co, que são apoiadores desde os primeiros passos da aceleradora. Mas agora contam com praticamente o dobro de patrocinadores. São 17, entre eles, a alemã Merck (Divisão Life Science) , o laboratório canadense de Cannabis medicinal Verdemed, a produtora de CBD para o mercado esportivo Revivid Brasil e a investidora internacional Maeté.

Isso se deve a um mercado nacional mais experiente, aquecido e com mais oportunidades atraentes. A começar pelo time de startups selecionado, que segundo a coordenação do hub, é mais maduro do que os anteriores.

“Na primeira chamada que fizemos, os empreendedores ainda não conheciam o mercado de Cannabis”, diz Alex Lucena, sócio e CIO da The Green Hub. “Nesta edição, vemos candidatos mais maduros, que enxergam no mercado uma real oportunidade de ganho.”

A aceleradora é uma boa mostra de como o mercado cresceu, principalmente neste período de pandemia. Na primeira edição foram 16 inscritos. Este ano, 69, dos quais 4 foram selecionados. Das 14 empresas que hoje fazem parte do portfólio da The Green Hub, 12 serão apresentadas no evento.

Ao contrário de outros setores da economia, o mercado de Cannabis ficou mais aquecido com a pandemia. Basta lembrar o primeiro lockdown americano, quando os dispensários (distribuidores de produtos de Cannabis)  foram considerados serviços essenciais e permaneceram abertos.

Os produtos medicinais e até mesmo os recreativos ajudaram muitas pessoas a controlarem a insônia, ansiedade e depressão, sintomas esses provocados pelo período tão difícil pelo qual o mundo passou –e ainda passa.

Outro dado importante vem do mercado de ações. A Cannabis só perdeu em rendimento para a criptomoeda, setor mais lucrativo da bolsa americana. Por isso, a maconha chegou a ser chamada de o novo bitcoin.

Para dar uma visão internacional do mercado ao conjunto de palestras, este ano a The Green Hub traz representantes do setor da América Latina. “Uruguai, Argentina e Paraguai cresceram muito no setor. O que mais surpreendeu, no entanto, foi o Paraguai, que vem se movimentando muito bem na indústria de cosméticos e de fibra de cânhamo”, diz Lucena.

Marco Algorta: presidente da Câmara de Empresas de Cannabis Medicinal do Uruguai. Foto: reprodução do YouTube

 

 

 

Entre os convidados que chegam à São Paulo para falar da América Latina, destaca-se Marco Algorta, fundador e primeiro presidente da Câmara de Empresas de Cannabis medicinal do Uruguai; Juan Manoel Galan, ex-senador da Colômbia; o argentino Gaston Morales, presidente da Cannava; Juan Pablo Scobar, ativista pela paz, e Marcelo Damp, da Câmara de Cânhamo Industrial do Paraguai.

 

O senador Juan Manoel Galán, em primeiro plano, autor da legislação colombiana da Cannabis: o pai foi morto pelo cartel de Medellín
(Foto: Daniel Jaramillo/Divulgação)

Ainda estarão presentes Rafael Arcuri, da Associação Nacional do Cânhamo, e Fábio Lampugnani, diretor Latan, da empresa canadense Verdemed, uma das apoiadoras do evento.

 

Fábio Lampugnani, diretor da Verdemed para America Latina, no escritório de São Paulo. (Foto: Claudio Rossi/divulgação)

 

As palestras acontecem no edifício modernoso do Cívi-co, (Polo de Impacto Cívico Socioambiental, fundado por Patricia Villela, uma das grandes patrocinadoras da The Green Hub desde o início do negócio. A empreendedora será uma das palestrantes, que falará sobre a indústria da Cannabis alinhada às ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas).

Patricia Villela Marino, fundadora da CIVI-CO, no último encontro presencial: é preciso de colocar no lugar do outro para entender a necessidade da Cannabis medicinal (Foto:Valéria França)

 

O evento também tem viés social, que será contemplado ainda com a presença de associações de pacientes, como a Cultive, médicos pesquisadores, caso de Sidarta Ribeiro, e clínicos como o neurocirurgião Pedro Pierro do CEC (Centro de Excelência Canabinoide).

O neurocirurgião Pedro Pierro: um dos mais experientes prescritores de Cannabis medicinal, sócio do CEC, primeira empresa acelerada pela The Green Hub: caso  bem sucedido (Foto: divulgação)

 

O evento tem muito mais. Vale à pena consultar a lista completa de participantes aqui. Adianto que não haverá transmissão on-line, infelizmente.

 

 

 

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Avisa altera norma para otimizar importação de produtos de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/avisa-altera-norma-para-otimizar-importacao-de-produtos-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/avisa-altera-norma-para-otimizar-importacao-de-produtos-de-cannabis/#respond Thu, 07 Oct 2021 20:38:49 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/cannabis-medicinal-imagem--300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2416 A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) vai otimizar a importação dos produtos derivados da Cannabis, como o CBD (canabidiol). Isso se deve ao aumento de 400% ao ano do volume de pedidos de importação. Em 2015, o órgão recebeu 896 processos para analisar. Até meados de setembro de 2021, eles chegaram a 22.028, de acordo com dados da Anvisa.

Esse avanço se deve a publicação, da nova RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 570/2021, nesta quarta-feira (6), no Diário Oficial da União. Ela altera alguns itens da normativa atual (RDC 335/2020), que autoriza a importação individual por pacientes mediante a prescrição médica.

O objetivo é diminuir o tempo de análise e aprovação e consequentemente acelerar o acesso ao medicamento. A Anvisa é alvo de reclamações constantes dos consumidores, em geral, doentes com síndromes raras e crônicas, que chegam a esperar até 30 dias pela autorização –apesar de o órgão estabelecer o prazo de 20 dias, o que também é muito.

Para ter uma ideia, muitos oncologistas evitam receitar a Cannabis medicinal, por receio de o tratamento ser interrompido por falta de produto. Ela tem eficiência na dor crônica e no controle das náuseas, o que ajuda na boa alimentação e, consequentemente, na melhora do processo da recuperação do paciente.

De acordo com a nova resolução, a aprovação será realizada em cima de dados de um cadastro simplificado de produtos de Cannabis. São as marcas constantes em Nota Técnica de Produtos Controlados da Anvisa. A avaliação será baseada em uma lista de produtos importados, produzidos e distribuídos por estabelecimentos regularizados pelas autoridades competentes dos países de origem.

Outra alteração será a validade da prescrição, que passa a ser apenas de seis meses. Era indeterminada, desde que o país entrou em situação de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional. Mas essa regra só será alterada depois que o Ministério da Saúde publicar mudança de situação na Saúde.

A fiscalização aduaneira continua sujeita à autoridade sanitária, mas o processo também deve ser simplificado. Essa é uma etapa importante, onde as encomendas ficam retidas com frequência, atrasando ainda mais a entrega na casa do comprador. Se você quer saber mais, fique de olho no site da Anvisa, que deve fazer uma webinar esclarecendo todas as mudanças.

 

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Documentário vira ferramenta de venda para empresas de investimentos de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/28/documentario-vira-ferramenta-de-venda-para-empresas-de-investimentos-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/28/documentario-vira-ferramenta-de-venda-para-empresas-de-investimentos-de-cannabis/#respond Tue, 28 Sep 2021 21:59:32 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/Cena-2-filme-Cannabis-o-investimento-do-bem-e1632866675132-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2381 Nesta quarta-feira, 29, estreia na web a plataforma de streaming Monett, especializada em conteúdo sobre o mercado de capital em geral. E o primeiro setor a ser apresentado em forma de documentário é o da Cannabis.

A empresa, que já oferecia especialistas para analisar e mostrar os produtos da empresa, achou necessário dar mais informação ao público. É notório que as áreas que mais renderam neste ano foram as mais desconhecidas para a maioria dos brasileiros: a criptomoeda e a Cannabis. Além da falta de informação, pesa ainda sobre a maconha o preconceito de anos de proibicionismo, por mais que seja hoje uma commodity como a soja e o milho.

Olivia Alonso, uma das sócias da Monett (foto:divulgação)

“A princípio tivemos medo de ficar estigmatizados”, conta Olivia Alonso, 38 anos, uma das sócias da empresa. Daí, veio a ideia do documentário, que tem uma hora e vinte minutos, Cannabis, o Investimento do Bem. A pré-estreia foi nesta terça-feira, 28, no Cinemark Shopping Iguatemi, em São Paulo, apenas para convidados. Amanhã, o filme já estará na plataforma.

“A plataforma de streaming será nosso braço de entretenimento, cursos, séries educacionais e recomendação de investimento”, diz Alonso. Sabe-se que hoje os influencers são grandes alavancadores de vendas. Segundo, Alonso eles despertaram a curiosidade das pessoas em geral pelos investimentos.  “Há 70 milhões de pessoas que seguem influenciers nas redes sociais, mas apenas 4 milhões na bolsa de valores.” A empresa achou que faltava informação específica e por isso montou a plataforma.  Os sócios – que vem do mercado de capital e do setor de entretenimento –acharam um filão a ser explorado.

 

George: produziu documentário com três episódios sobre Cannabis (Foto: divulgação)

Apesar de ser a primeira plataforma, que se tem notícia, focada em streaming de investimentos, anteriormente outras operadoras lançaram mão do mesmo recurso. Foi o caso da Vitreo. Em maio, a empresa lançou o fundo Cannabis Ativo, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Nesta época, a Vitreo lançou um documentário em três episódios para mostrar a abrangência do mercado e as possibilidades de investimentos. Fez uma comunicação bem assertiva. Inclusive um dos sócios e gestor da empresa, George Wachsmann aparece na tela, alinhavando as informações dos entrevistados com as possibilidades de mercado.

Cannabis, o Investimento do Bem é um documentário bem-intencionado e correto, com o depoimento de pacientes, médicos e empresários, mas não mostra o mercado de investimento. Ainda este mês a Monett diz que irá colocar na plataforma 91 vídeos, divididos em três minisséries, três cursos, dois filmes, 11 séries de recomendações de investimentos com vídeos semanais e outros 72 vídeos variados. Aguardemos.

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Brasil já tem curso de budtender, nova profissão do mercado da Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/brasil-ja-tem-curso-de-budtender-nova-profissao-do-mercado-da-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/brasil-ja-tem-curso-de-budtender-nova-profissao-do-mercado-da-cannabis/#respond Thu, 09 Sep 2021 22:38:02 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/Luna-Vargas-inflore-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2340 “O budtender é uma mistura de farmacêutico com vendedor. O profissional precisa conhecer muito bem os remédios para dar explicações e orientar o cliente na hora da compra.”O mesmo acontece com o universo da Cannabis”, diz a brasileira radicada no Canadá, Luna Vargas, 37, ao explicar a função deste profissional, ainda pouco conhecido, e o curso que oferece.

O consumidor sabe o quanto ajuda ser atendido por alguém bem informado na hora da compra. Na cidade de Toronto, por exemplo, há várias butiques de Cannabis, luxuosas e modernas, que ficam lotadas de canadenses e turistas, de todas as idades. Desde 2001, o país permite a maconha medicinal e, a partir de 2019, o comércio recreativo.

Apesar da curiosidade, despertada por anos de proibição, que lotam as lojas, muitos clientes ficam perdidos diante de tanta variedade da planta e seus derivados. “A grande parte dos brasileiros ainda não tem acesso a uma Cannabis de qualidade”, diz Vargas.

Essa percepção sobre a falta de conhecimento ganhou mais relevância quando Vargas foi trabalhar em um dispensário na British Columbia, no oeste do Canadá, região internacionalmente conhecida pela produção da Cannabis –assim como a Toscana (Itália) é identificada pelos vinhos, e Sevilha (Espanha) pelas laranjas.

Ela se empregou, no Village Bloomery, negócio que surgiu do desejo da proprietária em oferecer CBD às mulheres, que sofriam de cólica menstrual. “Eles têm um diferencial bem grande aqui. Antes da legalização, já faziam parte da cultura canábica local”, explica. “conhecem a fundo a história e a cultura canábica. Sabem o que vendem.” Isso nem sempre acontece no estado canadense de Ontário.

Foi na British Columbia que Vargas montou o primeiro curso de budtenders. “Ele não é um profissional que se limita ao balcão. O lojista também precisa saber selecionar os fornecedores e mercadorias para que os negócios progridam”, diz ela.

No curso da Infloreweb, organizado por Vargas, o aluno aprende a analisar os produtos, o perfil dos terpenos (aromas) de cada um dos canabinoides, o relacionamento entre médico e paciente, noções de mercado, além da parte científica e jurídica. “O budtender faz o link entre a indústria e o consumidor. Trata-se de uma função essencial do mercado”, resume Vargas.

Atualmente, a maioria dos cursos oferecidos no país é voltado para médicos. A Unifesp (Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo), por exemplo, está entre as entidades que criou um curso especial de Cannabis medicinal. O Hospital Oswaldo Cruz tem uma pós graduação latu sensu. Isso sem falar nos cursos de final de semana, montado para ajudar médicos a entender melhor essa ciência. Recentemente, surgiram aulas para advogados.

Diferente das cursos que foram montados até agora, o de budtender apresenta uma nova profissão ao mercado nacional. Esse é apenas um pequeno sinal do quanto a Cannabis pode contribuir para a criação de novos postos de trabalho. A Infloreweb, em breve, montará a quarta turma, mas ainda não há informações sobre o custo.

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Governo colombiano entra na concorrência com o Uruguai ao liberar a exportação de flores de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/20/governo-colombiano-entra-na-concorrencia-com-o-uruguai-ao-liberar-a-exportacao-de-flores-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/20/governo-colombiano-entra-na-concorrencia-com-o-uruguai-ao-liberar-a-exportacao-de-flores-de-cannabis/#respond Fri, 20 Aug 2021 12:33:18 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-08-04-at-11.44.52-e1629461857572-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2319 Bom exemplo o dos empresários colombianos da Cannabis ao mercado internacional –principalmente aos países que gostariam de estar nele, mas não estão. Há mais de dois anos, o setor se organizou e entrou em tratativas com o governo. No início de agosto, veio o resultado. O presidente da Colômbia Iván Duque Márquez liberou a exportação de flores de cânhamo e diminuiu a burocracia no setor.

O acordo foi assinado em uma reunião com os empresários na sede da Clever Leaves, uma das maiores empresas colombianas. “Até agora a Colômbia ficou assistindo o Uruguai vender ao mundo milhões de dólares em flores. Ou seja, nosso país perdeu dinheiro, se levarmos em conta o potencial que tem”, diz Julian Wilches, diretor de regulamentação da Clever Leaves.

No centro da foto, Iván Duque Márquez de terno (à esq) e à direita dele o diretor de regulamentação Julian Wilches com outros funcionários da multinacional Clever Leaves (Foto:divulgação).

 

A burocracia também promete ser menor, o que dará maior flexibilização às operações. “Para você ter uma ideia como funcionava, há processos que consigo fazer nos EUA em três meses, enquanto na Colômbia demorariam 3 anos.” A Clever Leaves tem operações e investimentos em outros países, como EUA, Canadá, Alemanha e Portugal –país este que permite a exportação de flores de Cannabis. Elas são a principal matéria prima para a fabricação do óleo, usado no tratamento medicinal.

Em 2020, pouco depois de o atual presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou tomar posse, ele anunciou que a Cannabis seria tão importante como a carne para as exportações do país. Não demorou para serem fechados os primeiros acordos de exportação de flores. Entre eles, uma carga de quase duas toneladas para Israel, o equivalente a US$ 2,5 milhões.

“Não sabemos o quanto as exportações de flores podem trazer à Colômbia. Até agora participávamos da metade do mercado. As exportações de flores representam 50% de todos os negócios do setor”, diz Wilches.

Segundo ele, daqui para frente os desafios serão as boas práticas e as certificação. “Haverá uma grande mudança. Poderemos incluir outros canabinoides nos produtos, além do CBD, desde que não sejam psicoativos. Também foram criadas mais licenças de operação, porque o governo quer mais empresas na Colômbia.”

Presidente Márquez assina decreto em cerimônia com empresários (Foto: divulgação).

Assim como aconteceu no Uruguai, os empresários colombianos esbarravam em obstáculos. Muitos bancos não aceitavam dinheiro, por exemplo, que viesse do setor. Sem contar a demora na emissão de licenças e de envio do medicamento às farmácias. Os pacientes acabavam recorrendo ao comércio paralelo.

No Brasil, há o PL-399, que regula o comércio da Cannabis medicinal e o plantio do cânhamo industrial, que está na Câmara dos Deputados. Ele chegou a ser aprovado pela Comissão Especial da Cannabis, mas ainda tem destino incerto. Não foi resolvido se segue para o Senado ou vai para votação no plenário da Câmara. Agora fica a dúvida, se os nossos empresários do setor vão seguir os passos dos colombianos e, juntos,  conquistarem avanços nos negócios e principalmente para os pacientes.

 

 

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Anvisa conclui processo de análise de registro de novo CBD https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/16/anvisa-conclui-processo-de-analise-de-registro-de-novo-cbd-para-ansiedade/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/16/anvisa-conclui-processo-de-analise-de-registro-de-novo-cbd-para-ansiedade/#respond Mon, 16 Aug 2021 23:21:03 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-Adriana-Promediol-e1629155470617-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2305 Em breve, um novo produto de Cannabis medicinal chegará ao mercado. Na semana passada, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) concluiu a análise do pedido de registro da Promediol, empresa suíça com um braço no Brasil, ainda pouco conhecida por aqui.

Ela será a terceira farmacêutica com produto registrado no mercado nacional, desde a publicação da RDC 327, de 2019, que dispõe sobre os procedimentos para conseguir a autorização sanitária, que são os mesmos exigidos para qualquer medicamento. A primeira foi a paranaense Prati-Donaduzzi, em 2020, e a segunda, a Nunature, no primeiro semestre deste ano.

“A análise do nosso produto foi rápida, saiu em seis meses. Fiquei impressionada com a celeridade da Anvisa”, diz a diretora Adriana Schulz, sócia da empresa Promediol, que trabalha com Cannabis medicinal com grau farmacêutico, que é uma das exigências da Anvisa. No Brasil,  o CBD é uma substância registrada e controlada com receita.

Nos EUA é diferente. O CBD com teor de menor de 0,3% de THC (canabinoide com efeito psicoativo, que dá o tal “barato”) não é substância controlada e regulada pelo DAE (Drug Enforcement Administration). Isso porque não é classificado como medicamento, mas suplemento.

“Estamos esperando a publicação do registro no Diário Oficial. Depois disso, o plano é colocar o nosso produto na prateleira das farmácias no máximo até o início do ano que vem”, diz Schulz. A Promediol chega no mercado com um grande diferencial: o custo do CBD deve ficar em torno de US$ 65, o equivalente a R$ 325. “Manterei o mesmo preço do produto importado”, diz Schulz. O  CBD da concorrente Prati-Donaduzzi sai R$ 2.100.

A Promediol irá produzir óleo de CBD (Canabidiol), um dos compostos químicos (canabinoides) encontrados na Cannabis, que interage com o metabolismo das células. Sem efeito psicoativo, o produto é fitoterápico e indicado para ansiedade. Leia a baixo a entrevista com Adriana Schulz:

Cannabis Inc.: Imaginei que os processos da Anvisa estivessem mais lentos, por causa da covid. Pelo jeito sua aprovação foi rápida, não?
Adriana Schulz: Foi muito mais rápido do que eu mesma esperava. Saiu em seis meses, o que prova que a Anvisa tem celeridade nos processos.

Cannabis Inc: Você tem experiência na área farmacêutica para ter conseguido atender todas as exigências da Anvisa tão rapidamente? Pergunto isso, porque essa deve ser uma questão para as empresas que não são do ramo.
Sim, é verdade, nem todas as empresas de Cannabis são farmacêuticas. Fiz engenharia de alimentos e fui trabalhar com meu pai, Mario Augusto. Ele era dono do Laboratório Windson, especializado em medicamentos OTC (“over the counter”, que quer dizer “além do balcão”, ou seja, venda livre), como os antigripais.Aprendi muito com meu pai. Eu me interessava pela área de inovação e acabei investindo na Cannabis medicinal, que a meu ver tem potencial de grande uso e de inovação. Não é uma panaceia, como muitos pensam.

Quando foi isso?
Em 2017. Desde então, venho pesquisando como entrar no mercado. Foi então que descobri a Promediol, empresa suíça que produz o CBD com grau farmacêutico, focada em atender hoje o Brasil. Por isso virei sócia.

A Promediol pode ser comparada à inglesa GW Pharmaceutical?
Não! É uma presa muito nova. Mas a GW é um bom exemplo para seguirmos.

O preconceito em relação a Cannabis medicinal pode ser um empecilho para os negócios?
Todos os produtos que estarão no mercado são regulados pela Anvisa, que segue critérios rígidos para garantir a saúde dos brasileiros. Isso é muito importante, porque mostra seriedade. Outra coisa importante a ser ressaltada é o fato de todas as empresas que conseguem o registro serem obrigadas a fazer uma pesquisa clínica com o produto, em no máximo cinco anos. Caso contrário, perdem o registro na Anvisa. Quanto mais informações são veiculadas, menos preconceito teremos.

 

 

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Inpi volta atrás e anula patente do CBD concedida à farmacêutica paranaense Prati-Donaduzzi https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/inpe-volta-atras-e-anula-patente-do-cbd-concedida-a-farmaceutica-paranaense-prati-donaduzzi/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/inpe-volta-atras-e-anula-patente-do-cbd-concedida-a-farmaceutica-paranaense-prati-donaduzzi/#respond Wed, 28 Jul 2021 23:44:53 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Foto_Canabidiol.-Assessoria-Prati-Donaduzzi-300x215.jpg true https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2272 O Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) anulou na terça-feira, 27, a patente de óleo à base de CBD (canabidiol), produto derivado da Cannabis, concedido à empresa paranaense Prati-Donaduzzi no ano passado. A farmacêutica é a única com produto de Cannabis registrado na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) à venda no mercado nacional.

A carta patente do INPI BR 112018005423-2 concedia à Prati-Donaduzzi a “invenção” de “uma composição farmacêutica oral de canabidiol” “útil no tratamento de distúrbios neurológicos, em especial a epilepsia refratária”. Na época, ela também havia pedido a patente sobre outros 18 canabinoides.

A decisão de anular a patente veio devido a três processos administrativos movidos pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP) em conjunto com Antônio Luiz Marchioni, conhecido como Padre Ticão, o Herbarium Laboratório Botânico e a advogada Letícia Provedel da Cunha. O pedido de patente faz parte da estratégia da Prati em dominar o mercado de Cannabis.

O Inpi voltou atrás na decisão porque – depois de receber trabalhos antigos apresentados pela autores dos processos –entendeu que apenas alterar a concentração de CBD e acrescentar excipientes, como antioxidantes, adoçante, aromatizante e conservante, de modo a prover uma composição oral líquida de CBD … é uma modificação trivial.”

 

 

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Empresa de CBD pode perder patente sobre óleo de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/empresa-de-cbd-pode-perder-patente-sobre-oleo-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/empresa-de-cbd-pode-perder-patente-sobre-oleo-de-cannabis/#respond Thu, 08 Apr 2021 04:18:12 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/Prati-Donaduzzi.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2149 A farmacêutica nacional Prati-Donaduzzi pode perder a patente do óleo de CBD (canabidiol), conquistada em fevereiro. Na terça-feira (6), o Inpe (Instituto de Propriedade Industrial) recomendou a nulidade do documento. Publicado na revista do órgão, o parecer é uma resposta aos processos administrativos instaurados contra a patente (BR-112018005423-2) da citada empresa em parceria com a Universidade de São Paulo.

Em dezembro, foram registrados três processos administrativos internos contra a patente da Prati. O primeiro, no dia 18, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e de Antônio Luiz Marchioni, o padre Ticão, da Paróquia São Francisco de Assis –que faleceu em janeiro. Líder comunitário da Zona Leste de São Paulo, o pároco ganhou notoriedade por organizar cursos sobre a Cannabis medicinal com o auxílio de professores da Universidade Federal de São Paulo. Já o deputado é presidente da Comissão Especial de Cannabis Medicinal na Câmara dos Deputados.

Padre Ticão e o deputado Paulo Teixeira na igreja de São Francisco de Assis, na Zona Leste de São Paulo. (Foto: arquivo pessoal/ Paulo Teixeira)

Em 23 de dezembro, a Herbarium Laboratório Botânico entrou com o segundo pedido de nulidade e a advogada especialista em direito intelectual Letícia Provedel, com o terceiro. Ativistas, médicos e legisladores da Cannabis medicinal não entendiam como um óleo extraído de um fitoterápico poderia ser objeto de patente. Qual seria o pulo do gato neste processo de extração considerado simples pelos especialistas?

“A Prati pretende monopolizar a produção e a distribuição do canabidiol no mercado nacional” diz a psiquiatra Eliane Nunes, diretora da SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis Sativa). “O processo de extração do óleo da planta é simples. Por isso muitas donas de casa, mães de pacientes, conseguem produzi-lo artesanalmente a partir da flor da Cannabis”, diz Nunes, que tem o projeto Mães Jardineiras, que ensina as técnicas de plantio da Cannabis medicinal.

 

A psiquiatra Eliane Nunes: defesa pela acessibilidade do medicamento de Cannabis. (Foto: Divulgação)

Em paralelo, o Ministério da Saúde analisa a possibilidade de incorporar o CBD isolado na concentração de 200 mg/ml  da Prati, indicado para o controle da epilepsia refratária (R$ 2,5 mil, o vidro com 30 ml). Um movimento que foi questionado anteriormente pelos deputados envolvidos no PL 399/2015, que regula o cultivo e o comércio da Cannabis medicinal, o relator Luciano Ducci (PSB-PR) e Paulo Teixeira.  A empresa paranaense é a única com registro sanitário da Anvisa (Agência de Vigilância Nacional), que permite a comercialização do produto na mercado nacional. Nos EUA, um vidro de óleo de CBD varia de U$ 40 a US$ 100.

Segundo ela, “a patente impede que produtos semelhantes sejam desenvolvidos no Brasil, por exemplo, pelas Farmácias Vivas. Como o governo pretende colocar o CBD no SUS, ele ficaria restrito à Prati” As partes envolvidas no processo de nulidade têm 60 dias para se pronunciarem.

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Aumento de casos de ansiedade leva à clínica carioca de Cannabis a expandir unidades https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/03/17/aumento-de-casos-de-ansiedade-levam-a-clinica-carioca-de-cannabis-a-expandir-unidades/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/03/17/aumento-de-casos-de-ansiedade-levam-a-clinica-carioca-de-cannabis-a-expandir-unidades/#respond Wed, 17 Mar 2021 18:14:21 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/SAN_6719-Joaquim-Dias-de-Castro_AMC_Perfil-e1615995323977-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2108 Apesar dos grandes danos desencadeados na economia mundial, a pandemia trouxe crescimento para alguns setores, principalmente aos negócios ligados à saúde. Entre eles, a Cannabis medicinal, que despontou como aliado no combate ao estresse, a angústia e a depressão causados pela ameaça do coronavírus.

O aumento das clínicas canábicas é um termômetro deste movimento. Novas empresas surgiram no ano passado, outras expandiram, como o CEC (Centro de Excelência Canabinóide), aberta em São Paulo, em 2020. No mesmo ano, inaugurou a segunda unidade no Espírito Santo.  No entanto, a única que mediu o porquê deste crescimento foi a clínica carioca Gravital, especializada no tratamento com Cannabis medicinal, aberta em novembro de 2019 –quatro meses antes do primeiro lockdown das principais capitais brasileiras.

“Em junho de 2020, três meses depois da chegada oficial da pandemia, a clínica recuperou o mesmo número mensal de pacientes de antes do fechamento do lockdown, devido as buscas pelos tratamentos de ansiedade. Estávamos trabalhando só com teleatendimento”, diz o economista Joaquim Carlos, sócio-fundador da Gravital, que não esperava pelo resultado positivo.

“As pessoas ficaram ansiosas com a Covid e os reflexos interpessoais e financeiros causados pela doença. Por outro lado, não queriam tomar remédios tarja preta. Buscavam uma alternativa  natural e com menores efeitos colaterais.”

Carlos entrou no mundo da Cannabis medicinal em 2016, investindo em startups no Canadá e EUA. Porém apesar do conhecimento adquirido no setor, como todos os empreendedores, nunca havia passado pela pandemia e não sabia o que viria pela frente.

Em setembro do mesmo ano, a Gravital abriu a segunda unidade em Porto Alegre. Nesta semana, anunciou a inauguração de mais três unidades ainda neste primeiro semestre de 2021. A terceira unidade será em Curitiba, a quarta na Praia Brava, em Santa Catarina, e a quinta, em São Paulo, na Avenida Paulista, cartão-postal da cidade, próxima ao Masp (Museu de Arte de São Paulo).

Na coordenação executiva das clínicas está o jovem psiquiatra Pietro Vanni, que costuma revelar a preocupação com o efeito dominó das drogas psiquiátricas tradicionais no organismo. Muitas vezes o clínico fica sem saber se o doente com depressão passa a ter diabete por causa de um dos medicamentos receitado, por exemplo. Outra dúvida é se a prescrição de remédios complementares são necessários devido a um desequilíbrio provocado pela primeira medicação. Por esses e outros motivos, a Gravital tem a Cannabis medicinal como um tratamento seguro.

Outras clínicas canábicas também expandiram neste ano de pandemia. É o caso do CEC (Centro de Excelência Canabinóide).

Abaixo a entrevista com Joaquim Carlos sobre a expansão da clínica e o que vem acontecendo com a população durante a pandemia.

Quantos pacientes a Gravital atendeu em pouco mais de um ano de existência?
Joaquim Carlos: Já passaram pela clínica 1200 pacientes.

A ansiedade corresponde a que porcentagem dos casos?
JC: Desde a inauguração, ansiedade (39%), Parkinson (9%), Alzheimer (8%), fibromialgia (8%), depressão (8%), autismo (5%) e dor crônica (4%) são as doenças mais tratadas em nossos consultórios. Somadas, elas representam 81% dos atendimentos.

O paciente chega à clínica pedindo por este tipo de tratamento?
JC: Sim. Ele procura a clínica depois de ter ouvido falar do tratamento por um familiar ou médico. Muitos já leram algo a respeito na imprensa. Ele chega quase sempre com o diagnóstico formado por outro profissional e de alguma maneira já foi informado sobre a condição clínica em que se encontra. Tem consciência de que é um paciente em potencial para o tratamento com a Cannabis medicinal e pode se beneficiar com isso.

Apesar da expansão física da Gravital, os atendimentos continuam pela telemedicina?
JC: Sim. Todos os médicos seguem fazendo telemedicina e o atendimento presencial.

Há algum tratamento de prevenção da Covid com canabinoides, como reforço de imunidade?
JC: Estamos acompanhando os casos de perto e compartilhando entre as equipes. Mas ainda evitamos associações. O tema ainda está muito politizado. Ainda estou pensando em como nos posicionar. Na verdade, os médicos estão mais conservadores nesse assunto. Dá para entender a cautela, porque a opinião deles será levada em conta e possivelmente contestada.

Qual é a maior barreira do tratamento?
JC: Ainda é o custo do medicamento.

A Gravital então encerra o ano com cinco unidades?
JC: Não. Com oito, muito provavelmente. Devem ser abertas mais três unidades o segundo semestre. Mas este negócio ainda é sigiloso e não posso dar detalhes.

Primeira unidade da rede, no Rio de Janeiro, determina o estilo das demais que serão inauguradas pelo Brasil: ilustrações educativas nas paredes e ambiente clean (Foto: divulgação)

 

 

 

 

 

 

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