Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 SP reúne os principais players da Cannabis pela primeira vez, desde o início da pandemia https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/sp-reune-os-principais-players-da-cannabis-pela-primeira-vez-desde-o-inicio-da-pandemia/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/sp-reune-os-principais-players-da-cannabis-pela-primeira-vez-desde-o-inicio-da-pandemia/#respond Thu, 21 Oct 2021 20:52:59 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/Screen-Shot-2021-10-19-at-12.38.34-e1634843423950-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2441 O setor da Cannabis tem um evento importante neste sábado, 23. A The Green Hub, aceleradora de startups, faz o primeiro encontro presencial depois de um ano e meio de pandemia. Para quem não conhece o evento, o Cannabis Thinking reúne os principais integrantes do setor e ainda apresenta as novas empresas selecionadas para serem aceleradas.

Com o título # O verde que transforma, a The Green Hub vai para a terceira edição com algumas novidades. A primeira delas está no tamanho e no fôlego do evento. A empresa organizou um dia inteiro de palestras, que acontecem simultaneamente em dois palcos, Revolução 5.0 e Health and Science. Trata-se do maior evento que o hub organiza presencialmente.

Para que isso acontecesse, nota-se que o time de patrocinadores se ampliou. O encontro continua com o Humanitas-360 e o Civi-Co, que são apoiadores desde os primeiros passos da aceleradora. Mas agora contam com praticamente o dobro de patrocinadores. São 17, entre eles, a alemã Merck (Divisão Life Science) , o laboratório canadense de Cannabis medicinal Verdemed, a produtora de CBD para o mercado esportivo Revivid Brasil e a investidora internacional Maeté.

Isso se deve a um mercado nacional mais experiente, aquecido e com mais oportunidades atraentes. A começar pelo time de startups selecionado, que segundo a coordenação do hub, é mais maduro do que os anteriores.

“Na primeira chamada que fizemos, os empreendedores ainda não conheciam o mercado de Cannabis”, diz Alex Lucena, sócio e CIO da The Green Hub. “Nesta edição, vemos candidatos mais maduros, que enxergam no mercado uma real oportunidade de ganho.”

A aceleradora é uma boa mostra de como o mercado cresceu, principalmente neste período de pandemia. Na primeira edição foram 16 inscritos. Este ano, 69, dos quais 4 foram selecionados. Das 14 empresas que hoje fazem parte do portfólio da The Green Hub, 12 serão apresentadas no evento.

Ao contrário de outros setores da economia, o mercado de Cannabis ficou mais aquecido com a pandemia. Basta lembrar o primeiro lockdown americano, quando os dispensários (distribuidores de produtos de Cannabis)  foram considerados serviços essenciais e permaneceram abertos.

Os produtos medicinais e até mesmo os recreativos ajudaram muitas pessoas a controlarem a insônia, ansiedade e depressão, sintomas esses provocados pelo período tão difícil pelo qual o mundo passou –e ainda passa.

Outro dado importante vem do mercado de ações. A Cannabis só perdeu em rendimento para a criptomoeda, setor mais lucrativo da bolsa americana. Por isso, a maconha chegou a ser chamada de o novo bitcoin.

Para dar uma visão internacional do mercado ao conjunto de palestras, este ano a The Green Hub traz representantes do setor da América Latina. “Uruguai, Argentina e Paraguai cresceram muito no setor. O que mais surpreendeu, no entanto, foi o Paraguai, que vem se movimentando muito bem na indústria de cosméticos e de fibra de cânhamo”, diz Lucena.

Marco Algorta: presidente da Câmara de Empresas de Cannabis Medicinal do Uruguai. Foto: reprodução do YouTube

 

 

 

Entre os convidados que chegam à São Paulo para falar da América Latina, destaca-se Marco Algorta, fundador e primeiro presidente da Câmara de Empresas de Cannabis medicinal do Uruguai; Juan Manoel Galan, ex-senador da Colômbia; o argentino Gaston Morales, presidente da Cannava; Juan Pablo Scobar, ativista pela paz, e Marcelo Damp, da Câmara de Cânhamo Industrial do Paraguai.

 

O senador Juan Manoel Galán, em primeiro plano, autor da legislação colombiana da Cannabis: o pai foi morto pelo cartel de Medellín
(Foto: Daniel Jaramillo/Divulgação)

Ainda estarão presentes Rafael Arcuri, da Associação Nacional do Cânhamo, e Fábio Lampugnani, diretor Latan, da empresa canadense Verdemed, uma das apoiadoras do evento.

 

Fábio Lampugnani, diretor da Verdemed para America Latina, no escritório de São Paulo. (Foto: Claudio Rossi/divulgação)

 

As palestras acontecem no edifício modernoso do Cívi-co, (Polo de Impacto Cívico Socioambiental, fundado por Patricia Villela, uma das grandes patrocinadoras da The Green Hub desde o início do negócio. A empreendedora será uma das palestrantes, que falará sobre a indústria da Cannabis alinhada às ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas).

Patricia Villela Marino, fundadora da CIVI-CO, no último encontro presencial: é preciso de colocar no lugar do outro para entender a necessidade da Cannabis medicinal (Foto:Valéria França)

 

O evento também tem viés social, que será contemplado ainda com a presença de associações de pacientes, como a Cultive, médicos pesquisadores, caso de Sidarta Ribeiro, e clínicos como o neurocirurgião Pedro Pierro do CEC (Centro de Excelência Canabinoide).

O neurocirurgião Pedro Pierro: um dos mais experientes prescritores de Cannabis medicinal, sócio do CEC, primeira empresa acelerada pela The Green Hub: caso  bem sucedido (Foto: divulgação)

 

O evento tem muito mais. Vale à pena consultar a lista completa de participantes aqui. Adianto que não haverá transmissão on-line, infelizmente.

 

 

 

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Alesp lança primeira Frente de Defesa da Cannabis Medicinal https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/20/alesp-lanca-primeira-frente-de-defesa-da-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/20/alesp-lanca-primeira-frente-de-defesa-da-cannabis/#respond Wed, 20 Oct 2021 22:44:57 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-20-at-17.52.21-e1634763403501-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2430 Nesta quarta-feira, 20, foi lançada oficialmente a primeira Frente Parlamentar de Defesa da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, em cerimônia oficial na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). A inciativa foi do economista e deputado Sergio Victor (Novo).

O grupo teve apoio de 21 deputados, de partidos diferentes, entre eles Caio França (PSB), autor do PL 1.180/2019). O projeto regula a distribuição gratuita dos medicamentos de Cannabis pelo SUS (Sistema Único de Saúde) –que está novamente na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

A Frente Parlamentar pretende ouvir o setor em oito audiências públicas, que começam ainda este ano.  De saída, querem ajudar  na aprovação do PL 1.180/2019. Segundo Victor, é uma matéria que encontra muita resistência na CCJ, e por isso já foi retirada da pauta algumas vezes.

Sabe-se que o tema é espinhoso, principalmente quando o uso medicinal é confundido com o recreativo da maconha. Até por esse motivo, os deputados deixaram claro que o assunto é o medicinal, além  do uso industrial do cânhamo, planta com pouquíssimo THC, que é a substância psicoativa da maconha. As fibras das folhas tem vários destinos industriais como a produção de tecido e de tijolos.

“Também pretendemos fazer pressão junto à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) para que seja melhorado o regulatório federal, mais especificadamente as RDCs (Resolução de Diretoria Colegiada), relativas aos produtos de Cannabis medicinal”, disse Bruno Pegoraro, presidente do Ipsec (Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis).

Sergio Victor, coordenador da Frente Legislativa de Defesa da Cannabis medicinal e do Cânhamo Industriall
O deputado Sérgio Victor, coordenador da Frente Legislativa de Defesa da Cannabis. CLIQUE AQUI para assistir  ao vídeo sobre as expectativas do grupo (Foto e Vídeo: Valéria França).

Ele estava ao lado do deputado Sérgio Victor, na bancada. Pegoraro assumiu o cargo de secretário executivo da Frente Legislativa. “Sabemos também da dificuldade dos médicos para prescrever”, completou.

“A maior parte da legislação vem da esfera federal, mas aqui estamos mais perto das pessoas. Além da discussão estimulada, queremos entender os problemas para ter um melhor diagnóstico e superar os entraves”, diz Victor.” Para isso, queremos fomentar o diálogo e a interação.

Na plateia estavam médicos, representantes de associações de pacientes, veterinários e empresários do setor. Devido à Covid-19, os convidados foram limitados à sessenta pessoas, segundo a coordenação do evento, apesar do espaço ter capacidade para 300. Depois da rápida apresentação da Frente Parlamentar, os microfones foram abertos para depoimentos.

Aqui segue a lista de todos os deputados que participam e apoiam a primeira Frente Parlamentar de Defesa da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial:

Membros:
Caio França (PSB), Prof. Walter Vicioni (MDB) e Paulo Fiorilo (PT) .

Apoiadores:
os deputados José Américo (PT), Professor Kenny (PP), Marcio Nakashima (PDT), Marina Helou (REDE), Mauro Bragato (PSDB), Patricia Bezerra (PSDB), , Ricardo Madalena (PL), Roberto Morais (CIDADANIA), Teonilio Barba (PT), Thiago Auricchio (PL), Marcos Zerbini (PSDB), Arthur do Val (PATRI), Professora Bebel (PT), Vinícius Camarinha (PSB), Daniel José (NOVO), Erica Malunguinho (PSOL) e Maurici (PT).

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Deputado federal é vítima de fake news sobre tráfico de drogas https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/07/12/deputado-federal-e-vitima-de-fake-news-sobre-trafico-de-drogas/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/07/12/deputado-federal-e-vitima-de-fake-news-sobre-trafico-de-drogas/#respond Mon, 12 Jul 2021 16:06:30 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/Screen-Shot-2021-07-12-at-12.50.29-e1626105472827-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2239 No último fim de semana, uma mensagem vinculado a um vídeo antigo tenta envolver o deputado federal Luciano Ducci (PSB-PR) no tráfico de drogas. Trata-se de fake news. Ducci diz que irá denunciar o caso às autoridades competentes.

As imagens são antigas, de 2019. Mostra uma criança de 1 ano e cinco meses fumando um cigarro de maconha ao lado de três jovens usuários–no caso, a mãe e os tios do menor. Na época, o vídeo foi amplamente divulgado e resultou na prisão da genitora, que também perdeu a guarda do filho para o pai.

O vídeo foi resgatado do baú e anexadas a seguinte mensagem. “O PLC 399 recebeu do deputado federal e ex prefeito de Curitiba Luciano Ducci do PSB a Minuta do Substitutivo que absurdamente define o Marco Legal da Maconha no Brasil! Vídeos como o que seguem retratam o caos que se pretende estabelecer a partir desta maléfica proposta que atingirá os mais vulneráveis.”

Luciano Ducci é relator do PL 399-2015, que altera o art. 2º da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para viabilizar a comercialização de medicamentos, que contenham extratos, substratos ou partes da planta Cannabis sativa na formulação, de autoria do deputado Fabio Mitidieri (PSD-SE).

O PL foi votado pela Comissão Especial da Cannabis Medicinal em 8 junho. A partir daí, o projeto poderia seguir direto para o Senado. Mas no dia 22 do mesmo mês o deputado federal Diego Garcia (Podemos-PR) entrou com recurso, assinado por 129 deputados, para que o texto fosse votado pelo Plenário da Câmara –e não seguisse direto para o Senado. O pedido será avaliado pelos 513 deputados da Casa, quando então será definido o destino do projeto.

“É um verdadeiro absurdo vincular a imagem de uma criança, de uma família usuária de drogas, a um projeto que tem por objetivo justamente resgatar a saúde de milhares de pessoas e famílias. O substitutivo que apresentamos é sobre saúde, não tem nenhuma relação com legalização de drogas”, diz o deputado Ducci. “Compartilhar este vídeo é duplamente criminoso, produzir e compartilhar fake news é crime e ainda expõe inadequadamente a imagem de uma criança. Estamos tomando as providências para que o autor desta mentira seja identificado e punido.”

 

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Justiça suspende temporariamente permissão de plantio da Cannabis de associação de pacientes https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/03/01/justica-suspende-temporariamente-permissao-de-plantio-da-cannabis-de-associacao-de-pacientes/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/03/01/justica-suspende-temporariamente-permissao-de-plantio-da-cannabis-de-associacao-de-pacientes/#respond Tue, 02 Mar 2021 01:15:58 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/WhatsApp-Image-2020-07-01-at-17.04.26-e1614647475443.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2081 O clima de tensão estava alto na sede da Abrace Esperança, em João Pessoa, nesta manhã de segunda-fera (1º). Os dirigentes passaram o dia em reuniões com advogados. O motivo: a ação promovida pela Anvisa Agência de Vigilância Sanitária), que pede o cancelamento do direito de cultivo de Cannabis medicinal.  Enquanto isso,  o  TRF5 (Tribunal Federal da 5ª Região) informou a suspensão da permissão de plantio até o dia do julgamento– marcado para 18 de março.

Procurada pelo Cannabis Inc para esclarecer os motivos da ação, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) respondeu em nota, que “não ingressou com ação judicial para suspender decisões favoráveis à entidade”. A questão é outra.

“Existe uma decisão na ação judicial ajuizada pela ABRACE (nº0800333-82.2017.4.05.8200/PB), que  autoriza a associação a cultivar Cannabis para fins medicinais e a produzir e distribuir óleos terapêuticos derivados da planta aos associados. Esta decisão condiciona a autorização a determinados requisitos.”

Segundo a Anvisa, a entidade não está cumprindo os requisitos, o que a obrigou, após “infrutíferas tentativas de sanar os problemas, a informar a situação ao Tribunal Regional Federal da Quinta Região, a fim de evitar um risco sanitário, que possa agravar a saúde dos pacientes”.

“Estamos resolvendo o problema”, diz Cassiano Teixeira, fundador da Abrace. “Não temos a autorização de funcionamento do laboratório.” Nos últimos quatro meses, o gestor pediu ajuda de consultores para fazer o projeto do laboratório de acordo com as exigências da Anvisa. Nesta terça-feira, 2, a Abrace informa que protocola o pedido de funcionamento do laboratório na Angevisa (Agência Estadual de Vigilância Sanitária) da Paraíba.

“O projeto ficou pronto na sexta-feira (26), dia que soubemos da ação”, diz Teixeira, desapontado.  “Não tínhamos como entregar isso antes. Foi necessário arrumar recurso até para contratar os profissionais que pudessem ajudar no projeto.” A Abrace vai anexar o projeto e o protocolo à ação.

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Curso de culinária canábica é considerado terapêutico por associação https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/01/16/curso-de-culinaria-canabica-e-considerado-terapeutico/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/01/16/curso-de-culinaria-canabica-e-considerado-terapeutico/#respond Sat, 16 Jan 2021 23:04:53 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/ruderalis-cannabis-leaf-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1922 Começou neste sábado, 16, às 18h30, o primeiro curso on-line de gastronomia canábica, administrado pela pernambucana Paula Caroline, 38, autora de Maconha na Cozinha. As aulas foram elaboradas a partir da experiência que ela desenvolveu para ajudar no tratamento da mãe, que sofria de depressão.

“É um curso de culinária aplicada à terapia medicinal da Cannabis”, diz Eliane Nunes, psiquiatra e diretora geral da SBEC (Sociedade Brasileira de Pesquisa Canábica). O curso está hospedado no  YouTube da associação. “Não se prenda a preconceitos. Vou dar uma parte teórica e outra prática”, diz Caroline, que avisa: “Mas quando você for começara a aplicar o que aprendeu é importante ter o acompanhamento do médico.”

A teoria é um resumo da gastronomia canábica pelo mundo. Depois vem a parte mais prática, com dicas de plantio e de pratos. Vou dar uma de spoiler e entregar algumas das receitas que vão aparecer no curso– tudo à base de Cannabis.

  1. Leite
  2. Manteiga
  3. Óleo de coco
  4. Azeite
  5. Mel
  6. Sushi
  7. Molho de tomate

Apesar das inscrições estarem esgotadas, dá para assistir às aulas, porém, sem participar pelo chat ao vivo.

 

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Autora do livro ‘Maconha na Cozinha’ ensina receitas fáceis para a ceia de Ano-Novo https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/31/autora-do-livro-maconha-na-cozinha-ensina-receitas-faceis-para-a-ceia-de-ano-novo/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/31/autora-do-livro-maconha-na-cozinha-ensina-receitas-faceis-para-a-ceia-de-ano-novo/#respond Thu, 31 Dec 2020 20:43:30 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Médica_Nina_Queiroz2020-12-21_at_19.17.42.jpeg-e1609620628308-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1868 A contagem regressiva está quase começando para entrarmos em 2021, mas ainda dá tempo. Autora do livro de gastronomia Maconha na Cozinha, Paula Caroline, de 38,  separou para compartilhar com os leitores do blog receitas fáceis, para este fim de ano. Entre elas, um molho para acompanhar carnes e saladas e um biscoitinho alemão, Plätzchen para servir com café no fim da comilança.

As duas dicas levam maconha. A primeira é feita com mel de Cannabis e a segunda, com manteiga de Cannabis. Ela gravou o passo-a-passo do molho e do biscoito, para que não houvesse dúvidas.

Se você pensou naquele lendário bolo de maconha de chocolate, esqueça. Os chefs canábicos têm técnicas requintadas e fazem receitas elaboradas com apresentações de dar água na boca. No Brasil, há poucos expoentes desta gastronomia– talvez porque no país ainda exista muita polêmica e preconceito em relação ao tema.

No mundo, os chefs especializados neste tipo de culinárias ganham cada vez mais os holofotes. Há até disputas do tipo Master Chefs em plataformas como Netflix. É o caso de Cooked with Cannabis, série com 18 episódios ainda na primeira temporada. Nela, dois apresentadores recebem convidados famosos para degustar  as receitas, realizadas com infusões de THC (uma das substâncias da Cannabis que dá o “barato”) e molhos de CBD (canabidiol que não dá o “barato”). O programa é descontraído e engraçado.

No caso da pernambucana Caroline, a especialização aconteceu como uma forma de ajudar a mãe, a médica Nina Lourdes, a superar a depressão. “Ela usou tranquilizantes por muito tempo, mas sofreu com os efeitos colaterais. Foram dez anos tratando com alopatia e mesmo assim a tristeza continuava um sentimento forte. Fora isso, minha mãe sabia das possibilidades dos medicamentos de tarja preta provocarem demência a longo praz. Ela usava vários”, conta.

Segundo a filha, Lourdes passava dois dias dormindo sempre que tomava os medicamentos. Não conseguia interagir e o sentimento de tristeza continuava. Como toda história de quem troca a alopatia por tratamentos considerados alternativos, a substituição só aconteceu porque os remédios não ajudavam a melhorar a qualidade de vida de fato.

A médica começou a pesquisar a Cannabis medicinal e escolheu a fitoterapia com a Cannabis e os resultados foram excelentes. Depois de conseguir um habeas corpus na Justiça para plantar maconha, a família decidiu ajudá-la porque o processo de produção de óleo envolve várias etapas e o óleo tem de ter qualidade.

Caroline foi para os Estados Unidos e fez diversos cursos, inclusive o de extração do óleo. O irmão Ênio Queiroz, co-autor de Maconha na Cozinha, especializou-se no plantio. “Usamos todas as partes da planta na culinária. A folha, por exemplo, vira suco verde”, diz Paula que em janeiro inaugura o primeiro curso de gastronomia canábica. Ela diz que a gastronomia trouxe ainda mais benefícios à terapia da mãe.

As aulas começam dia 16. Para se inscrever basta clicar no link acima. A renda será revertida para o projeto Mães Jardineiras.

 

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Hospital Alemão Oswaldo Cruz inicia estudo clínico para avaliar a Cannabis no tratamento da dor crônica https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/18/hospital-alemao-oswaldo-cruz-inicia-estudo-clinico-para-avaliar-a-cannabis-no-tratamento-da-dor-cronica/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/18/hospital-alemao-oswaldo-cruz-inicia-estudo-clinico-para-avaliar-a-cannabis-no-tratamento-da-dor-cronica/#respond Sat, 19 Dec 2020 00:41:06 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Romeu-Fadoul-Hospital-Alemão-Oswaldo-Cruz-1-e1608339450398-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1858 Localizado na região central de São Paulo, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz inicia a primeira pesquisa da instituição com Cannabis em janeiro.  O estudo tem o objetivo de verificar a eficácia deste fitorerápico no tratamento da dor crônica refratária (resistente a qualquer medicamento). A iniciativa é do Gapec (Grupo de Apoio e Pesquisa em Canabinoides), coordenado pelo médico Romeu Fadul Júnior, de 52 anos.

A pesquisa envolve 120 pacientes, divididos em dois grupos. Metade vai tomar um óleo sem canabinoides –o chamado placebo –, enquanto os demais recebem óleo com canabinoides, produzido pela empresa Biocase Brasil ,que patrocina a pesquisa.  “A previsão do término da pesquisa é junho”, diz Fadul Júnior.

O Gapec tem apenas um ano e começou no centro de oncologia do hospital. Segundo o coordenador, a ideia é expandi-lo para as outras áreas. Abaixo a entrevista com o médico que fala da importância da pesquisa nesta área.

Como o senhor se interessou pelos canabinoides na medicina?
Romeu Fadul Júnior: Sou cirurgião plástico, mas tive uma experiência familiar que me levou a estudar a medicina canabinoide Minha mãe estava muito obesa e precisou fazer uma cirurgia de joelho. Os médicos encheram-na de opióides. Estes medicamentos geram a diminuição do trânsito gástrico intestinal. Provoca uma grande prisão de ventre. A barriga dela se distendeu. Como ela não conseguia ir ao banheiro, quiseram operá-la. Pesquisei e vi que em Londres e no Canadá, os médicos substituíam os opiódes pelos canabinoides, que não provoca a prisão de ventre e alivia as dores.

O senhor tentou a mesma estratégia?
Romeu Fadul Júnior: Sim. Não queria que ela fosse operada novamente. Comecei a dar óleo de Cannabis medicinal e aos poucos fui aumentando a dose na medida que diminuía os opióides. Ela foi desmamando. Consegui substituir 80% dos opióides e o intestino voltou a funcionar direito. Isso foi em 2011. Três anos depois (em novembro de 2014), ela operou o joelho novamente. Desta vez, começou a tomar os canabinoides antes de operar e diminuímos bastante a necessidade dos opióides.

Imagino que a partir daí seu interesse tenha se multiplicado.
Romeu Fadul Júnior: Foi um processo natural. Logo depois, entrei como associado da Sociedade Médica Inglesa de Medicina Canabinoide. Passeia estudar mais o assunto. No Brasil, houve o movimento das mães, em 2015, e isso foi muito bom. Já havia duas empresas no mercado começando o movimento de importação legal.

Como surgiu o centro de pesquisa canabinoide no Oswaldo Cruz?
Romeu Fadul Júnior: Na verdade, a diretoria de oncologia nos chamou para que pudéssemos formatar juntos um grupo de apoio e pesquisa de canabinoides, devido ao conhecimento que eu acabei adquirindo. Frequentava congressos sobre o assunto e todos sabiam disso.Trouxe para o hospital o modelo da Clínica Mayo, nos EUA, que tem um centro de medicina canabinoide. A ideia era copiar a estrutura. A Clínica Mayo tem um centro mais complexo, separado por especialidade. Esse é o futuro do grupo do Hospital Oswaldo Cruz, crescer e se expandir. Os EUA estão 20 anos na nossa frente. Abrimos o centro canabinoide no fim de setembro de 2019.

Já pensaram na segunda pesquisa que farão?
Romeu Fadul Júnior: Há muitas evidências da Cannabis no controle de náusea e vômito. Esse será a outra pesquisa clínica.

O hospital já usa a Cannabis no tratamento do câncer?
Romeu Fadul Júnior: Acho que se não existe outra alternativa. Devemos associar os canabinoides ao tratamento de câncer como auxílio. Não aprovamos nada inalado ou fumado, porque faz mal. Só usamos o óleo. Nossa intenção é fazer o máximo possível de pesquisa, mas levamos em conta as pesquisas que estão em andamento em outros países. A Clinica Mayo e a Universidade de Nova York estão fazendo pesquisa sobre Câncer e Cannabis. Os EUA e a Inglaterra – que  tem uma agência de vigilância sanitária muito parecida com a nossa – também.

O senhor acha que o centro ajuda a combater o preconceito em relação a maconha medicinal?
Romeu Fadul Júnior: Estamos falando de ciência. é importante as pessoas entenderem que existe um tratamento fitoterápico com evidências importantes. Há muitos estudos internacionais que provam a importância da Cannabis na medicina. Mas o Brasil precisa abrir mais portas para estudos e também para a formação de médicos nesta área. É isso que o Hospital Oswaldo Cruz está fazendo:inovação, pesquisa e educação.

 

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Nos EUA, Câmara dos Deputados aprova projeto de lei para legalizar a maconha no país https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/04/nos-eua-camara-dos-deputados-aprova-projeto-de-lei-para-legalizar-a-maconha-no-pais/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/04/nos-eua-camara-dos-deputados-aprova-projeto-de-lei-para-legalizar-a-maconha-no-pais/#respond Fri, 04 Dec 2020 22:24:31 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/download-300x164.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1810 A Câmara dos Deputados americana deu um passo há muitas décadas esperado no país. Nesta sexta-feira (4)  à tarde, a casa aprovou o Projeto de Lei para legalizar a maconha. Atualmente a lei federal criminaliza o comércio da erva.

Se aprovado pelo Senado, o país passará por uma revolução. De acordo com a Lei de Oportunidades, Reinvestimento e Expurgo da Maconha, as condenações anteriores terão de ser anuladas. Isso não significa apenas que os condenados ganham liberdade, mas que os registro criminais nas fichas de cada um devem ser apagados.

Apesar de muitos apostarem que o PL não passa nesta gestão, não se pode esquecer de que os republicanos não perdem um bom negócio. Além disso, a vice-presidente eleita Kamala Harrys é a patrocinadora da versão que chega ao Senado.

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O americano está menos conservador? https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/07/o-americano-esta-menos-conservador/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/07/o-americano-esta-menos-conservador/#respond Sat, 07 Nov 2020 03:52:52 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/alan-vendrame-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1673 Oregon foi o primeiro estado americano que aprovou a descriminalização do uso e da posse de pequenas quantidades de diversas drogas, incluindo a maconha e a cocaína. Cinco estados americanos aprovaram alguma forma de uso da Cannabis (Arizona, Dakota do Sul, Nova Jersey, Montana e Mississipi). Tudo isso, na última terça-feira (3), quando 32 estados foram às urnas votar em plebiscitos sobre vários temas, entre eles, as drogas. Será que os americanos estão menos conservadores?

“Acho que esta interpretação não é correta”, diz Alan Vendrame, coordenador do curso de Direito e Relações Internacionais do Ibemec. “O movimento político e de legalização das drogas estão dissociados. Tanto democratas como republicanos votaram na legalização da Cannabis.” Isso explicaria porque estados conservadores como Mississipi e Dakota do Sul legalizaram pelo menos algum tipo de uso da maconha. Em entrevista, Vendrame explica o que se passa nos EUA.

O que mudou para isso acontecer?
Alan Vendrame: Nos últimos anos, depois que estados importantes como Washington legalizaram a maconha, a população percebeu mais pontos positivos que negativos. Os americanos são muito pragmáticos. O governo arrecada tributos, um novo mercado se estabelece, aumenta a demanda de empregos e ainda há benefícios terapêuticos.

 Mississipi autorizou apenas a Cannabis medicinal. O que isso quer dizer na sua opinião?
A.V.:
Eu entendo que Mississipi ainda tem dúvidas em relação a legalização. Mas não é proibicionista.

O senhor acha que os americanos votaram mais porque tinham que estar lá por causa da eleição presidencial?
A.V.: Não. Na minha opinião aconteceu ao contrário. Houve uma presença maior nas eleições para presidente por causa dos plebiscitos. Os americanos estão mais ligados às questões do cotidiano do que da política. Na Flórida e na Columbia, decidiram o vínculo empregatício de motoristas de aplicativos. Essa foi uma eleição muito sui generis.

Houve também estados que descriminalizaram, mas não legalizaram. O senhor não acha isso confuso?
A.V.: É confuso sim. A descriminalização significa que o uso próprio não é crime. Mas não permite a criação de um comércio. Já a legalização é um passo a mais que a descriminalização.

O senhor ficou surpreso com o fato de alguns estados terem aprovado drogas alucinógenas?
A.V.: Na verdade, não. Como essas drogas não estão ligadas à , violência, abstenção no trabalho, nem violência doméstica, não são consideradas perigosas. Há também estudos científicos usando este tipo de drogas em ambiente terapêutico. Deve ter uma recorrência de pedidos de uso medicinal e por isso foi proposto a população.

 

 

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Plebiscito americano inclui mais cinco estados no mapa da legalização de algum tipo de uso da maconha https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/05/plebiscito-americano-inclui-mais-cinco-estados-no-mapa-da-legalizacao-de-algum-tipo-de-uso-da-maconha/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/05/plebiscito-americano-inclui-mais-cinco-estados-no-mapa-da-legalizacao-de-algum-tipo-de-uso-da-maconha/#respond Fri, 06 Nov 2020 02:38:15 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/WhatsApp-Image-2020-11-05-at-23.13.49-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1651 Além da eleição presidencial, americanos também foram às urnas para votar em 120 plebiscitos  nesta última terça-feira (3). Ao todo, 32 estados fizeram referendos sobre temas que vão da descriminalização das drogas ao aborto.

No que se refere a Cannabis, os americanos optaram por aumentar as regiões que aprovam algum tipo de uso da erva.  Foi o caso dos estados do Arizona, de New Jersey, Dakota do Sul, Montana e Mississipi.

Com exceção do Mississipi, todos aprovaram o uso recreativo, o comércio e a distribuição da Cannabis para maiores de 21 anos. Quando os plebiscitos se transformarem em medidas legislativas– o que leva tempo–, estas regiões, mais o D.C.(Distrito de Columbia), terão descriminalizado a maconha. Isto quer dizer que fumar um baseado, por exemplo, deixa de ser crime passível de punição penal. Em outra palavras: ninguém vai preso porque por usar a droga.

Dakota do Sul decidiu também pelo estabelecimento de programas de Cannabis medicinal no estado. Mississipi optou apenas pelo uso terapêutico. A Cannabis medicinal será legal em 35 estados. Quando os plebiscitos virarem leis, 15 estados, mais D.C., terão descriminalizado a o uso recreativo da Cannabis.

A mudança do posicionamento dos americanos em relação a maconha mudou muito nesta última década. Em 2000, todos os 50 estados americanos proibiam a Cannabis recreacional. O processo de mudança começou em 2012, quando o Colorado e o Washington legalizaram a maconha, provocando liberações em cascatas pelo país ao longo dos anos.

Hoje a maconha é ilegal em apenas 13 estados (que estão em cinza no mapa que ilustra a matéria), 11 aprovam o uso adulto (em verde bandeira),  20,  o medicinal (azul royal), 3 votaram no recreacional (verde claro), 1 votou só pelo uso medicinal (azul água) e 1 estado votou pelos dois usos (em lilás).

“Em uma época em que os EUA está mais dividido do que nunca, há um claro consenso entre os eleitores: eles são a favor da Cannabis, da legalização agora. As pessoas puderam se manifestar do Mississipi a New Jersey. Qualquer um dos candidatos que ganhe a presidência terá de respeitar a vontade do eleitor”, escreveu Steve DeAngelo, um dos maiores empresário da Cannabis, no Linkedin.

“As mudanças não ferem as comunidades, mas as fortalecem. Reduz os crimes violentos, overdoses, tráfico, violência doméstica e o excesso de prisões, produz novos empregos e impostos”, completou.

 

 

 

 

 

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