Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pesquisa de Covid longa do InCor receberá novo CBD registrado pela Anvisa antes que farmácias https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/pesquisa-de-covid-longa-do-incor-recebera-novo-cbd-registrado-pela-anvisa-antes-que-farmacias/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/pesquisa-de-covid-longa-do-incor-recebera-novo-cbd-registrado-pela-anvisa-antes-que-farmacias/#respond Fri, 05 Nov 2021 15:28:49 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/unnamed-2-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2488 Os pesquisadores do InCor estão animados com a notícia de que o estudo de covid-longa vai contar com CBD (Canabidiol, substância derivada da Cannabis) com registro sanitário da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). “Agora médicos e pacientes ficam ainda mais confiantes. Isso também aumenta a credibilidade dos resultados” diz o coordenador do estudo Edimar Bocchi, que é professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

As exigências da Anvisa para conceder o registro para um produto de Cannabis são iguais as de qualquer medicamento à venda na farmácia. O registro atesta, por exemplo, que um analgésico terá sempre a mesma concentração e qualidade.

Na pesquisa de Covid longa, o InCor vai usar o CBD 50 mg/ml da Farmacêutica Verdemed, que conseguiu o registro na última sexta-feira, 27. Mas para o público em geral, a empresa adianta que o produto chegará às farmácias brasileiras apenas no segundo semestre do ano que vem.

O CBD da Verdemed é resultado de uma parceria com  a empresa americana de capital aberto Clever Leaves, com laboratório e campos de cultivo na Colômbia. Ela tem certificação farmacêutica de Boas Práticas de Manufatura EUDRA. Todos esses detalhes, que em geral os leigos não se atentam, importam muito para os pesquisadores.

Vale lembrar que este será o primeiro estudo brasileiro de fase 3 sobre os efeitos do CBD no tratamento da Covid longa. Estamos falando de um estado clínico provocado pela Covid, que permanece mesmo depois de o corpo vencer o vírus. O pacientes continuam com os mesmos sintomas, entre eles, fadiga, fraqueza muscular, dor de cabeça, problemas psiquiátricos, vômito e diarreia por até nove meses.

Nesta semana, a pesquisa foi entregue para ser protocolada no Comitê de Ensino e Pesquisa da Universidade de São Paulo. “Espera-se o aval para o início do estudo clínico ainda em novembro, uma vez que os temas relativos à Covid têm caráter de urgência”, diz o CEO da Verdemed, José Bacellar.

 

 

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InCor dá protagonismo ao Brasil ao fazer a primeira pesquisa mundial de CBD para pós-covid e insuficiência cardíaca https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/incor-da-protagonismo-ao-brasil-ao-fazer-a-primeira-pesquisa-mundial-de-cbd-para-pos-covid-e-insuficiencia-cardiaca/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/incor-da-protagonismo-ao-brasil-ao-fazer-a-primeira-pesquisa-mundial-de-cbd-para-pos-covid-e-insuficiencia-cardiaca/#respond Wed, 15 Sep 2021 10:04:54 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/15701443005d96802cf3e9b_1570144300_5x2_lg-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2357 O Brasil ganha protagonismo na área da ciência canábica graças ao InCor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Centro de referência nacional em saúde, ali serão realizadas duas pesquisas inéditas com CBD (Canabidiol, substância derivada da Cannabis).

A primeira analisa os efeitos no tratamento da síndrome pós-covid, doença cujos pacientes continuam com os sintomas da infecção, mesmo depois de curados. Eles sofrem com dores de cabeça, perda do olfato, da cognição, da locomoção e problemas respiratórios, entre tantos outros. A pós-covid pode durar de seis semanas a nove meses, de acordo com especialistas internacionais.

A segunda tem como foco os doentes com insuficiência cardíaca. São pessoas com coração fraco, que não bombeia o sangue necessário para o pleno funcionamento do organismo. A doença atinge 2% da população mundial.

“Leva a uma fragilidade tão grande, que os pacientes não possuem força suficiente para comer ou tomar banho. Eles precisam de ajuda para todas essas atividades corriqueiras”, diz o Edimar Bocchi, um dos autores da pesquisa, e diretor do Núcleo de Insuficiência Cardíaca e Dispositivos Mecânicos para Insuficiência Cardíaca.

Sabe-se que o Brasil não tem como hábito priorizar as pesquisas. O governo gasta o relativo a 1,16% do PIB em Ciência, menos do que a média mundial de 1,79%. Os dados são do Relatório de Ciência da Organização das Nações Unidas, intitulado “A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente; resumo executivo e cenário brasileiro”.

Entre 2014 e 2018, o investimento global na Ciência aumentou 19%. O dado seria animador se China e EUA não representassem 60% dessa porcentagem. Ou seja, a maioria dos países investem pouquíssimo, se comparado com essas duas potencias econômicas.

No meio a tudo isso, temos a pandemia do coranavírus. Doença infecciosa, a covid ceifou 4,5 milhões de vidas e levou o mundo a uma grande crise econômica. Obrigatoriamente, por uma questão de sobrevivência, o mundo voltou a atenção à importância da ciência. A pesquisa virou o único caminho para a vacina e a possibilidade de uma vida normal.

InCOr desenvolve duas pesquisas inéditas com CBD
Edimar Bocchi é um dos autores das pesquisas do InCor com CBD (Foto:Divulgação).

No entanto, o dinheiro para os estudos de Bocchi não veio do governo. As duas pesquisas do InCor serão financiadas pela VerdeMed, empresa canadense, com sócios brasileiros, de Cannabis medicinal. Essa companhia, assim como as demais do setor, precisam desenvolver estudos clínicos para que em cinco anos continuem com o registro do produto na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).

Em 2019, a agência aprovou a RDC (Resolução de Diretoria Colegiada) 327, que regula a Cannabis medicinal no Brasil. Pela primeira vez, o país permitiu o registro desses produtos, desde que fabricados por laboratórios, que cumpram uma série de exigências. Entre elas, que a partir da aprovação ficam obrigados a apresentar estudos clínicos no prazo de cinco anos.

A Verdemed está no corredor da aprovação. Tem dois produtos esperando pelo registro na Anvisa. E, antes mesmo de consegui-lo, abriu os cofres para fornecer o medicamento para a pesquisa. Há quem diga que o investimento total esteja em torno de R$ 25 milhões, mas a empresa, que foi procurada para a matéria, não fala sobre valores. Os organizadores procuram mais apoiadores.

Mas quem lucra de fato são os pacientes. Ao realizar as duas pesquisas, o InCor confere mais seriedade à Cannabis medicinal, que enfrenta grande preconceito. CBD é ciência. Caso não fosse, não estaria no rol de interesse de um dos mais renomados centros de referência do Brasil.

Vale lembrar que outros centros sérios já incluíram o CBD como terapia de doenças crônicas, caso do Hospital Oswaldo Cruz e do Hospital Sírio Libanês, que também estão envolvidos em estudos clínicos.

 

 

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Pesquisa aponta que metade dos brasileiros usaria ou indicaria Cannabis medicinal https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/25/pesquisa-aponta-que-metade-dos-brasileiros-usaria-ou-indicaria-cannabis-medicinal/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/25/pesquisa-aponta-que-metade-dos-brasileiros-usaria-ou-indicaria-cannabis-medicinal/#respond Wed, 25 Aug 2021 22:36:21 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/folha_maconha_divulgacao_policia_federal-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2334 Desde que a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) autorizou o registro de produtos de Cannabis medicinal no Brasil para comercialização, em 2019, empresas de várias partes do mundo passaram a pesquisar o mercado nacional. Entre elas, a multinacional Clever Leaves.

Em parceria como a Toluna Insight, a empresa perguntou a 800 brasileiros se usariam a Cannabis medicinal ou indicariam para alguém se tratar. Metade respondeu que usaria. Três de cada dez pessoas disseram que não sabiam se usariam ou indicariam para alguém.

A outra questão foi se elas sabiam para quais doenças o produto faz efeito. Quase a metade (46,8%) respondeu que ela pode ser usada para espasmos musculares, tremores, convulsões e tiques nervosos. Outra parte (40,94%) disse que a Cannabis medicinal podia ser usada para ansiedade, depressão, insônia e outros produtos e saúde mental.

Houve também um grupo (24,49%) que apontou efetividade para problemas do sono e de humor, (23,53%) dor e inflamação, e (22,81%) formigamento ou dormência muscular. O estudo mostra que o brasileiro está mais informado do que antes. Revela ainda que o preconceito começa a se dissipar conforme os estudos científicos são publicados.

Já existem evidências científicas para dor crônica, náuseas, espasticidades por esclerose múltiplas, epilepsia, ansiedade e para distúrbios do sono. “Acreditamos que a pesquisa científica é a chave para criar novas oportunidades de tratamento e acesso do paciente, permitindo que ingredientes e produtos farmacêuticos legais cruzem fronteiras livremente”, diz o CEO da Clever Leaves, Kyle Detwiler. O Brasil, segundo ele, é um mercado perfeito para a Cannabis medicinal, devido ao forte setor farmacêutico.

Em janeiro, a empresa entrou no país através de parcerias firmadas como a Verdemed, Phytolab Entourage e Greencare para quem vende os insumos para a fabricação dos produtos. No ano passado, a empresa lucrou US$ 12,1 milhões –uma alta de 55% em relação ao ano anterior.

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Hospital Alemão Oswaldo Cruz inicia estudo clínico para avaliar a Cannabis no tratamento da dor crônica https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/18/hospital-alemao-oswaldo-cruz-inicia-estudo-clinico-para-avaliar-a-cannabis-no-tratamento-da-dor-cronica/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/12/18/hospital-alemao-oswaldo-cruz-inicia-estudo-clinico-para-avaliar-a-cannabis-no-tratamento-da-dor-cronica/#respond Sat, 19 Dec 2020 00:41:06 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Romeu-Fadoul-Hospital-Alemão-Oswaldo-Cruz-1-e1608339450398-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1858 Localizado na região central de São Paulo, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz inicia a primeira pesquisa da instituição com Cannabis em janeiro.  O estudo tem o objetivo de verificar a eficácia deste fitorerápico no tratamento da dor crônica refratária (resistente a qualquer medicamento). A iniciativa é do Gapec (Grupo de Apoio e Pesquisa em Canabinoides), coordenado pelo médico Romeu Fadul Júnior, de 52 anos.

A pesquisa envolve 120 pacientes, divididos em dois grupos. Metade vai tomar um óleo sem canabinoides –o chamado placebo –, enquanto os demais recebem óleo com canabinoides, produzido pela empresa Biocase Brasil ,que patrocina a pesquisa.  “A previsão do término da pesquisa é junho”, diz Fadul Júnior.

O Gapec tem apenas um ano e começou no centro de oncologia do hospital. Segundo o coordenador, a ideia é expandi-lo para as outras áreas. Abaixo a entrevista com o médico que fala da importância da pesquisa nesta área.

Como o senhor se interessou pelos canabinoides na medicina?
Romeu Fadul Júnior: Sou cirurgião plástico, mas tive uma experiência familiar que me levou a estudar a medicina canabinoide Minha mãe estava muito obesa e precisou fazer uma cirurgia de joelho. Os médicos encheram-na de opióides. Estes medicamentos geram a diminuição do trânsito gástrico intestinal. Provoca uma grande prisão de ventre. A barriga dela se distendeu. Como ela não conseguia ir ao banheiro, quiseram operá-la. Pesquisei e vi que em Londres e no Canadá, os médicos substituíam os opiódes pelos canabinoides, que não provoca a prisão de ventre e alivia as dores.

O senhor tentou a mesma estratégia?
Romeu Fadul Júnior: Sim. Não queria que ela fosse operada novamente. Comecei a dar óleo de Cannabis medicinal e aos poucos fui aumentando a dose na medida que diminuía os opióides. Ela foi desmamando. Consegui substituir 80% dos opióides e o intestino voltou a funcionar direito. Isso foi em 2011. Três anos depois (em novembro de 2014), ela operou o joelho novamente. Desta vez, começou a tomar os canabinoides antes de operar e diminuímos bastante a necessidade dos opióides.

Imagino que a partir daí seu interesse tenha se multiplicado.
Romeu Fadul Júnior: Foi um processo natural. Logo depois, entrei como associado da Sociedade Médica Inglesa de Medicina Canabinoide. Passeia estudar mais o assunto. No Brasil, houve o movimento das mães, em 2015, e isso foi muito bom. Já havia duas empresas no mercado começando o movimento de importação legal.

Como surgiu o centro de pesquisa canabinoide no Oswaldo Cruz?
Romeu Fadul Júnior: Na verdade, a diretoria de oncologia nos chamou para que pudéssemos formatar juntos um grupo de apoio e pesquisa de canabinoides, devido ao conhecimento que eu acabei adquirindo. Frequentava congressos sobre o assunto e todos sabiam disso.Trouxe para o hospital o modelo da Clínica Mayo, nos EUA, que tem um centro de medicina canabinoide. A ideia era copiar a estrutura. A Clínica Mayo tem um centro mais complexo, separado por especialidade. Esse é o futuro do grupo do Hospital Oswaldo Cruz, crescer e se expandir. Os EUA estão 20 anos na nossa frente. Abrimos o centro canabinoide no fim de setembro de 2019.

Já pensaram na segunda pesquisa que farão?
Romeu Fadul Júnior: Há muitas evidências da Cannabis no controle de náusea e vômito. Esse será a outra pesquisa clínica.

O hospital já usa a Cannabis no tratamento do câncer?
Romeu Fadul Júnior: Acho que se não existe outra alternativa. Devemos associar os canabinoides ao tratamento de câncer como auxílio. Não aprovamos nada inalado ou fumado, porque faz mal. Só usamos o óleo. Nossa intenção é fazer o máximo possível de pesquisa, mas levamos em conta as pesquisas que estão em andamento em outros países. A Clinica Mayo e a Universidade de Nova York estão fazendo pesquisa sobre Câncer e Cannabis. Os EUA e a Inglaterra – que  tem uma agência de vigilância sanitária muito parecida com a nossa – também.

O senhor acha que o centro ajuda a combater o preconceito em relação a maconha medicinal?
Romeu Fadul Júnior: Estamos falando de ciência. é importante as pessoas entenderem que existe um tratamento fitoterápico com evidências importantes. Há muitos estudos internacionais que provam a importância da Cannabis na medicina. Mas o Brasil precisa abrir mais portas para estudos e também para a formação de médicos nesta área. É isso que o Hospital Oswaldo Cruz está fazendo:inovação, pesquisa e educação.

 

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Pesquisadores brasileiros anunciam estudo do mecanismo de ação da Cannabis nas células nervosas https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/23/pesquisadores-brasileiros-anunciam-estudo-do-mecanismo-de-acao-da-cannabis-nas-celulas-nervosas/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/23/pesquisadores-brasileiros-anunciam-estudo-do-mecanismo-de-acao-da-cannabis-nas-celulas-nervosas/#respond Mon, 23 Nov 2020 20:40:32 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/entourage-phytolab-Rodrigo-BragaDivulgação-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1729 Cannabis medicinal tem efeito positivo em doenças graves, de difícil tratamento e ligadas a uma disfunção nervosa, como o Parkinson, o Alzheimer e a Epilepsia. Nos consultórios, multiplicam-se as notícias de casos bem-sucedidos ao redor do mundo. No Brasil, na última segunda-feira (16), o Cannabis Inc. publicou a história de um agricultor paranaense, com Alzheimer, que se submeteu à terapia ainda experimental com THC e deixou de ter “brancos” na memória em dois meses.

Apesar de os médicos saberem da eficiência, a explicação da ação dessas substâncias derivadas da Cannabis ainda é vaga. O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e o laboratório de Cannabis medicinal Entourage Phytolab anunciaram que, em 2021,  começam a desvendar o mecanismo dos diferentes compostos canabinoides no sistema nervoso.

O procedimento não é invasivo. Células epiteliais serão recolhidas a partir da urina dos voluntários. No laboratório, os cientistas as transformarão em células troncos pluripotentes, ou seja, com capacidade de virar a estrutura para qualquer parte do organismo. Neste caso, em tecidos neurais. Vale lembrar que cada célula possui o material genético do doador.  Isso possibilita o estudo aprofundado da ação das substâncias canabinoides e a avaliação positiva e negativa em cada caso.

“O principal objetivo é compreender melhor os diferentes potenciais dessas substâncias e de suas diversas combinações. A partir desses primeiros resultados, poderemos selecionar os melhores caminhos de desenvolvimento terapêutico, que no futuro deverão evoluir para ensaios clínicos com nossos próprios medicamentos fitoterápicos”, diz Caio Abreu, fundador e CEO da Entourage Phytolab, que atua em pesquisas há 5 anos.

“Nosso primeiro medicamento chega ao mercado em 2021 e será usado no tratamento de epilepsia. A parceria com o Instituto D’Or vai ajudar no desenvolvimento de outros medicamentos, voltados para condições como dores e doenças inflamatórias crônicas.”

 

 

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Pesquisa científica inédita no Brasil analisa a eficácia da Cannabis no tratamento de enxaqueca https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/20/pesquisa-cientifica-inedita-no-brasil-analisa-a-eficacia-da-cannabis-no-tratamento-de-enxaqueca/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/20/pesquisa-cientifica-inedita-no-brasil-analisa-a-eficacia-da-cannabis-no-tratamento-de-enxaqueca/#respond Fri, 20 Nov 2020 23:58:02 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/enxaqueca-1-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1703 A Canopy Growth, uma das gigantes canadenses de Cannabis, e o Hospital Israelita Albert Einstein, centro de excelência em medicina, vão investir juntos em uma pesquisa inédita no Brasil. Com desenho e orçamento aprovado pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), o estudo clínico pretende analisar 110 pacientes com enxaqueca crônica, em tratamento convencional, mas sem grandes avanços nos resultados. O objetivo é testar a eficiência da Cannabis nestes casos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde a enxaqueca é a 10ª doença mais incapacitante e atinge 15% da população mundial. As mulheres são as maiores vítimas. O número de casos entre elas é mais do que o dobro do que entre os homens, segundo o Ministério da Saúde do Brasil.

Muitos pacientes serão selecionados dentro do próprio banco de dados do hospital, pelo coordenador do estudo, Alexandre Kaup, neurologista especializado em cefaléias, distonias e espasticidades. Além de ser pesquisador clínico do Einstein, ele coordena o Departamento Científico de Neuroepidemiologia da Academia Brasileira de Neurologia. Mas isso não quer dizer que outras pessoas não possam participar. “O mais importante é o voluntário estar dentro dos critérios”, explica Kaup.

“Há mais de 150 tipos de cefaléias. Entram no estudo os casos crônicos. Trata-se de quadros graves que se repetem pelo menos três vezes por ano”, diz Kaup. “Entra nesta categoria a dor de cabeça persistente acompanhada de sintomas como náusea, fotofobia e irritabilidade provocada por barulho durante 15 dias ou mais.”

O neurologista Alexandre Kaup, especializado no tratamento de cefaléias, coordena a pesquisa com Cannabis no Einstein. (Foto: Divulgação)

“Vamos acabar com o argumento de que não existe pesquisa científica de Cannabis”, diz  o médico Wellington Briques, diretor global para a área médica da Canopy Growth, referindo-se ao argumento mais contundente contra o tratamento com as substâncias da planta.

No Brasil, a ciência já não é uma prioridade, mas perde ainda mais relevância aos olhos dos coordenadores das instituições quando objeto do estudo é a Cannabis. O plantio não é permitido nem para estudo nas universidades, com exceção das que estão no estado do Rio de Janeiro. A importação da matéria prima aumenta muito o orçamento, sem contar o preconceito sobre o tema..

Wellington Briques: idealizador da pesquisa. (Foto: Divulgação)

Briques foi o grande responsável pelo estudo se concretizar. Meu primeiro encontro com o médico foi em junho de 2019, quando a Canopy Growth anunciou a chegada no Brasil a um pequeno grupo de jornalistas durante coletiva. Ele era um dos executivos do grupo, mas chamava a atenção pela tranquilidade, simpatia, discrição e modos polidos de cavalheiro– mas principalmente por ter uma meta bem clara, a pesquisa científica.

Desde que chegou à São Paulo, o cenário econômico internacional mudou muito. O mercado de Cannabis passou por queda de vendas e grandes empresas como a Canopy tiveram de enxugar custos. Veio ainda a pandemia da Covid-19. Mesmo assim, Briques continuou firme sobre a necessidade das pesquisas científicas. “Temos muitas evidências clínicas nos consultórios que precisam ser confirmadas.”No início do mês, ele me ligou com a excelente notícia de que finalmente estava com o projeto redondo.

“O estudo será duplo cego. Metade receberá CBD (canabidiol) e THC (tetrahidrocanabidiol) e a outra metade,  placebo”, conta. O recrutamento de voluntários  já começou. Fique de olho, em 2021 começa a pesquisa com os pacientes selecionados que serão acompanhados por 1 ano.

 

 

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Conheça o agricultor que regrediu os sintomas do Alzheimer com THC https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/16/conheca-o-agricultor-que-regrediu-os-sintomas-do-alzheimer-com-thc/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/16/conheca-o-agricultor-que-regrediu-os-sintomas-do-alzheimer-com-thc/#respond Tue, 17 Nov 2020 02:29:15 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/Delci-2-primeiro-paciente-Alzheimer-e-THC-e1605578193201-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1677 Atualmente está em curso uma pesquisa com 36 pacientes de Alzheimer, que tem como objetivo analisar a eficiência do tratamento com THC (tetrahidrocanabidiol, substância da Cannabis que dá o chamado “barato”). Coordenado pelo professor de Medicina e Biociência Francisney Nascimento, da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), o estudo foi inspirado em um caso experimental onde a substância teve resultados “excepcionais”, segundo o autor.

O paciente é Delci Ruver, 77,  um agricultou simples, que passou a maior parte da vida em Planato, interior do Paraná, cidade com pouco mais de 14 mil habitantes. Ele sempre trabalhou em uma colônia da região, com a mulher, Maria Ruth, 75. Os dois formam um casal forte e saudável, mas que viu a vida virar de ponta cabeça, quando Delci começou a esquecer de coisas pequenas, porém importantes.

“Ele esquecia a porteira do sítio aberta. Quando pegava uma ferramenta, não sabia onde tinha largado. Também tinha problemas de equilíbrio”, diz Maria, que quando o marido saía sozinho ficava aflita por causa do açude da propriedade. Os médicos diagnosticaram o caso como Alzheimer.

“Eu estava ruim mesmo. Saía para a cidade e, ao chegar no centro, não sabia para onde ir”, conta ele. “O neurologista mandou um remédio, que não me fazia muito bem. Estufava minha barrida e eu continuava com problemas de memória.” A neta, a farmacêutica Ana Martins, 28,  aluna de Nascimento, pediu ao avô fosse até Foz do Iguaçu, onde mora.

“Toda manhã ele tinha um branco. Não conseguia saber onde estava ou qual era o dia. Trocava o nome da família. Por conta das confusões, não o deixávamos mais sozinho”, conta a neta que cresceu junto dos avós. Quando entrou no mestrado, Martins queria trabalhar com canabinoides. “Resolvi então que iria tratar o meu avô com Cannabis. Para isso, aprovei o estudo no comitê de ética na Unila.

“O extrato tinha uma concentração 8 vezes maior de THC do que CBD. Delci começou tomando 500 microgramas. Em seguida, aumentamos para 750 microgramas, mas ele piorou.  Passamos para 1 miligrama e observamos outra piora do quadro. Voltamos e estabelecemos o tratamento em 500 microgramas”, conta Martins.

Quando foi submetido a um teste cognitivo, Delci passou para o escore de um idoso saudável em apenas dois meses de tratamento. Aos poucos, Martins retirou toda a medicação convencional do avô e os avanços permaneceram estáveis. Hoje, ele tem uma vida normal.

Martins, ao centro, com os avós. (Foto: Álbum de família/Divulgação)
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Sucesso do THC no tratamento de Alzheimer leva à pesquisa ampla https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/09/sucesso-do-thc-no-tratamento-de-alzheimer-leva-a-pesquisa-ampla/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/09/sucesso-do-thc-no-tratamento-de-alzheimer-leva-a-pesquisa-ampla/#respond Sat, 10 Oct 2020 01:36:50 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/WhatsApp-Image-2020-10-07-at-13.02.21-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1539 O caso experimental de sucesso abriu caminho para novas perspectivas para doenças neurodegenerativas. Foram mais de dois anos de tratamento e acompanhamento de um paciente com Alzheimer, de 75 anos, que recebeu doses baixas de THC (tetrahidrocanabidiol, uma das substâncias da Cannabis). O doente recuperou  a cognição e o reconhecimento espacial. Chegou ao nível de uma pessoa sem a doença e manteve os ganhos durante todo o período de acompanhamento.

“O resultado é excepcional e confirma dados anedóticos de pacientes que se encontram na internet. Mas ninguém ainda mostrou isso com dados científicos. Estamos correndo pra publicar”, diz o professor de Medicina e Biociência Francisney Nascimento, 38, da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) em Foz do Iguaçu.

Nascimento resolveu colocar em prática um estudo amplo randomizado e duplo cego. “Durante 12 meses, 36 pacientes serão avaliados no humor, depressão e dosagens bioquímicas (proteínas), que aumentam em pacientes com Alzheimer”, explica ele.

Metade dos pacientes receberão micro doses de THC, 1 mg. “Para ter uma ideia, esta quantidade equivale a 100 vezes menos do que a encontrada em um cigarro de maconha”, diz Nascimento.  “O THC é administrado em gotas uma vez ao dia e não induz a nenhum efeito colateral se não leve diarreia nos primeiros dias em alguns pacientes, devido ao perfil gorduroso do óleo.” Os demais tomarão placebo.

Um estudo publicado na revista científica Nature, em 2017, já apontou o THC como um indutor da formação de neurônios no hipocampo (principal sede da memória e do sistema límbico). Teste em ratos e animais idosos mostraram que ajudou na melhora justamente da melhora.

Nascimento explica que depois dos 65 anos, o organismo perde canabinoides, o que aumenta a suscetibilidade às inflamações e doenças degenerativas, entre elas, o Parkinson e o Alzheimer. “Os pacientes que sofrem com enxaqueca, por exemplo, possuem menos canabinoides no corpo.” Os estudos apontam que há uma queda dos receptores de canabinoides e dos próprios canabinoides, que circulam no organismo.

Nascimento: pesquisa com THC em pacientes de Alzheimer. Foto: Divulgação

Mentor do estudo, Nascimento conta com parceiros com expertise na área de Cannabis, caso de Fabrício Pamplona, neurocientista em canabinoides, e a Abrace Esperança, associação de pacientes da Paraíba, que fornecerá o medicamento para os pesquisadores. O responsável técnico da pesquisa é o neurologista Elton da Silva, professor da Unila. “Pretendo fazer o maior estudo da literatura internacional do tema”. Para os pacientes e familiares, é sem dúvida uma grande esperança.

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Perfil de saúde oral avalia a Cannabis medicinal no desempenho de atletas https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/08/perfil-de-saude-oral-avalia-a-cannabis-medicinal-no-desempenho-de-atletas/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/08/perfil-de-saude-oral-avalia-a-cannabis-medicinal-no-desempenho-de-atletas/#respond Thu, 08 Oct 2020 21:50:21 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/Jeferson-Santa-cannabis-e1602193220264-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1527 Com três décadas de experiência profissional, a dentista Karime Pereira resolveu levantar o perfil da saúde oral de atletas de todas as categorias –independentemente da modalidade. Ela parte do pressuposto que o esportista sofre grande pressão para obter resultados e, por isso, está propenso a ter, por exemplo, problemas de sono, bruxismo e disfunções da articulação– que podem atrapalhar o desempenho.

Com o suporte da Santa Cannabis– associação localizada em Florianópolis, que reúne pacientes que se tratam com a Cannabis medicinal–, surgiu também a ideia de avaliar se o uso do CBD (canabidiol) pode ajudar no desempenho do atleta, uma vez que trata dores, tensões e ajuda na qualidade do sono. Em outras palavras, pode aliviar muitos dos problemas dos atletas.

“A ONG vai auxiliar na divulgação e acompanhamento desses voluntários para alcançarmos um grande número de participantes”, diz o psicólogo Jeferson Monteiro, diretor de Saúde e Pesquisa da Santa Cannabis. O questionário virtual  do estudo intitulado Cannabis Medicinal, Saúde Oral e Desempenho Desportivo foi colocado na web na última segunda-feira (5).

O levantamento será totalmente virtual. Os candidatos recebem um link e respondem a um questionário investigativo de perfil pessoal e que avalia o desempenho esportivo, a percepção do uso da Cannabis medicinal, o bruxismo (ranger dos dentes acordado e também dormindo) e a disfunção temporomandibular. Faz parte do levantamento, uma entrevista virtual com o voluntário, onde a dentista irá perguntar outras questões da saúde oral.

Atualmente Pereira está em Portugal,  fazendo doutorado em Ciências do Desportos na Universidade do Porto. E foi lá, em terras portuguesas, que ela conheceu Monteiro, durante um evento de Cannabis medicinal. Depois logo nasceu a parceria. Pereira é brasileira e se formou pela Universidade Federal de Santa Catarina. Se você for atleta e quiser participar da pesquisa acesse aqui. Não há idade limite.

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Fórmula potencializadora do CBD promete ser vantagem competitiva da Entourage em 2021 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/22/formula-potencializadora-do-cbd-promete-ser-vantagem-competitiva-da-etourage-em-2021/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/22/formula-potencializadora-do-cbd-promete-ser-vantagem-competitiva-da-etourage-em-2021/#respond Tue, 22 Sep 2020 14:33:23 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/WhatsApp-Image-2020-09-21-at-19.25.14-e1600786473933-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1454 Um medicamento mais eficiente e, portanto, mais barato. É o que promete o laboratório nacional Entourage Phytolab com a nova formulação apresentada na última quarta-feira (16), durante o evento digital International Cannabinoid-Derived Pharmaceutical Summit.

O advogado Caio Abreu,41, fundou o laboratório em 2015 –quando a importação de medicamento de Cannabis foi aprovada pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). Cinco anos depois de muita pesquisa e parcerias– uma delas com a Canopy Grow–, a empresa está mais próxima de colocar o primeiro medicamento no mercado.

O anúncio aconteceu assim que o laboratório  encerrou a primeira etapa (fase 1) do estudo clínico . “No segundo semestre de 2018, saímos de mais de 50 formulações in vitro até selecionarmos as seis melhores. Aplicamos em animais. Agora encerramos o teste derradeiro, em seres-humanos, confirmando a melhor absorção do medicamento pelo organismo, como esperávamos”, explica Abreu.

Manuel Alfaro de Prá, head de P&D da Entourage Phytolab, explica o diferencial da formulação. “Ela aumenta a absorção do CBD (canabidiol), uma das substâncias da Cannabis, pela via linfática, evitando a passagem e degradação pelo fígado. Isso permite que uma quantidade maior do CBD ingerido chegue à corrente sanguínea.”

Segundo Abre, normalmente, o CBD age somente após ser distribuído pela corrente sanguínea, mas antes disso parte dele é destruído pelo fígado. Ao evitar essa etapa, o medicamento poupa o órgão e aumenta a quantidade de produto disponível para o organismo. “Normalmente, o fígado já é sobrecarregado em toda absorção de fármacos, gordura e álcool”, diz Caio.

A fórmula também permite a absorção mais uniforme do CBD pelo intestino, o que reduziria a variação de resultado entre diferentes pacientes – um problema típico dos produtos disponíveis hoje em dia. De acordo com os planos da Entourage, até o início do ano que vem o produto estará no mercado. Quanto ao preço promete ser mais barato em relação ao único concorrente que está nas prateleiras das farmácias que custa em tono de RS 2.500.

Quanto mais barato? Abreu diz que é difícil falar em números exatos. “Há uma série de fatores no nosso processo que apontam para um preço mais competitivo”, diz.  Além do medicamento ser mais eficiente, Abreu explica que a empresa tem um processo de eficiência de extração maior que a do mercado em geral. “Nossos fornecedores são mais competitivos. O mercado está mudando muito rapidamente”, complementa o executivo, que, por último, lembra do efeito entourage – o de sinergia de todos os componentes da planta para um melhor resultado–, que os medicamentos isolados não tem.

 

 

 

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