Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Governo colombiano entra na concorrência com o Uruguai ao liberar a exportação de flores de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/20/governo-colombiano-entra-na-concorrencia-com-o-uruguai-ao-liberar-a-exportacao-de-flores-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/08/20/governo-colombiano-entra-na-concorrencia-com-o-uruguai-ao-liberar-a-exportacao-de-flores-de-cannabis/#respond Fri, 20 Aug 2021 12:33:18 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-08-04-at-11.44.52-e1629461857572-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2319 Bom exemplo o dos empresários colombianos da Cannabis ao mercado internacional –principalmente aos países que gostariam de estar nele, mas não estão. Há mais de dois anos, o setor se organizou e entrou em tratativas com o governo. No início de agosto, veio o resultado. O presidente da Colômbia Iván Duque Márquez liberou a exportação de flores de cânhamo e diminuiu a burocracia no setor.

O acordo foi assinado em uma reunião com os empresários na sede da Clever Leaves, uma das maiores empresas colombianas. “Até agora a Colômbia ficou assistindo o Uruguai vender ao mundo milhões de dólares em flores. Ou seja, nosso país perdeu dinheiro, se levarmos em conta o potencial que tem”, diz Julian Wilches, diretor de regulamentação da Clever Leaves.

No centro da foto, Iván Duque Márquez de terno (à esq) e à direita dele o diretor de regulamentação Julian Wilches com outros funcionários da multinacional Clever Leaves (Foto:divulgação).

 

A burocracia também promete ser menor, o que dará maior flexibilização às operações. “Para você ter uma ideia como funcionava, há processos que consigo fazer nos EUA em três meses, enquanto na Colômbia demorariam 3 anos.” A Clever Leaves tem operações e investimentos em outros países, como EUA, Canadá, Alemanha e Portugal –país este que permite a exportação de flores de Cannabis. Elas são a principal matéria prima para a fabricação do óleo, usado no tratamento medicinal.

Em 2020, pouco depois de o atual presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou tomar posse, ele anunciou que a Cannabis seria tão importante como a carne para as exportações do país. Não demorou para serem fechados os primeiros acordos de exportação de flores. Entre eles, uma carga de quase duas toneladas para Israel, o equivalente a US$ 2,5 milhões.

“Não sabemos o quanto as exportações de flores podem trazer à Colômbia. Até agora participávamos da metade do mercado. As exportações de flores representam 50% de todos os negócios do setor”, diz Wilches.

Segundo ele, daqui para frente os desafios serão as boas práticas e as certificação. “Haverá uma grande mudança. Poderemos incluir outros canabinoides nos produtos, além do CBD, desde que não sejam psicoativos. Também foram criadas mais licenças de operação, porque o governo quer mais empresas na Colômbia.”

Presidente Márquez assina decreto em cerimônia com empresários (Foto: divulgação).

Assim como aconteceu no Uruguai, os empresários colombianos esbarravam em obstáculos. Muitos bancos não aceitavam dinheiro, por exemplo, que viesse do setor. Sem contar a demora na emissão de licenças e de envio do medicamento às farmácias. Os pacientes acabavam recorrendo ao comércio paralelo.

No Brasil, há o PL-399, que regula o comércio da Cannabis medicinal e o plantio do cânhamo industrial, que está na Câmara dos Deputados. Ele chegou a ser aprovado pela Comissão Especial da Cannabis, mas ainda tem destino incerto. Não foi resolvido se segue para o Senado ou vai para votação no plenário da Câmara. Agora fica a dúvida, se os nossos empresários do setor vão seguir os passos dos colombianos e, juntos,  conquistarem avanços nos negócios e principalmente para os pacientes.

 

 

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Ex-presidente Latam da Aurora, a gigante da indústria da Cannabis, entra com novos negócios no mercado brasileiro https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/02/19/ex-presidente-latam-da-aurora-a-gigante-da-industria-da-cannabis-entra-com-novos-negocios-no-mercado-brasileiro/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/02/19/ex-presidente-latam-da-aurora-a-gigante-da-industria-da-cannabis-entra-com-novos-negocios-no-mercado-brasileiro/#respond Fri, 19 Feb 2021 14:43:50 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Background-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2008 Uma nova aquisição anunciada nesta quarta-feira (17) mostra o potencial do Brasil perante o mercado internacional de Cannabis. A empresa uruguaia de cultivo PucMed (Productora Uruguaya de Cannabis Medicinal) fechou parceria com CCB (Cannabis Company Builder)– que, digamos, é uma holding desenvolvedora de startups–  e passam a operar juntas no mercado brasileiro.

Por trás da CCB está o uruguaio Alejandro Antalich, 48,– a cereja do bolo deste negócio– que fez carreira na indústria farmacêutica e há seis anos entrou para o mercado canábico. Foi  presidente na América Latina de uma das maiores empresas do mundo de capital aberto de maconha, a canadense Aurora, e montou a ICC (International Cannabis Corp), que detém 70% do mercado uruguaio.

No ano passado, a ICC fez a maior exportação de flores de Cannabis do Uruguai. Vendeu 1.421 kg da mercadoria para a Fotmer Life Sciences, de Portugal. Depois disso, em setembro, a Aurora adquiriu a ICC de Antalich por US$ 290 milhões.

O empreendedor ainda montou a CCB em março, em Montevidéu, desta vez com um diferencial: ser uma empresa voltada ao desenvolvimento de startups do setor, que ocupem as mais diferentes posições dentro da cadeia de produção, do plantio ao medicamento. Para isso, a empresa reuniu um grupo de profissionais com diferentes expertises e muita experiência na criação de startups. “A meta é chegar a um portfólio de até de 10 empresas”, diz Antalich.

Sobre a PucMed, ela surgiu há três anos e em 2019 se estabeleceu em Curitiba com o objetivo de importar e distribuir medicamentos à base de Cannabis no Brasil– o que promete fazer no segundo semestre deste ano.  Atualmente é uma das quatro startups da CCB, que ainda detém uma empresa de medicamentos à base de cânhamo (Camino Florido), de pesquisa e de desenvolvimento de novos medicamentos (Grasscann) e de inovação terapêutica (Skye Biopharma). Antalich conversou com o Cannabis Inc sobre a nova parceria com a PucMed e o mercado de Cannabis. Abaixo a minha exclusiva com o empreendedor.

 

Por que o senhor decidiu investir no Brasil?
Alejandro Antalich: Precisamos reinventar. Não queremos cometer os mesmos erros passados. Minha empresa, a CCB,  é inovadora. Eu tenho um amor especial pelo Brasil. A ideia é decolar no neste mercado, que tem regulação e importantes atores do setor farmacêutico e de outras indústrias.

Quais os motivos de o senhor incorporar a PucMed?
AA: Não temos apenas uma vertical da indústria. Nossa meta é ter empresas que juntas completem toda a cadeia da Cannabis, da semente ao produto final entregue nas mãos do consumidor. Acho que vamos nos posicionar muito rápido no Brasil. A PucMed tem expertise. É uma empresa de plantio, uma atividade que no Brasil ainda não é permitida.

Pode me explicar a parceria com a PucMed? A CCB adquiriu a empresa?
AA: 
Não foi uma aquisição. Ela foi incluída no nosso portfólio com uma operação de swap de ações ( a CCB passou a ser dona de 5% da PucMed e vice-versa).

O mercado americano está mais desenvolvido e com boas perspectivas graças à eleição do presidente Joe Biden. Então por que entrar no Brasil e não nos EUA?
AA: 
Os EUA significa 50% de todo o mercado legal de Cannabis. Para entrar lá, é preciso ter muito mais capital. O mercado brasileiro não está posicionado, é emergente, porém, tem regulação. Seguramente muitos novos empreendimentos vão aportar aqui.

A insegurança jurídica dos negócios no Brasil não atrapalha?
AA: 
As relações internacionais e pessoais fazem mais do projeto do que a seguridade jurídica.Há bons sinais. O fato de uma empresa de medicamentos de Cannabis estar no SUS é um bom indício. Além disso, o novo posicionamento dos EUA em relação à Cannabis também vai repercutir no Brasil.

O que o senhor aprendeu no tempo que permaneceu na canadense Aurora?
AA: 
A Aurora é uma corporação que maneja muitas áreas de Cannabis. Aprendi a avaliar com experiência científica e isso foi o maior legado. No Canadá, o uso da Cannabis medicinal foi legalizado há muitos anos (2001). A experiência que existe em uma empresa como a Aurora é imensa. Ela atende 100.000 pacientes através das clínicas.

Qual o melhor negócio que o senhor visualiza no setor no Brasil?
AA: 
O Brasil é um ótimo mercado para clínicas, mas acho que o país pede hoje que os ensaios clínicos sejam validados internacionalmente, com os prós e contras. O fator humano é o mais importante, portanto, eu diria que o desenvolvimento científico está em primeiro lugar.

O grande atrativo do Brasil está no volume de habitantes?
AA: O volume de pessoas e a regulação, que pode abrir muitas portas. O medicamento de Cannabis – nacional ou importado– não é acessível aos brasileiros, mais especificamente para 98% da população. Se as empresas trabalharem com os reguladores, poderemos chegar a um ponto razoável para que seja acessível a maior parte das pessoas.

Qual a vantagem do medicamento de Cannabis quando comparado aos tradicionais da farmácia?
AA: A Cannabis medicinal reduz os efeitos secundários que um medicamento comum provoca. As contraindicações dos fármacos são imensas. Se você parar para ler a bula , com certeza perderá a não a vontade de tomar o medicamento. A Cannabis não tem contraindicações e ninguém morreu por doses maiores. A inserção da Cannabis vai diminuir o custo da Saúde. O Brasil tem um custo altíssimo com medicamentos. Propomos diminuir esta carga. A Cannabis medicinal não causa efeitos secundários e pode ter muitas soluções para diversas patologias ao mesmo tempo. É um bom negócio para o Estado e para a população.

Os fundadores da CCB: da esquerda para direita no sentido horário: Alejandro Antalich, CIO; Joaquin Garcia, CFO; Rodrigo Rey, COO e ; Andrés Isarael, CEO
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PL do cultivo da Cannabis tem a aprovação da maioria dos deputados da Comissão https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/23/pl-do-cultivo-da-cannabis-tem-a-aprovacao-da-maioria-dos-deputados-da-comissao/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/23/pl-do-cultivo-da-cannabis-tem-a-aprovacao-da-maioria-dos-deputados-da-comissao/#respond Wed, 23 Sep 2020 14:19:56 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Paulo-teixeira--e1600897315138-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1469 O presidente da Comissão Especial da Cannabis Paulo Teixeira (PT-SP) anda bem satisfeito com o andamento do PL 399-2015, que propõe o cultivo da Cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

O bom humor tem a ver com a receptividade do texto substitutivo, redigido pelo deputado Luciano Ducci  (PSB-PR). Segundo fontes, a maioria dos deputados da Comissão apoiam o PL 399-2015.

Durante mais de um ano, Teixeira e Ducci pesquisaram e ouviram especialistas, pacientes e entidades em audiências especiais. Chegaram a viajar para o Uruguai e Colômbia, locais onde a Cannabis medicinal foi legalizada,  para conversar com os legisladores. Basta saber qual será a receptividade do plenário, caso o texto seja encaminhado para votação na casa. Aguardemos.

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Maior indústria de Cannabis da América Latina pode triplicar a produção do Uruguai https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/11/maior-planta-de-cannabis-da-america-latina-pode-triplicar-a-producao-do-uruguai/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/11/maior-planta-de-cannabis-da-america-latina-pode-triplicar-a-producao-do-uruguai/#respond Sat, 12 Sep 2020 01:28:15 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Inaugraçao-Boreal-2-e1599873696490-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1380 A maior indústria de processamento de Cannabis medicinal da América Latina foi inaugurada nesta última segunda-feira (7), no Uruguai. Por trás deste novo negócio está a empresa canadense de fertilizantes Boreal, que investiu em uma área de 5 mil m2, com cinco secadoras de plantas, em Salto, região agrícola, com pouco mais de 100 mil habitantes, quase na divisa com o Brasil.

Junto à indústria de processamento fica o campo de cultivo da empresa, com 1000 hectares. Segundo a empresa, é a primeira cultura totalmente orgânica do país. Todos os campos de cultivo do Uruguai somados dão 600 hectares.

A Boreal vai impactar a capacidade do setor.“A expectativa é que a produção triplique. Este investimento mostra que a empresa acredita no crescimento feroz da economia da Cannabis no Uruguai.”, diz Marco Algorta, presidente da Câmara de Empresas de Cannabis Medicinal.

A presença do presidente Luis Lacalle Pou na festa de inauguração foi a confirmação concreta das intenções de valorização do setor anunciadas anteriormente pelo governo. A nova empresa tem a capacidade de secar 20 toneladas de cânhamo por dia. Para ter uma ideia, a produção anual de Cannabis medicinal do Uruguai é de 120 toneladas, que poderia ser processada ali em seis dias.

“Vamos processar o cultivo da empresa e terceirizar nossas operações para outros fornecedores”, diz o advogado Rodolfo Perdomo, 38, representante da Boreal no Uruguai. “O local começou a operar em abril do ano passado, mas a indústria ainda não estava pronta. Ainda faltavam adaptações do padrão GMP (Boas Práticas de Fabricação). “A inauguração foi atrasada por causa da pandemia da Covid-19”, explica Perdomo.

Leia abaixo a entrevista com Rodolfo Perdomo, representante da Boreal.

 

Por que a escolha do Uruguai para instalar o novo ramo de negócios da empresa?
Rodolfo Perdomo: O país tem uma situação jurídica estável. Passa confiança aos empresários. Tem boa geografia e capital humano importante, especializado no campo.

Por que a região de Salto?
Rodolfo Perdomo: É uma zona com muita tradição de cultivo, de certa forma parecida com o cânhamo. A cidade é produtora de frutas, hortaliças e flores e tem muito invernadeiros (como são chamadas as estufas).

Desde que foi liberada a Cannabis medicinal e de uso adulto no país, as empresas possuem muitos problemas com os bancos. Isso continua? Isso atrapalha?
Rodolfo Perdomo: Continua. Isso não acontece apenas no Uruguai. É um problema mundial. Mesmo assim os fatores positivos são superiores e compensam.

A empresa inaugurada é muito grande. Quais são os planos da Boereal para o local?
Rodolfo Perdomo: Ali, ainda teremos uma área para a produção de azeite de Cannabis. Só não está funcionando porque fomos interrompidos pela pandemia.

Há uma tentativa política de aprovar o cultivo no Brasil. O que o senhor acha disso?
Rodolfo Perdomo: Acho excelente. Se isso acontecer, o Brasil vai colocar a América Latina no topo da economia mundial da Cannabis.

 

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Sem nova regulação (ou sinal dela), Uruguai começa plantio do cânhamo de 2021 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/10/sem-nova-regulacao-ou-sinal-dela-uruguai-comeca-plantio-do-canhamo-de-2021/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/10/sem-nova-regulacao-ou-sinal-dela-uruguai-comeca-plantio-do-canhamo-de-2021/#respond Fri, 11 Sep 2020 02:42:46 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/ruderalis-cannabis-leaf-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1376 Setembro é o mês do cultivo da safra 2021 de Cannabis medicinal e do cânhamo no Uruguai. O problema é que o setor está projetando negócios futuros no escuro. O governo ainda não terminou a nova regulação que deve ficar pronta até o fim do ano.

“Há um certo nervosismo por parte dos produtores”, diz Marco Algorta, presidente da Câmara das Empresas de Cannabis Medicinal do Uruguai. “Estamos começando a preparar a plantação ainda sem saber qual será a regulação para vender o que estão plantando.”

Algorta explica que a regulação atual tem muitos pontos obscuros. “Atualmente, se eu quero ter a licença para plantar não sei se procuro o IRCA (Instituto de Regulação e Controle da Cannabis) ou Ministério da Agricultura e Pesca.  Entendo que o Governo precise de tempo para preparar a regulação, porém há necessidade de sabermos os caminhos corretos. Segundo ele, o setor precisa de sinais mais práticos.

O ambiente dos negócios anda muito favorável para a Cannabis medicinal e do cânhamo no Uruguai. O governo tem incentivado as exportações. Este ano chegou a aprovar dois decretos para escoar um estoque de 120 toneladas– mercadoria já negociada, mas presa pela burocracia do setor. A princípio a nova regulação, pretende destravar os negócios.

 

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Uruguai anuncia dois decretos para liberar a exportação de 120 toneladas de Cannabis estocadas https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/08/08/uruguai-anuncia-dois-decretos-para-liberar-a-exportacao-de-120-toneladas-de-cannabis-estocadas/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/08/08/uruguai-anuncia-dois-decretos-para-liberar-a-exportacao-de-120-toneladas-de-cannabis-estocadas/#respond Sat, 08 Aug 2020 23:12:35 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/Ferres-Uruguai-e1596927646534-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1218 O Uruguai está mesmo disposto a ser um exportador internacional de cânhamo. Primeiro o presidente centro-direitista Luis Lacalle Pou declarou que pretende transformar a Cannabis tão importante para as exportações do país como a carne. Nesta quinta-feira (6) anunciou dois decretos, que tira os entraves burocráticos que emperraram as negociações internacionais nos últimos três anos.

Por isso, o país tem um estoque de 120 toneladas de flores e extrato de cânhamo produzidos de 2018 a 2020, de acordo com informações do IRCA (Instituto de Regulação e Controle da Cannabis). Mas segundo o prosecretário da presidência Rodrigo Ferres, as autoridades estão levantando os números exatos.

Os decretos foram elaborados depois de empresários reclamarem o fato de estarem com mercadorias vendidas sem poder despachá-las para o destino. “De acordo com as leis do Uruguai, a Cannabis só pode ser vendida para pesquisa ou para uso medicinal”, disse Marco Algorta, presidente da Câmara de Empresas de Cannabis Medicinal do Uruguai. “Isso se deve a comissão de tratados internacionais, de 1971, que considera a planta e seus derivados proibidos.”

Mas não foram apenas as cargas para uso industrial que ficaram presas no Uruguai. Muitas empresas com mercadoria medicinal vendida também não tiveram sucesso nas exportações. O Ministério da Saúde Pública pede uma série de documentações, entre elas, testes clínicos.

“Eram produtos medicinais para o uso em pacientes compassivos, sem registro, como aqueles que o Brasil importa”, diz Algorta.  Durante a coletiva de imprensa, Ferres declarou que a situação estava regularizada. “É uma lei retroativa, que vale apenas para os anos de 2018, 2019, 2020”, disse o prosecretário da presidência.

“As exportações futuras deverão seguir a nova regulação que o governo está elaborando”, explicou Algorta. O governo prometeu entregá-la até o fim deste ano.

 

 

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Uruguai exporta meia tonelada de flores de cânhamo para Suíça https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/08/01/uruguai-exporta-meia-tonelada-de-flores-de-canhamo-para-suica/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/08/01/uruguai-exporta-meia-tonelada-de-flores-de-canhamo-para-suica/#respond Sat, 01 Aug 2020 10:00:31 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/marco-algorta-imagem-Youtube-e1596275774551-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1177 O Uruguai realizou a primeira exportação de flores de cânhamo para a Suíça nesta última semana de julho. Foram enviados 524 quilos, por US$ 200 o quilo. O governo do Uruguai tem a intenção de transformar o país em um grande exportador de Cannabis.

Na última semana de julho, anunciou também a formação de uma comissão pública-privada para incentivar o setor. Serão realizados acertos na regulação para facilitar o comércio. Mas enquanto os trabalhos começam, os embaixadores já estão abrindo caminho para os negócios.

A chegada da carga foi anunciada por Sergio Vásquez, chefe do departamento de assessoria técnica e da Direção Geral dos Serviços Agrícolas (DGSA) do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca no Twitter. Ele escreveu: “O Uruguai completou com êxito a primeira exportação de flores de cânhamo à Suíça para uso médico. Vale o reconhecimento do trabalho dos nossos embaixadores que abrem mercados aos produtos Uruguaios.”

Foi de fato um destino escolhido a dedo. O Uruguai e a Suíça estão entre os poucos países que autorizam produzir cânhamo com 0,7% de THC. Na Europa, o permitido é 0,3 % e nos EUA, 0,2%. “A coincidência das duas regulações acabou facilitando o comércio entre os países”, diz Marco Algorta, presidente da Câmara de Empresas de Cannabis Medicinal no Uruguai, que também faz parte da nova comissão pública-privada montada pelo governo.

 

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Bancos dificultam transferências de dinheiro do exterior para as empresas colombianas da Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/19/bancos-dificultam-transferencias-de-dinheiro-do-exterior-para-as-empresas-colombianas-da-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/19/bancos-dificultam-transferencias-de-dinheiro-do-exterior-para-as-empresas-colombianas-da-cannabis/#respond Wed, 19 Feb 2020 07:26:02 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/WhatsApp-Image-2020-02-19-at-04.20.17-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=795 Depois de cinco horas de voo, assim que os deputados Eduardo Costa (PTB-PA) e Luciano Ducci (PSB-PR) pousaram em Bogotá, na última quarta-feira (12), tiveram uma reunião informal com um grupo de empresários.

A agenda oficial da Comissão da Cannabis da Câmara começaria no dia seguinte de manhã. O presidente da comissão, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), ainda não havia chegado.

Sentados à mesa, entre uma garfada de ceviche e um patacon (entrada típica de banana), os deputados escutavam sobre alguns entraves provocados pela burocracia colombiana na vida dos empresários da Cannabis. A principal delas: a dificuldade de trazer dinheiro do exterior para investir nos negócios.

Os bancos temem serem acusados de lavagem de dinheiro ao gerir contas de empresas ligadas à Cannabis. Portanto, ora evitam operar com as empresas, ora dificultam as operações, principalmente as de transferência de capital. Trata-se de um problema recorrente em outros países, mas com intensidades diferentes, caso dos EUA e do Uruguai. A prosa tinha um objetivo: a esperança de que isso não se repetisse no Brasil.

 

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Para comissão de deputados, a Cannabis pode ajudar a economia a crescer https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/11/para-comissao-de-deputados-a-cannabis-medicinal-pode-ajudar-a-economia-crescer/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/02/11/para-comissao-de-deputados-a-cannabis-medicinal-pode-ajudar-a-economia-crescer/#respond Wed, 12 Feb 2020 02:27:10 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/IMG_8386-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=759 Quatro deputados integrantes da comissão da Cannabis na Câmara partem nesta quarta-feira (12) para Colômbia, destino escolhido para continuarem os estudos e análises do que seria um bom regulatório para o comércio no Brasil. Apesar dos problemas enfrentados com o tráfico de drogas no passado, o governo colombiano conseguiu transformar a nação no principal player da Cannabis medicinal da América Latina.

“A Colômbia diminuiu a violência, gerou empregos e negócios com a Cannabis medicinal. Ao focar apenas em um segmento, o medicinal, soube criar uma regulação segura e eficiente”, diz o deputado Eduardo Costa (PTB-PA), um dos integrantes da comitiva. “O Brasil precisa fazer dinheiro e criar empregos.”

Primeira nação a liberar a cannabis, em 2013, o Uruguai poderia ser um destino mais óbvio. Mas foi a Colômbia que conseguiu melhores resultados econômicos até agora a ponto de despertar o interesse de investidores internacionais. O Congresso colombiano aprovou o plantio, a produção, distribuição e a comercialização apenas do uso medicinal e científico da maconha em 2016.  Depois foram colocados em prática o regulatório que demorou três anos para ser ajustado e implantado de fato.

“Eles conseguiram aproveitar a agricultura familiar que produzia para as Farcs (Forças Armadas revolucionárias da Colômbia)”, destaca Costa. Ele aponta para a importância do cuidado com todo o ciclo da cadeia, do plantio do cânhamo até a chegada do produto à prateleira da farmácia. Sim, do cânhamo, pois ela é uma Cannabis com tão pouco THC – substância que dá o “barato” – que não interessa ao tráfico.

Assim como no Brasil, a Colômbia também determinou que a Cannabis medicinal seja vendida nas farmácias. Por outro lado, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) não regulou a questão do cultivo, no fim do ano passado. Essa é uma das pontas soltas, digamos, que preocupa os deputados.

O presidente da comissão Paulo Teixeira (PT-SP) alerta que sem o cultivo, “o Brasil terá de produzir o óleo de Cannabis a partir de material importado”. Ou seja, o produto sai mais caro do que poderia custar se a matéria-prima também fosse nacional. Os deputados Luciano Ducci (PSB-PR), médico, e Marcelo Calero (Cidadania-RJ), advogado e diplomata, integram a comitiva.

O Cannabis Inc.,que vai acompanhar esta visita à Colômbia, publica nesta quarta (12) a agenda de compromissos dos deputados. Fique atento.

 

 

 

 

 

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Os altos e baixos da Cannabis medicinal em 2019 e as perspectivas para 2020 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/12/28/os-altos-e-baixos-da-cannabis-medicinal-em-2019-e-as-perspectivas-para-2020/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/12/28/os-altos-e-baixos-da-cannabis-medicinal-em-2019-e-as-perspectivas-para-2020/#respond Sat, 28 Dec 2019 23:35:41 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/pedro-pierro-dono-do-sechat-e1577575807804-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=636 Dono de duas aceleradoras de negócios da Cannabis e uma plataforma digital de informação, o neuro-cirurgião Pedro Pierro, de 45 anos, é considerado um especialista da área. Ele entrou no mercado nacional há cinco anos, quando o movimento de pacientes começava a pressionar à Anvisa. Ao fazer um balanço sobre os altos e baixos do mercado este ano, especialmente para o Cannabis Inc, ele colocou em dúvida se a nova regulação da Anvisa vai trazer mais acesso aos medicamentos.Também disse que o preconceito atrapalha muito o avanço na saúde e nos negócios.

Pierro tem experiência clínica e acompanha casos de doenças refratárias – aqueles pacientes que não respondem aos medicamentos convencionais. Em 2014, ele era totalmente cético em relação aos tratamentos realizados com Cannabis medicinal. Mas uma paciente com epilepsia refratária, que acompanhava no consultório, mudou o curso das crenças e apostas dele.

O médico já havia prescrito, sem sucesso, todas as alternativas da medicina convencional para a menina, de 5 anos, que sofria 20 convulsões diárias. Subitamente, sem que ele entendesse muito bem o motivo, ela teve uma melhora expressiva. Médico e familiares ficaram satisfeitos.

Ao longo do tempo, porém, ela contraiu uma pneumonia e internada na UTI de um hospital. Enquanto os médicos tratavam da infecção, as antigas convulsões voltaram. Foi neste momento que a família revelou ao médico que estava dando à menina o óleo de Cannabis em casa. “Eu fiquei indignado. Disse à mãe dela que a criança estava arriscada de perder a vaga da UTI”, conta. A mãe rebateu: “As convulsões só cessaram com a Cannabis. Ela precisa receber a medicação no hospital. Ela regrediu ao estado de antes.”

Como o quadro de pneumonia estava resolvido, ela foi transferida para o quarto. “Lá a mãe pode dar o óleo sem que os médicos soubessem e as convulsões cessaram novamente”, conta Pierro que se tornou um pesquisador no assunto e depois enxergou as oportunidades de negócios. Abaixo ele avalia os altos e baixos de 2019, além de revelar o que  espera desse mercado para 2020.

Qual foi o pior evento de 2019?
O cancelamento do congresso do Uruguai (o Cannamerica) na véspera do evento foi ruim. Mostrou a desorganização do Uruguai e da América do Sul para os negócios.

E o melhor evento qual foi? 
A nova regulação da Anvisa sobre a comercialização da Cannabis medicinal. Conseguimos caminhar, mas não resolvemos coisas importantes. Não sei o quanto foi resolvido a questão do acesso à medicação. A Cannabis medicinal já é vendida na farmácia.

O senhor se refere ao Mevatyl, imagino. Mas esse é o único medicamento no mercado nacional. Ao aumentar a oferta nas prateleiras das farmácias teremos mais competitividade…
É verdade. Porém, o consumidor achava essa variedade comprando direto do distribuidor. Agora, ele vai adquirir o produto na farmácia, que compra do distribuidor. Resolveram a questão do tempo– pois teremos estoque–, mas não do preço. Se você não oferece preço, as pessoas compram no mercado negro, o que é um risco à saúde. Hoje a mídia divulga que a Cannabis é uma possibilidade de tratamento, o que aumenta o interesse da população.

Houve outro sinal de avanço do setor?
Pela primeira vez a Cannabis medicinal foi tratada com um tema dentro da SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor), durante um congresso. É importante a ampliação do conhecimento. A Cannabis entra no debate, expõe opiniões. Quem não concorda tem a obrigação de estudar para contestar com argumentos. De qualquer maneira, as pessoas saem com mais conhecimento. Dizem que o governo é contra à Cannabis medicinal ideologicamente. Na minha opinião,  o que existe hoje por parte de algumas pessoas não tem nada de ideologia, mas de preconceito. São coisas diferentes. A Cannabis medicinal  é uma das poucas pautas que une direita e esquerda. Precisamos separar as coisas. O que o ministro Osmar Terra fala, por exemplo, não é ideologia mas sim preconceito. Essa postura atrapalha o debate.

O que o senhor espera para 2020?
Espero que esse mercado se organize melhor no Brasil. Médicos e empresas precisam achar um ponto de equilíbrio, sem esquecer que o ator principal é o paciente.

O que muda, na sua opinião?
No próximo ano acho que pouca coisa muda. Os medicamentos não chegam este ano às farmácias. As empresas precisam esperar pelo registro na Anvisa, o que vai demorar um pouco.

Os novos fundos de Cannabis são um bom sinal?
A Cannabis é uma commodity como o milho. Os fundos de investimentos atraem dinheiro para negócios no exterior e não para o Brasil. Aqui as pessoas vão enxergar que isso é só business e não uma questão medicinal. Vão dizer que é lobby das empresas. O negócio será deturpado pela opinião dos mais conservadores.

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