Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Governo colombiano entra na concorrência com o Uruguai ao liberar a exportação de flores de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/20/governo-colombiano-entra-na-concorrencia-com-o-uruguai-ao-liberar-a-exportacao-de-flores-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/20/governo-colombiano-entra-na-concorrencia-com-o-uruguai-ao-liberar-a-exportacao-de-flores-de-cannabis/#respond Fri, 20 Aug 2021 12:33:18 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-08-04-at-11.44.52-e1629461857572-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2319 Bom exemplo o dos empresários colombianos da Cannabis ao mercado internacional –principalmente aos países que gostariam de estar nele, mas não estão. Há mais de dois anos, o setor se organizou e entrou em tratativas com o governo. No início de agosto, veio o resultado. O presidente da Colômbia Iván Duque Márquez liberou a exportação de flores de cânhamo e diminuiu a burocracia no setor.

O acordo foi assinado em uma reunião com os empresários na sede da Clever Leaves, uma das maiores empresas colombianas. “Até agora a Colômbia ficou assistindo o Uruguai vender ao mundo milhões de dólares em flores. Ou seja, nosso país perdeu dinheiro, se levarmos em conta o potencial que tem”, diz Julian Wilches, diretor de regulamentação da Clever Leaves.

No centro da foto, Iván Duque Márquez de terno (à esq) e à direita dele o diretor de regulamentação Julian Wilches com outros funcionários da multinacional Clever Leaves (Foto:divulgação).

 

A burocracia também promete ser menor, o que dará maior flexibilização às operações. “Para você ter uma ideia como funcionava, há processos que consigo fazer nos EUA em três meses, enquanto na Colômbia demorariam 3 anos.” A Clever Leaves tem operações e investimentos em outros países, como EUA, Canadá, Alemanha e Portugal –país este que permite a exportação de flores de Cannabis. Elas são a principal matéria prima para a fabricação do óleo, usado no tratamento medicinal.

Em 2020, pouco depois de o atual presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou tomar posse, ele anunciou que a Cannabis seria tão importante como a carne para as exportações do país. Não demorou para serem fechados os primeiros acordos de exportação de flores. Entre eles, uma carga de quase duas toneladas para Israel, o equivalente a US$ 2,5 milhões.

“Não sabemos o quanto as exportações de flores podem trazer à Colômbia. Até agora participávamos da metade do mercado. As exportações de flores representam 50% de todos os negócios do setor”, diz Wilches.

Segundo ele, daqui para frente os desafios serão as boas práticas e as certificação. “Haverá uma grande mudança. Poderemos incluir outros canabinoides nos produtos, além do CBD, desde que não sejam psicoativos. Também foram criadas mais licenças de operação, porque o governo quer mais empresas na Colômbia.”

Presidente Márquez assina decreto em cerimônia com empresários (Foto: divulgação).

Assim como aconteceu no Uruguai, os empresários colombianos esbarravam em obstáculos. Muitos bancos não aceitavam dinheiro, por exemplo, que viesse do setor. Sem contar a demora na emissão de licenças e de envio do medicamento às farmácias. Os pacientes acabavam recorrendo ao comércio paralelo.

No Brasil, há o PL-399, que regula o comércio da Cannabis medicinal e o plantio do cânhamo industrial, que está na Câmara dos Deputados. Ele chegou a ser aprovado pela Comissão Especial da Cannabis, mas ainda tem destino incerto. Não foi resolvido se segue para o Senado ou vai para votação no plenário da Câmara. Agora fica a dúvida, se os nossos empresários do setor vão seguir os passos dos colombianos e, juntos,  conquistarem avanços nos negócios e principalmente para os pacientes.

 

 

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Três empresas esperam análise da Anvisa para comercializarem novos medicamentos de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/22/tres-empresas-esperam-analise-da-anvisa-para-comercializarem-novos-medicamentos-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/22/tres-empresas-esperam-analise-da-anvisa-para-comercializarem-novos-medicamentos-de-cannabis/#respond Sun, 22 Nov 2020 10:48:27 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/IMG_verdemed-extrato-de-cannabis-1-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1687 Mesmo com as dificuldades de um ano comprometido pela pandemia do Covid-19, quatro empresas de produtos de Cannabis entraram com pedido de registro sanitário na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), neste segundo semestre. Uma boa notícia, principalmente para médicos e pacientes, que procuram bons produtos e acesso rápido ao medicamento.

Nas farmácias, estão à venda apenas dois medicamentos –classificados pela Agência de produtos de Cannabis. Custam mais de R$ 2.000 cada um. E as importações muitas vezes demoram mais de 1 mês. Vale lembrar, que dependendo da gravidade do caso, nem todo paciente pode esperar tanto tempo por um tratamento.

O aval da Anvisa é obrigatório para que os medicamentos à base da planta sejam comercializados no Brasil. Das quatro empresas protocoladas, três estão com os pedidos de registros sanitários em análise. São elas, Nunature Distribuição do Brasil Ltda, antes chamada de Superação Distribuidora  do Brasil Ltda, de produtos odontológicos, Belcher e VerdeMed. A quarta teve o pedido negado, segundo documentos levantado pela reportagem.

O blog não conseguiu contato com a Nunature e com a Belcher até o fechamento desta matéria. Os telefones não respondem em nenhum horário. A Anvisa não passa informações sobre as empresas ou sobre os respectivos produtos. Alega serem  informações sigilosas. Confirmou apenas a entrada de dois pedidos de medicamentos da canadense VerdeMed, em 19 de agosto.

Trata-se de um CBD puro (indicado para ansiedade, depressão e anticonvulsivo) e o outro misturado ao THC  (para esclerose múltipla). “Esperamos ser a primeira empresa a trazer esses produtos farmacêuticos com preços 30% inferiores aos praticados no mercado nacional”, diz José Bacellar, fundador e CEO da VerdeMed.

Todos os medicamentos de Cannabis possuem tarja preta, portanto são controlados: é necessário a prescrição médica para compra na farmácia. (Foto:Divulgação)

 

Nas farmácias do país já existem dois produtos similares aos que a VerdeMed pretende comercializar. Um é o Sativex registrado pela Anvisa em 2017 com o nome de Mavatyl, na concentração de 27 mg/ml de THC e 25 mg/ml de CBD. Em média, o frasco de 10 ml sai por R$ 2.500 em médica. Com as mesmas concentrações e quantidade, o preço estimado do produto da VerdeMed é de R$ 1.750.

O outro medicamento é o Canabidiol (CBD) de 200 mg/ml, de 30 ml, à venda por R$ 2.140, da Prati-Donaduzzi. O da VerdeMed deve custar R$ 1.498, na mesma quantidade e composição.

“Sei que ainda é muito caro para o paciente, mas espero poder diminuir ainda mais o preço, principalmente se for aprovado o Projeto de Lei 309-2015, que pede o cultivo da Cannabis medicinal no Brasil. “Pacientes, associações e empresas devem se envolver nesta luta  para que o tratamento seja mais acessível a todos”, diz Bacellar.Desde que abriu as portas em 2018,  a VerdeMed anunciou que seria uma empresa de genéricos da Cannabis.

Os mesmo produtos da empresa canadense que estão em análise serão lançados no Peru, mas com os nomes comerciais Sativyl e CBD 100. Em 2021, a Verdemed diz que vai submeter à Anvisa mais três produtos derivados de Cannabis  e, à agência reguladora da Colômbia, três dermocosméticos à base de canabinoides .

 

 

 

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Empresa com sede na Colômbia aumenta distribuição de Cannabis medicinal no Brasil https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/29/empresa-com-sede-na-colombia-aumenta-distribuicao-de-cannabis-medicinal-no-brasil/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/29/empresa-com-sede-na-colombia-aumenta-distribuicao-de-cannabis-medicinal-no-brasil/#respond Wed, 30 Sep 2020 01:12:21 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/IMG_8214-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1494 A loja virtual de venda de medicamentos especializados Dr. Cannabis pouco a pouco aumenta a oferta ao cliente– sinal de que o mercado vem se fortalecendo. A novidade agora são os artigos da Khiron, empresa canadense com sede na Colômbia. Viviane Sedola, CEO e fundadora do marketplace online, confirmou nesta terça-feira (29) o fechamentos do acordo.

Ainda não há data específica de estreia–nem quais os produtos que entram no site. Sabe-se, no entanto, que a Khiron tem uma linha de produtos de cuidados com a pele, batizada de Kuida, além dos artigos medicinais à base de Cannabis.

O acordo com a Dr Cannabis faz parte da estratégia da Khiron de entrar e se fortalecer no mercado brasileiro. Em abril, ela fechou parceria com a Medlive, empresa localizada no Rio Grande do Sul, de distribuição de produtos farmacêuticos para 3.000 hospitais, clínicas e farmácias.

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PL do cultivo da Cannabis tem a aprovação da maioria dos deputados da Comissão https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/23/pl-do-cultivo-da-cannabis-tem-a-aprovacao-da-maioria-dos-deputados-da-comissao/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/23/pl-do-cultivo-da-cannabis-tem-a-aprovacao-da-maioria-dos-deputados-da-comissao/#respond Wed, 23 Sep 2020 14:19:56 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Paulo-teixeira--e1600897315138-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1469 O presidente da Comissão Especial da Cannabis Paulo Teixeira (PT-SP) anda bem satisfeito com o andamento do PL 399-2015, que propõe o cultivo da Cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

O bom humor tem a ver com a receptividade do texto substitutivo, redigido pelo deputado Luciano Ducci  (PSB-PR). Segundo fontes, a maioria dos deputados da Comissão apoiam o PL 399-2015.

Durante mais de um ano, Teixeira e Ducci pesquisaram e ouviram especialistas, pacientes e entidades em audiências especiais. Chegaram a viajar para o Uruguai e Colômbia, locais onde a Cannabis medicinal foi legalizada,  para conversar com os legisladores. Basta saber qual será a receptividade do plenário, caso o texto seja encaminhado para votação na casa. Aguardemos.

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Para dar fluxo à logística, linhas aéreas têm curso de legislação da Cannabis na Colômbia https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/21/para-dar-fluxo-a-logistica-linhas-aereas-tem-curso-de-legislacao-da-cannabis-na-colombia/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/21/para-dar-fluxo-a-logistica-linhas-aereas-tem-curso-de-legislacao-da-cannabis-na-colombia/#respond Sat, 22 Feb 2020 01:33:29 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/WhatsApp-Image-2020-02-21-at-22.23.42-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=811 As empresas de aviações viraram objeto de um programa de educação sobre o comércio da Cannabis na Colômbia. A iniciativa é de uma companhia de logística, a Siacomex, que enxergou a necessidade de esclarecer o funcionamento da legislação do país. O motivo: as linhas aéreas geralmente se recusam a fazer o transporte da Cannabis medicinal, mesmo sendo um comércio legal.

As empresas possuem medo de serem acusadas de lavagem de dinheiro. “O principal problema é o desconhecimento da lei”, diz Mário Pizon, diretor operacional da Siacomex. A Colômbia tem uma legislação robusta, que foi regulamentada em 2017. “Os políticos não bem intencionados, mas não sabem como os negócios acontecem. Por isso, esqueceram do suplychain.”

Segundo ele, a regulação é muito teórica e pouco prática. “Ela exige uma série de licenças para garantir a qualidade e a segurança do produto e do consumidor, mas não explica como pode ser o transporte. O empresário fica com o ônus de tentar solucionar a questão individualmente”, diz Pizon

O transporte marítimo seria outra possibilidade. “Pelo mar, a carga demora mais para chegar ao destino final e os riscos de assalto são maiores. Isso impacta o seguro”, explica. O próximo passo dos workshops é discutir soluções práticas do transporte.

 

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SP será palco do primeiro evento internacional de Cannabis do país https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/20/sp-sera-palco-do-primeiro-evento-internacional-de-cannabis-do-pais/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/20/sp-sera-palco-do-primeiro-evento-internacional-de-cannabis-do-pais/#respond Fri, 21 Feb 2020 00:30:48 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/Deputados-na-Khiron-em-Bogotá-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=807 O Brasil já está na mira dos eventos internacionais de Cannabis. O primeiro chega à São Paulo em abril. Trata-se do ExpoCannaBiz que estreou em Cartagena das Índias, em 2019, na Colômbia, em grande estilo.

O organizador do evento é o colombiano Julian Tobar, 36, bom articulador dos bastidores das empresas verdes e dono de uma lista VIP de personalidades influentes. Na primeira edição, ele conseguiu levar ao palco o ator e comediante americano Jim Belushe –atualmente um influencer dos negócios da Cannabis.

Houve outros, entre os quais, destacaria Vicente Fox, o ex-presidente do México, que hoje faz parte do conselho de diretoria da Khiron.  Dizem que ele cobra um cachê de quase US$ 20 mil por palestra.

Tobar ainda não fechou toda lista de palestrantes– e se fechou, faz um certo suspense. Ele adianta apenas participação do senador Juan Manoel Galán, autor da lei que regulou a Cannabis medicinal na Colômbia.

O pai dele, Luiz Carlos Galán (1943-1989), era candidato à presidência quando, durante um comício, foi executado a tiro pelo cartel de Medellín. Até por isso, ele esteve à frente da luta por uma nova forma de combate às drogas.

“A ideia do evento é reunir palestrantes que possam explicar como o mercado da Cannabis medicinal está funcionando na Colômbia”, conta Tobar. “Além de ser um grande benefício para o paciente, a indústria tem grande potencial de negócios. É importante que os brasileiros possam estar bem informados, porque se trata de um investimento a longo prazo.” Para daqui quanto tempo? “Dois anos”, responde ele.

O evento acontecerá no Hotel Macksoud Plaza, em abril, nos dias 29 e 30. Mais informações no expocannabiz.com.br/brasil2020/en/

 

 

 

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Colômbia e Brasil trocam experiências sobre o mercado de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/13/ministerio-da-justica-da-colombia-ensina-a-deputados-brasileiros-o-sistema-de-cannabis-seguro/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/13/ministerio-da-justica-da-colombia-ensina-a-deputados-brasileiros-o-sistema-de-cannabis-seguro/#respond Thu, 13 Feb 2020 16:31:12 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/Colombia4-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=770 Nesta quinta-feira (13), a comissão de deputados federais que veio à Colômbia estudar e analisar o regulatório colombiano está com agenda cheia. A parte da manhã foi praticamente uma imersão no Ministério da Justiça, em Bogotá, onde estão previstas três rodadas de conversas.

Os responsáveis de áreas diversas do ministério deram praticamente uma aula aos deputados Eduardo Costa (PTB-PA), Paulo Teixeira (PT-SP) e Luciano Ducci (PSB-PR).  Um grupo de seis especialistas apresentaram gráficos, números e muitas explicações.

Começaram com a importância do Direito no uso médico e científico da Cannabis na Colômbia, com Dúmar Javier Cárdenas Povedas do próprio Ministério da Justiça. Em seguida, passaram para o tema sensível do marco regulatório –manejo de sementes e cultivo de Cannabis – no Instituto Colombiano Agropecuário (ICA), o equivalente a um órgão do Ministério da Agricultura.

Na Colômbia, antes de as empresas começarem a plantar de fato, produzem mudas em incubadoras dentro de laboratórios, fechados e com câmeras de segurança, que são controladas pela ICA. Só depois de as sementes serem analisadas e aprovadas, as empresas passam a receber a aprovação para começar a plantar. Mas recebem uma permissão de plantação de um número determinado ao ano.

A manhã foi encerrada com representantes do Ministério da Saúde e Proteção Social, Instituto Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos  (Invima)– órgão com as mesmas funções da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Falaram sobre distribuição e controle de produtos de Cannabis, com finalidade médica.

Na Colômbia, pode ser vendido apenas insumo farmacêutico –ou seja, o extrato da Cannabis–, mas somente para a indústria que a transforma. Isso porque ainda não há medicamento à base de cannabis. A Invima mantém para a Cannabis medicinal as mesmas regras que valem para toda a indústria nos demais setores. Por exemplo, a indústria farmacêutica só registra e vende medicamentos que passam por testes clínicos. Nas farmácias de manipulação, produtos com Cannabis são vendidos se houver prescrição médica de formulação.

 

 

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Para comissão de deputados, a Cannabis pode ajudar a economia a crescer https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/11/para-comissao-de-deputados-a-cannabis-medicinal-pode-ajudar-a-economia-crescer/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/11/para-comissao-de-deputados-a-cannabis-medicinal-pode-ajudar-a-economia-crescer/#respond Wed, 12 Feb 2020 02:27:10 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/IMG_8386-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=759 Quatro deputados integrantes da comissão da Cannabis na Câmara partem nesta quarta-feira (12) para Colômbia, destino escolhido para continuarem os estudos e análises do que seria um bom regulatório para o comércio no Brasil. Apesar dos problemas enfrentados com o tráfico de drogas no passado, o governo colombiano conseguiu transformar a nação no principal player da Cannabis medicinal da América Latina.

“A Colômbia diminuiu a violência, gerou empregos e negócios com a Cannabis medicinal. Ao focar apenas em um segmento, o medicinal, soube criar uma regulação segura e eficiente”, diz o deputado Eduardo Costa (PTB-PA), um dos integrantes da comitiva. “O Brasil precisa fazer dinheiro e criar empregos.”

Primeira nação a liberar a cannabis, em 2013, o Uruguai poderia ser um destino mais óbvio. Mas foi a Colômbia que conseguiu melhores resultados econômicos até agora a ponto de despertar o interesse de investidores internacionais. O Congresso colombiano aprovou o plantio, a produção, distribuição e a comercialização apenas do uso medicinal e científico da maconha em 2016.  Depois foram colocados em prática o regulatório que demorou três anos para ser ajustado e implantado de fato.

“Eles conseguiram aproveitar a agricultura familiar que produzia para as Farcs (Forças Armadas revolucionárias da Colômbia)”, destaca Costa. Ele aponta para a importância do cuidado com todo o ciclo da cadeia, do plantio do cânhamo até a chegada do produto à prateleira da farmácia. Sim, do cânhamo, pois ela é uma Cannabis com tão pouco THC – substância que dá o “barato” – que não interessa ao tráfico.

Assim como no Brasil, a Colômbia também determinou que a Cannabis medicinal seja vendida nas farmácias. Por outro lado, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) não regulou a questão do cultivo, no fim do ano passado. Essa é uma das pontas soltas, digamos, que preocupa os deputados.

O presidente da comissão Paulo Teixeira (PT-SP) alerta que sem o cultivo, “o Brasil terá de produzir o óleo de Cannabis a partir de material importado”. Ou seja, o produto sai mais caro do que poderia custar se a matéria-prima também fosse nacional. Os deputados Luciano Ducci (PSB-PR), médico, e Marcelo Calero (Cidadania-RJ), advogado e diplomata, integram a comitiva.

O Cannabis Inc.,que vai acompanhar esta visita à Colômbia, publica nesta quarta (12) a agenda de compromissos dos deputados. Fique atento.

 

 

 

 

 

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Canopy Growth demite 60% dos funcionários da América Latina https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/11/05/canopy-growth-demite-60-dos-funcionarios-da-america-latina/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/11/05/canopy-growth-demite-60-dos-funcionarios-da-america-latina/#respond Tue, 05 Nov 2019 20:26:24 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/ruderalis-cannabis-leaf-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=451 A gigante canadense Canopy Growth, empresa da maconha com ações abertas no mercado, enxugou as operações na América Latina nesta terça-feira (5). Demitiu cerca de 60% do quadro de funcionários. Fechou as operação da Spectrum– empresa de pesquisa científica da rede –na Argentina, México e Peru.

No Brasil, o impacto foi menor. A Spectrum reduziu o quadro de funcionários de 20 para quatro. Essa lista inclui os diretores Jaime Ozzi, Maria José Fagundes e Gustavo Furletti. A empresa foi aberta em São Paulo, em junho, no mesmo mês que a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) abriu no Brasil pesquisa pública sobre a comercialização e o cultivo da Cannabis medicinal.

O brasileiro Antônio Droghetti, conhecido nas rodas sociais e amigo de empreendedores bem-sucedidos, foi transferido para o Panamá, sede da empresa. Em 2018, o executivo fechou um contrato com a Canopy de US$ 20 milhões.

Na Colômbia, os negócios da Canopy não vão bem. Autoridades do mercado colombiano dizem que a empresa não obteve a autorização de cultivo. Faltava a última fase, que seria a avaliação agronômica, quando as sementes devem ser avaliadas pelo ICA – órgão correspondente à Anvisa na Colômbia.

Na sexta (2), quando a Canopy foi procurada pelo Cannabis Inc. para checar se haveria redirecionamento dos negócios diante da incerteza da votação das novas regras da Anvisa, a resposta foi negativa. Mas o mercado já comentava que a empresa havia se decidido pela importação de medicamentos do Canadá e não teria mais produção no Brasil.

A sede do Panamá comunicou que a estratégia era “a aguardar com expectativa o avanço da regulação da Cannabis medicinal no Brasil, que aumentará a capacidade de atendimento dos pacientes, de modo que eles tenham garantido o direito ao tratamento das necessidades de saúde, muitas das quais atualmente não resolvidas, que afeta a qualidade de vida de tantas famílias”.

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Câmara convoca especialistas para falarem sobre Cannabis medicinal https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/10/31/camara-convoca-especialistas-para-falar-sobre-cannabis-medicinal/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/10/31/camara-convoca-especialistas-para-falar-sobre-cannabis-medicinal/#respond Fri, 01 Nov 2019 00:06:02 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/Sidarta-Ribeiro-e1598929008913-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=414 Enquanto todos esperam pelo episódio final da votação da nova regulação da Cannabis medicinal na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Câmara dos Deputados não perdeu tempo. A Comissão Especial –montada no dia 9 de outubro para analisar a comercialização dos medicamentos à base de Cannabis– já realizou duas audiências públicas.

O objetivo do grupo é reunir evidências científicas e empíricas sobre os recursos terapêuticos dos canabinoides, a eficácia e a segurança em comparação com outros medicamentos empregados para as mesmas condições clínicas. Elas serão usadas para avaliar o Projeto de Lei 399/15 que permite a comercialização de medicamentos à base de Cannabis sativa. Para isso, vai ouvir uma série de especialistas do mundo da Ciência e Pesquisa, médicos e empresários.

“A Cannabis oferece mais segurança que os demais medicamentos em caso de pacientes refratários (que não apresentam melhoras com remédios comuns). Ela não coloca em risco à vida”, disse a médica Carolina Nocetti, que será ouvida pela comissão nesta terça (5). Especializada em clínica médica geral com uso exclusivo de terapias com Cannabis, ela é fundadora da InterCan (International Cannabis Academy), empresa de educação médica com a missão de promover o conhecimento técnico e divulgar o impacto positivo da Cannabis.Começou trabalhando há cinco anos nos EUA.

“Os primeiros a serem chamados foram as autoridades da Anvisa, porque nossa preocupação é saber quais os cuidados necessários deste processo”, diz Paulo Teixeira (PT), presidente da comissão. O primeiro a ser ouvido foi o presidente da agência, o cardiologista William Dib, relator da regulação, que espera para ser votada na Anvisa.

Akemi (de vermelho) é favorável a regulação. (Foto: Divulgação/Liderança PT na Câmara)

Na segunda leva e quarta semana de trabalho, Teixeira convidou pesquisadores. Na lista estavam Virgínia Martins Carvalho, professora de Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com trajetória acadêmica voltada à toxilogia das drogas e coordenadora do projeto de extensão Farmacannabis, Lisia von Diemem, chefe da Unidade de Pesquisa do Serviço de Adição do Hospital das Clínicas de Porto Alegre e Margarete Akemi, professora de Farmácia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e coordenadora de fitoterápicos do Conselho Federal de Farmácia.

Akemi tem posição favorável à regulação. Ela acha mais saudável e seguro saber o que o paciente está tomando do que o consumo via comércio paralelo. Também compareceu à audiência Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ele costuma dizer que “a maconha está para a medicina do século XXI como os antibióticos estiveram para a medicina no século XX”.

Empresários também serão ouvidos. A CEO Viviane Sedola, da plataforma Dr Cannabis, e a prescritora e consultora técnica Paula Dall’Stella estão na lista. “Acho muito importante dar o meu parecer. Fui a única representante do meio empresarial na reunião do Comissão de Direitos Humanos do Senado. Desta vez, outros executivos também serão chamados. É um ótimo sinal.”

As entrevistas devem seguir até fevereiro. Teixeira pretende viajar ao Uruguai e à Colômbia para conhecer melhor as regulações adotadas nestes países. O plano é estar com o relatório pronto em março. Segundo Teixeira, “até agora o clima está muito favorável à comercialização”.

 

 

 

 

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