Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Peru aprova a primeira fórmula similar ao Mevatyl, produto de Cannabis considerado alternativa aos opioides https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/peru-aprova-a-primeira-formula-similar-ao-mevatyl-produto-de-cannabis-considerado-alternativa-aos-opioides/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/peru-aprova-a-primeira-formula-similar-ao-mevatyl-produto-de-cannabis-considerado-alternativa-aos-opioides/#respond Tue, 23 Nov 2021 01:50:30 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/Verdemed-Tetraidrocanabinol-Canabidiol-1-1-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2507  

Desde 2017, o Mevatyl é o único produto de Cannabis registrado pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) no Brasil, para o alívio dos sintomas do câncer – dores e enjoo – e da espasmocidade provocada pela esclerose múltipla. Produzido pela inglesa GW Pharmaceuticals foi originalmente batizado de Sativex, mas aqui mudou de nome.

Na sexta-feira, 19, a Digimed –órgão sanitário, equivalente à Anvisa no Peru– registrou a primeira fórmula similar no mundo. Trata-se do Sativyl, da Farmacêutica Verdemed, com 27 mg/ml de THC (tetrahidrocanabidiol, substância psicoativa) e 25 mg/ml de CBD (canabidiol). Segundo os médicos, a proporção quase igual dos dois canabinoides é o diferencial para aliviar as dores fortes. O vidro tem 10 ml e 250 mg de concentração.

De acordo com dados do IARC (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer), o número de casos foi de 19 milhões em todo o mundo em 2020. Já a esclerose múltipla –doença autoimune, degenerativa e progressiva – atinge 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a incidência é de 15 pessoas em cada 40 mil, segundo o OMS (Organização Mundial de Saúde).

Tanto o medicamento da GW como da Verdemed são alternativas aos opioides, classe de medicamento conhecido pela eficiência n combate à dor.  Mas causam dependência química e podem levar o paciente à morte.

A longo prazo, o paciente com dor crônica, em geral, precisa de doses cada vez maiores para aliviar a dor. Nos EUA, o aumento do consumo virou questão de Saúde Pública. Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão americano de saúde, registrou aumento de 28,5% das mortes por abuso de opioides, de abril de 2020 até o mesmo mês deste ano –em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O produto também é um substituto dos medicamentos clássicos contra o enjoo e o vômito, sintomas provocado pelo tratamento de quimioterapia. Há uma parcela da população refratária aos antieméticos alopáticos, que sobrecarregam o fígado. Além disso, o Sativyl é um fitoterápico.

Mas a grande vantagem do lançamento da Verdemed no Peru é o preço. O Sativyl sairá pela metade do custo do Mevatyl, que é vendido a R$ 3,4 mil a caixa, com três frascos com 10 ml (spray), nas farmácias brasileiras. “Nossa caixa com três vidros deve ficar entre R$ 1.600 e R$ 1800. No início do ano já estaremos com o produto à venda no comércio peruano”, garante José Bacellar, CEO da Verdemed.

Quando o produto vem para o Brasil? A empresa já entrou com a documentação para análise do produto na Anvisa. Enquanto o pedido de registro tramita, a alternativa para o paciente seria importar o Sativyl. Porém, a empresa não sabe ainda se e quando haverá essa possibilidade. Aguardemos por mais novidades.

 

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Pesquisa de Covid longa do InCor receberá novo CBD registrado pela Anvisa antes que farmácias https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/pesquisa-de-covid-longa-do-incor-recebera-novo-cbd-registrado-pela-anvisa-antes-que-farmacias/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/pesquisa-de-covid-longa-do-incor-recebera-novo-cbd-registrado-pela-anvisa-antes-que-farmacias/#respond Fri, 05 Nov 2021 15:28:49 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/unnamed-2-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2488 Os pesquisadores do InCor estão animados com a notícia de que o estudo de covid-longa vai contar com CBD (Canabidiol, substância derivada da Cannabis) com registro sanitário da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). “Agora médicos e pacientes ficam ainda mais confiantes. Isso também aumenta a credibilidade dos resultados” diz o coordenador do estudo Edimar Bocchi, que é professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

As exigências da Anvisa para conceder o registro para um produto de Cannabis são iguais as de qualquer medicamento à venda na farmácia. O registro atesta, por exemplo, que um analgésico terá sempre a mesma concentração e qualidade.

Na pesquisa de Covid longa, o InCor vai usar o CBD 50 mg/ml da Farmacêutica Verdemed, que conseguiu o registro na última sexta-feira, 27. Mas para o público em geral, a empresa adianta que o produto chegará às farmácias brasileiras apenas no segundo semestre do ano que vem.

O CBD da Verdemed é resultado de uma parceria com  a empresa americana de capital aberto Clever Leaves, com laboratório e campos de cultivo na Colômbia. Ela tem certificação farmacêutica de Boas Práticas de Manufatura EUDRA. Todos esses detalhes, que em geral os leigos não se atentam, importam muito para os pesquisadores.

Vale lembrar que este será o primeiro estudo brasileiro de fase 3 sobre os efeitos do CBD no tratamento da Covid longa. Estamos falando de um estado clínico provocado pela Covid, que permanece mesmo depois de o corpo vencer o vírus. O pacientes continuam com os mesmos sintomas, entre eles, fadiga, fraqueza muscular, dor de cabeça, problemas psiquiátricos, vômito e diarreia por até nove meses.

Nesta semana, a pesquisa foi entregue para ser protocolada no Comitê de Ensino e Pesquisa da Universidade de São Paulo. “Espera-se o aval para o início do estudo clínico ainda em novembro, uma vez que os temas relativos à Covid têm caráter de urgência”, diz o CEO da Verdemed, José Bacellar.

 

 

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Pacientes ganham a terceira marca de CBD aprovada pela Anvisa https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/pacientes-ganham-a-terceira-marca-de-cbd-aprovada-pela-anvisa/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/pacientes-ganham-a-terceira-marca-de-cbd-aprovada-pela-anvisa/#respond Tue, 02 Nov 2021 23:01:39 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Screen-Shot-2021-09-03-at-11.26.52-e1635892220452-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2474 A farmacêutica Verdemed foi a terceira empresa a conseguir a autorização sanitária da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira, 29.

A partir disso, ela poderá colocar o CBD (Canabidiol, substância terapêutica sem psicoativos) nas farmácias do país. Até então o único caminho da Verdemed para vender os medicamentos era a importação.

“A Verdemed completou um ciclo de três anos de investimentos com a obtenção da autorização sanitária para o CBD 50 mg/ml, que deve chegar às farmácias no segundo trimestre do ano que vem. Para não haver prejuízo aos médicos e pacientes, manteremos até lá o atendimento pela RDC 335/2020”, diz José Bacellar, fundador e CEO da empresa.

A primeira empresa a conseguir a autorização da Anvisa foi a Prati-Donnaduzi, em abril de 2020. Um ano depois, em maio, foi a vez da Nunature. Três meses depois, a Promediol, empresa suíça com braço no Brasil, estava com o processo encerrado na Anvisa.

Ela esperava apenas a publicação no Diário Oficial da União. A equipe brasileira já comemorava, quando souberam que o processo tomou caminho inesperado e voltou para a revisão. A perspectiva é que a autorização ainda saia esse ano.

Em dois anos, apenas a paranaense Prati colocou produtos nas farmácias. O primeiro foi o CBD 200 mg/ml da Prati sai R$ 2,3 mil. O importado saía, na ocasião, pela metade do preço. Neste ano, em fevereiro, a farmacêutica conseguiu a aprovação de mais duas apresentações de CBD, o de 20 mg/ml (R$280)  e o de 50 mg/ml (R$ 687,50).

 

 

CBD 50 mg/ml da Verdemed: embalagem para importação (Foto: divulgação)

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SP reúne os principais players da Cannabis pela primeira vez, desde o início da pandemia https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/sp-reune-os-principais-players-da-cannabis-pela-primeira-vez-desde-o-inicio-da-pandemia/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/sp-reune-os-principais-players-da-cannabis-pela-primeira-vez-desde-o-inicio-da-pandemia/#respond Thu, 21 Oct 2021 20:52:59 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/Screen-Shot-2021-10-19-at-12.38.34-e1634843423950-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2441 O setor da Cannabis tem um evento importante neste sábado, 23. A The Green Hub, aceleradora de startups, faz o primeiro encontro presencial depois de um ano e meio de pandemia. Para quem não conhece o evento, o Cannabis Thinking reúne os principais integrantes do setor e ainda apresenta as novas empresas selecionadas para serem aceleradas.

Com o título # O verde que transforma, a The Green Hub vai para a terceira edição com algumas novidades. A primeira delas está no tamanho e no fôlego do evento. A empresa organizou um dia inteiro de palestras, que acontecem simultaneamente em dois palcos, Revolução 5.0 e Health and Science. Trata-se do maior evento que o hub organiza presencialmente.

Para que isso acontecesse, nota-se que o time de patrocinadores se ampliou. O encontro continua com o Humanitas-360 e o Civi-Co, que são apoiadores desde os primeiros passos da aceleradora. Mas agora contam com praticamente o dobro de patrocinadores. São 17, entre eles, a alemã Merck (Divisão Life Science) , o laboratório canadense de Cannabis medicinal Verdemed, a produtora de CBD para o mercado esportivo Revivid Brasil e a investidora internacional Maeté.

Isso se deve a um mercado nacional mais experiente, aquecido e com mais oportunidades atraentes. A começar pelo time de startups selecionado, que segundo a coordenação do hub, é mais maduro do que os anteriores.

“Na primeira chamada que fizemos, os empreendedores ainda não conheciam o mercado de Cannabis”, diz Alex Lucena, sócio e CIO da The Green Hub. “Nesta edição, vemos candidatos mais maduros, que enxergam no mercado uma real oportunidade de ganho.”

A aceleradora é uma boa mostra de como o mercado cresceu, principalmente neste período de pandemia. Na primeira edição foram 16 inscritos. Este ano, 69, dos quais 4 foram selecionados. Das 14 empresas que hoje fazem parte do portfólio da The Green Hub, 12 serão apresentadas no evento.

Ao contrário de outros setores da economia, o mercado de Cannabis ficou mais aquecido com a pandemia. Basta lembrar o primeiro lockdown americano, quando os dispensários (distribuidores de produtos de Cannabis)  foram considerados serviços essenciais e permaneceram abertos.

Os produtos medicinais e até mesmo os recreativos ajudaram muitas pessoas a controlarem a insônia, ansiedade e depressão, sintomas esses provocados pelo período tão difícil pelo qual o mundo passou –e ainda passa.

Outro dado importante vem do mercado de ações. A Cannabis só perdeu em rendimento para a criptomoeda, setor mais lucrativo da bolsa americana. Por isso, a maconha chegou a ser chamada de o novo bitcoin.

Para dar uma visão internacional do mercado ao conjunto de palestras, este ano a The Green Hub traz representantes do setor da América Latina. “Uruguai, Argentina e Paraguai cresceram muito no setor. O que mais surpreendeu, no entanto, foi o Paraguai, que vem se movimentando muito bem na indústria de cosméticos e de fibra de cânhamo”, diz Lucena.

Marco Algorta: presidente da Câmara de Empresas de Cannabis Medicinal do Uruguai. Foto: reprodução do YouTube

 

 

 

Entre os convidados que chegam à São Paulo para falar da América Latina, destaca-se Marco Algorta, fundador e primeiro presidente da Câmara de Empresas de Cannabis medicinal do Uruguai; Juan Manoel Galan, ex-senador da Colômbia; o argentino Gaston Morales, presidente da Cannava; Juan Pablo Scobar, ativista pela paz, e Marcelo Damp, da Câmara de Cânhamo Industrial do Paraguai.

 

O senador Juan Manoel Galán, em primeiro plano, autor da legislação colombiana da Cannabis: o pai foi morto pelo cartel de Medellín
(Foto: Daniel Jaramillo/Divulgação)

Ainda estarão presentes Rafael Arcuri, da Associação Nacional do Cânhamo, e Fábio Lampugnani, diretor Latan, da empresa canadense Verdemed, uma das apoiadoras do evento.

 

Fábio Lampugnani, diretor da Verdemed para America Latina, no escritório de São Paulo. (Foto: Claudio Rossi/divulgação)

 

As palestras acontecem no edifício modernoso do Cívi-co, (Polo de Impacto Cívico Socioambiental, fundado por Patricia Villela, uma das grandes patrocinadoras da The Green Hub desde o início do negócio. A empreendedora será uma das palestrantes, que falará sobre a indústria da Cannabis alinhada às ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas).

Patricia Villela Marino, fundadora da CIVI-CO, no último encontro presencial: é preciso de colocar no lugar do outro para entender a necessidade da Cannabis medicinal (Foto:Valéria França)

 

O evento também tem viés social, que será contemplado ainda com a presença de associações de pacientes, como a Cultive, médicos pesquisadores, caso de Sidarta Ribeiro, e clínicos como o neurocirurgião Pedro Pierro do CEC (Centro de Excelência Canabinoide).

O neurocirurgião Pedro Pierro: um dos mais experientes prescritores de Cannabis medicinal, sócio do CEC, primeira empresa acelerada pela The Green Hub: caso  bem sucedido (Foto: divulgação)

 

O evento tem muito mais. Vale à pena consultar a lista completa de participantes aqui. Adianto que não haverá transmissão on-line, infelizmente.

 

 

 

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InCor dá protagonismo ao Brasil ao fazer a primeira pesquisa mundial de CBD para pós-covid e insuficiência cardíaca https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/incor-da-protagonismo-ao-brasil-ao-fazer-a-primeira-pesquisa-mundial-de-cbd-para-pos-covid-e-insuficiencia-cardiaca/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/incor-da-protagonismo-ao-brasil-ao-fazer-a-primeira-pesquisa-mundial-de-cbd-para-pos-covid-e-insuficiencia-cardiaca/#respond Wed, 15 Sep 2021 10:04:54 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/15701443005d96802cf3e9b_1570144300_5x2_lg-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2357 O Brasil ganha protagonismo na área da ciência canábica graças ao InCor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Centro de referência nacional em saúde, ali serão realizadas duas pesquisas inéditas com CBD (Canabidiol, substância derivada da Cannabis).

A primeira analisa os efeitos no tratamento da síndrome pós-covid, doença cujos pacientes continuam com os sintomas da infecção, mesmo depois de curados. Eles sofrem com dores de cabeça, perda do olfato, da cognição, da locomoção e problemas respiratórios, entre tantos outros. A pós-covid pode durar de seis semanas a nove meses, de acordo com especialistas internacionais.

A segunda tem como foco os doentes com insuficiência cardíaca. São pessoas com coração fraco, que não bombeia o sangue necessário para o pleno funcionamento do organismo. A doença atinge 2% da população mundial.

“Leva a uma fragilidade tão grande, que os pacientes não possuem força suficiente para comer ou tomar banho. Eles precisam de ajuda para todas essas atividades corriqueiras”, diz o Edimar Bocchi, um dos autores da pesquisa, e diretor do Núcleo de Insuficiência Cardíaca e Dispositivos Mecânicos para Insuficiência Cardíaca.

Sabe-se que o Brasil não tem como hábito priorizar as pesquisas. O governo gasta o relativo a 1,16% do PIB em Ciência, menos do que a média mundial de 1,79%. Os dados são do Relatório de Ciência da Organização das Nações Unidas, intitulado “A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente; resumo executivo e cenário brasileiro”.

Entre 2014 e 2018, o investimento global na Ciência aumentou 19%. O dado seria animador se China e EUA não representassem 60% dessa porcentagem. Ou seja, a maioria dos países investem pouquíssimo, se comparado com essas duas potencias econômicas.

No meio a tudo isso, temos a pandemia do coranavírus. Doença infecciosa, a covid ceifou 4,5 milhões de vidas e levou o mundo a uma grande crise econômica. Obrigatoriamente, por uma questão de sobrevivência, o mundo voltou a atenção à importância da ciência. A pesquisa virou o único caminho para a vacina e a possibilidade de uma vida normal.

InCOr desenvolve duas pesquisas inéditas com CBD
Edimar Bocchi é um dos autores das pesquisas do InCor com CBD (Foto:Divulgação).

No entanto, o dinheiro para os estudos de Bocchi não veio do governo. As duas pesquisas do InCor serão financiadas pela VerdeMed, empresa canadense, com sócios brasileiros, de Cannabis medicinal. Essa companhia, assim como as demais do setor, precisam desenvolver estudos clínicos para que em cinco anos continuem com o registro do produto na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).

Em 2019, a agência aprovou a RDC (Resolução de Diretoria Colegiada) 327, que regula a Cannabis medicinal no Brasil. Pela primeira vez, o país permitiu o registro desses produtos, desde que fabricados por laboratórios, que cumpram uma série de exigências. Entre elas, que a partir da aprovação ficam obrigados a apresentar estudos clínicos no prazo de cinco anos.

A Verdemed está no corredor da aprovação. Tem dois produtos esperando pelo registro na Anvisa. E, antes mesmo de consegui-lo, abriu os cofres para fornecer o medicamento para a pesquisa. Há quem diga que o investimento total esteja em torno de R$ 25 milhões, mas a empresa, que foi procurada para a matéria, não fala sobre valores. Os organizadores procuram mais apoiadores.

Mas quem lucra de fato são os pacientes. Ao realizar as duas pesquisas, o InCor confere mais seriedade à Cannabis medicinal, que enfrenta grande preconceito. CBD é ciência. Caso não fosse, não estaria no rol de interesse de um dos mais renomados centros de referência do Brasil.

Vale lembrar que outros centros sérios já incluíram o CBD como terapia de doenças crônicas, caso do Hospital Oswaldo Cruz e do Hospital Sírio Libanês, que também estão envolvidos em estudos clínicos.

 

 

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Medicamentos de Cannabis ficam cada vez mais específicos https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/medicamentos-de-cannabis-ficam-cada-vez-mais-especificos/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/medicamentos-de-cannabis-ficam-cada-vez-mais-especificos/#respond Wed, 28 Jul 2021 21:21:03 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/IMG_verdemed-extrato-de-cannabis-1-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2256 Ficaram famosas as gotinhas de CBD (canabidiol), derivado da Cannabis medicinal, que melhora dores nas costas, na cabeça e das contusões, entre outros sintomas antes só tratáveis com analgésicos ou antiinflamatórios. Também ganharam notoriedade o poder que elas possuem para evitar os espasmos causadas por doenças neurológicas como a epilepsia. Mas a substância que parecia atender a todos os casos – e até por isso despertava desconfiança de muitas pessoas –está cada vez mais específica. É isso mesmo, um tipo de medicamento de CBD para cada problema.

Os laboratórios estão desenvolvendo remédios à base de CBD direcionados para doenças específicas. Apesar de a substância ser a mesma, mudam as concentrações e as dosagens, características que determinam o tipo de ação no organismo. Além disso, muitas vezes, ele é misturado a outros canabinoides (derivados da Cannabis).

Nesta quarta-feira, 28, a FarmaUSA e a Quantum Farma lançaram dois medicamentos específicos para dor crônica, como a provocada pelo câncer. São óleos com CBD e mais dois outros canabinoides, THC (tetrahidrocanabinoide) e CBG (canabigerol).

Medrosan Extra, da FarmaUSA (Foto: Divulgação)

 

Produzidos na Suíça a partir de sementes geneticamente padronizadas, o Medrosan Forte tem 75mg/ml de CBD e 9mg/ml de THC, e o Medrosan Extra, 12,5 mg/ml de CBD, 50mg/ml de CBG. É um produto de cannabis medicinal que, apesar de isento de THC, é um Full Spectrum. A combinação desses canabinoides aumenta a potência do CBD de aplacar a dor, sendo que o THC é uma substância com efeito psicoativo e o CBG, não.

“O Medrosan Extra é indicado para crianças, que não podem tomar THC”, explica Helder Dario Colmenero, diretor técnico da FarmaUsa. “Nossos medicamentos são acompanhados de uma seringa dosadora de precisão. Ela possibilita um controle maior da dose do que o conta-gotas, acessório comum da maioria dos óleos de Cannabis, que estão no mercado. A ideia da empresa é dar mais tranquilidade ao médico na hora da prescrição.

 

Bacellar: “novas pesquisas são necessárias para o crescimento do mercado e para a saúde dos pacientes (Foto: divulgação).

 

A Verdemed, empresa canadense, que exporta para o Brasil, também apresenta no catálogo produtos específicos. Caso do óleo com 50mg/ml de CBD, indicado como ansiolítico e facilitador do sono e do extrato com 100mg/ml para epilepsia refratária.

Em fase de aprovação no Peru, a Verdemed ainda tem o Sativyl, elaborado para o tratamento de dor crônica, como a provocada pela fibromialgia, doença reumatológica, classicamente tratada com antidepressivos e remédios para a dor, caso dos opióides.  O Sativyl é uma espécie de similar do Mevatyl, da farmacêutica inglesa GW Pharma, medicamento pioneiro desenvolvido para dor crônica, que está no mercado desde 2018.

 

 

Na Inglaterra, o Nacional Institute for Healthcare and Excellence (NICE) reiterou a necessidade de combater o uso de opióides, medicamento que leva a dependência química ao longo do tempo. A medida vem estimulando pesquisas científicas para o desenvolvimento a novos medicamentos, que possam substituí-lo. “Os estudos científicos são essenciais para o crescimento do mercado e a melhora da saúde da população”, diz José Bacellar, CEO da Verdemed.

 

A americana Carmen’s Medicinal, que entrou no mercado há um ano, apostou em produtos dirigidos ao público infantil. Ela desenvolveu o óleo de Cannabis CBD Kids, com 3.000mg/ml, flavorizado com morango, livre de THC. Originalmente, o óleo com CBD tem gosto amargo e o novo sabor, segundo o fabricante, facilita o consumo. Desenvolvida nas cores azul, rosa e amarela e com a ilustração de um moranguinho andante, a embalagem também foi desenvolvida para as crianças.

Amanhã vou falar sobre as pesquisas clínicas que vão começar no Brasil. Aguarde.

 

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Brasileiro sai ganhando ao escolher o CBD importado, que chega a custar até 25% do produto nacional https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/02/01/brasileiro-sai-ganhando-ao-escolher-o-cbd-importado-que-chega-a-custar-25-do-produto-nacional/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/02/01/brasileiro-sai-ganhando-ao-escolher-o-cbd-importado-que-chega-a-custar-25-do-produto-nacional/#respond Mon, 01 Feb 2021 20:20:54 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/2-1-e1612213084992-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1968 A Cannabis medicinal importada está mais em conta que a nacional. A queda dos preços da biomassa do CBD registrada nos EUA, no ano passado, impactou o preço do produto final. Há importado que chega a custar um quarto do preço do equivalente nacional –mesmo com o câmbio alto para os brasileiros.

Segundo a Hemp Benchmarks, a baixa do insumo do CBD foi de 79%, comparando o preço do quilo da biomassa do canabinoide de abril de 2019 ao mesmo mês de 2020. Isso deu fôlego às empresas de realizaram inúmeras promoções – do tipo compre dois e leve três ou progressivas.  O importante, porém, é o preço de tabela também ter caído.

“Estamos com o CBD mais barato do mercado”, exagera Fábio Lampugnani, diretor da VerdeMed para a América Latina. O executivo da empresa canadense se refere ao CBD Full Spectrum, com concentração de 50mg/ml, em frasco de 30 ml (com um total de 1.500 mg CBD). “Estamos vendendo este produto por R$ 449”.
A maior parte da Cannabis medicinal comercializado no país é artesanal. Apenas duas empresas fabricam seus produtos como se fossem fármacos –  quer dizer com os mesmos cuidados que a de uma farmacêutica, como é o caso da empresa canadense citada acima, que tem no rótulo, prazo de validade, concentração dos canabinoides, entre outras características exigidas pelo setor. Uma delas é a Abrace Esperança, com a linha laranja. Ela é a única associação de pacientes com permissão judicial para produzir e vender.

Neste segmento, a Abrace oferece CBD full spectrum com concentração de 15mg/ml – a metade da concentração do produto da VerdeMed– em frasco de 100 ml, com 1.500 mg CBD. Custa R$ 640 e é elaborado com matéria-prima nacional.

Outra marca nacional é a da farmacêutica paranaense Prati-Donaduzzi, que usa insumo importado. Ela tem apenas o CBD isolado, autorizado pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), ao preço médio de R$ 1.200.

Voltando aos importados, a americana Carmen’s vem se destacando pelo preço. O CBD Full Spectrum (50 mg/ml, em frasco de 30 ml com 1.500 mg CBD) da marca sai por R$ 331,90. A explicação do preço tão diferenciado no mercado tem a ver com a estratégia escolhida pela empresa, quando entrou no mercado nacional, há um ano.

“Nosso preço não é baseado no dólar flutuante, pré-fixamos em reais “Temos um espectro de consumidores que vai da classe A à D”, diz ”, diz Marcelo José da Silva, 49 anos, gerente comercial da Carmen’s.

“A queda de preços da Cannabis medicinal aconteceu nos EUA devido ao crescimento do mercado. Com mais empresas, tornou-se mais competitivo”, diz Rodolfo Rosato, CVO da Terra Cannabis, um portal de produtos de Cannabis medicinal, que trabalha com marcas bem avaliadas pelo mercado americano.

Entre elas, a Terra Cannabis oferece os produtos da Lazarus Naturals, empresa de Cannabis de Seattle, badalada no mercado americano. No ano passado, um vidro de CBD Full Spectrum, com 200 capsulas de 50 mg, baixou de USD$ 360 para USD$ 200. Preço que se mantém, equivalente a R$ 1.092,40. “Mas temos outras marcas com preços mais em conta, caso do CBD Full Spectrum, da Canna River, de 2500 mg, por R$ 355,03”, diz Rosato.

O mercado nacional de Cannabis também registrou o surgimento de novas startups, que até por isso vem usando técnicas agressivas de vendas.  Sorte do consumidor, que começa a ter mais opções de compra.

 

 

 

 

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Parcerias fazem o setor da Cannabis crescer mesmo na crise em 2020 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/01/19/parcerias-fazem-o-setor-da-cannabis-crescer-mesmo-na-crise-em-2020/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/01/19/parcerias-fazem-o-setor-da-cannabis-crescer-mesmo-na-crise-em-2020/#respond Wed, 20 Jan 2021 01:10:52 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/WhatsApp-Image-2020-12-29-at-16.40.50-e1611094262962-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1927 Para driblar a crise desencadeada pela pandemia do coronavírus, o setor de Cannabis medicinal encontrou nas parcerias uma saída para dar fôlego e até expandir os negócios em 2020 no Brasil. Uma alternativa à fuga dos investidores, que preferiram as áreas mais conservadoras– como a de imóveis e de tecnologia– às inovadoras, porém, mais arriscadas, caso da Cannabis.

Os empresários do setor conseguiram reunir colaboradores dispostos, por exemplo, a trocar insumos por marketing, exclusividade por logística, expertise por gestão, entre outros. Trata-se de um jogo de ganha-ganha entre parceiros cuidadosamente escolhidos, que deu novos ares aos negócios. O ano de 2020 foi, sim, difícil, mas nem por isso o setor deixou de crescer.

Em outubro, o CEC (Centro de Excelência Canabinóide), clínica especializada em Cannabis medicinal, localizada na capital paulista, expandiu. Abriu duas unidades no Espírito Santo. Levaram a expertise médica para uma clínica, que já possuía recursos necessários para carregar o nome do CEC.

“O CEC ficou incumbido de treinar os médicos que passaram a atuar em uma estrutura mais enxuta, quando comparada a clínica de São Paulo, montada pelos parceiros”, diz Marcelo Sarro, CEO do CEC. “Estudamos o negócio com muita cautela para que a unidade refletisse o espírito e a qualidade do negócio original.” O parceiro em questão é o capixaba Marcílio Riegert, que também ficou responsável pela gestão.

Foi também através de parcerias que o CEC abriu o atendimento às famílias, cujos pais não têm estofo financeiro para bancar o tratamento. O valor de uma consulta ali é cerca de R$ 1.000. A clínica escolheu 12 crianças com doenças crônicas, como epilepsia, autismo e hiperatividade para tratar gratuitamente.  Para o prosseguimento da ação beneficente era necessário conseguir os doadores de medicamentos de Cannabis. “Foi uma surpresa, conseguimos seis marcas. No início achamos que não conseguiríamos nenhuma”, explica Sarro.

O médico neurocirurgião Pedro Pierro, do CEC, atende uma criança selecionada para receber o tratamento gratuito. (Foto: Valéria França)

 

Outra parceria inteligente foi a da canadense VerdeMed, fabricante de medicamentos à base de Cannabis, com o empresário carioca Felipe Belo, 34. A princípio, ele queria pesquisar e produzir um novo medicamento de Cannabis. De início, ele se aproximou da Lotusfarma, laboratório que está no mercado há uma década, produzindo medicamentos homeopáticos, vitaminas, entre outros relacionados à medicina integral.

“Mas eu não conhecia o setor da Cannabis. Partir do zero seria um trabalho longo, principalmente em uma época economicamente difícil”, explicou Belo. Ele já havia aberto a LotusMed Brasil, o braço canábico da Lotusfarma. Foi então que surgiu a oportunidade de negociar com a VerdeMed.

“A Lotusfarma possui 300 médicos e 15 mil pacientes, enquanto a VerdeMed, 7 produtos de grau farmacêutico no Canadá e nos EUA”, conta Belo, que revela ter hoje a exclusividade da venda dos medicamentos no Rio de Janeiro. “Com isso, ganhei a oportunidade de conhecer melhor o setor antes de partir para a fabricação de um medicamento próprio. Por outro lado, a VerdeMed ganha uma estrutura pronta de distribuição e a exclusividade da nossa rede de médicos.”

Para este ano, Belo prevê a venda de 1,5 mil unidades de medicamento e de 4 mil para 2022. “Foi um excelente negócio para expandir nossa marca no Rio de Janeiro”, diz Fabio Lampugnani, diretor da empresa na América Latina.

CBD em cápsula da VerdeMed: um dos medicamentos que chega ao Rio pela LotusMed.(Foto: divulagação)

“As parcerias são ainda mais interessantes para as empresas estrangeiras, que querem se estabelecer no Brasil. Ao encontrar um parceiro local, a empresa tem mais segurança, pois o mercado nacional é complicado até para os brasileiros”, diz Alex Lucena, head de inovação da Green Hub, aceleradora de negócios. “Os investidores estrangeiros estão de olho no Brasil, mesmo com o mercado de Cannabis incipiente que temos.” Ele ainda dá a boa notícia: “fomos procurados por alguns deles.” Ou seja, muito provavelmente, novos negócios estão para aterrissar por aqui.

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Três empresas esperam análise da Anvisa para comercializarem novos medicamentos de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/22/tres-empresas-esperam-analise-da-anvisa-para-comercializarem-novos-medicamentos-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/22/tres-empresas-esperam-analise-da-anvisa-para-comercializarem-novos-medicamentos-de-cannabis/#respond Sun, 22 Nov 2020 10:48:27 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/IMG_verdemed-extrato-de-cannabis-1-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1687 Mesmo com as dificuldades de um ano comprometido pela pandemia do Covid-19, quatro empresas de produtos de Cannabis entraram com pedido de registro sanitário na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), neste segundo semestre. Uma boa notícia, principalmente para médicos e pacientes, que procuram bons produtos e acesso rápido ao medicamento.

Nas farmácias, estão à venda apenas dois medicamentos –classificados pela Agência de produtos de Cannabis. Custam mais de R$ 2.000 cada um. E as importações muitas vezes demoram mais de 1 mês. Vale lembrar, que dependendo da gravidade do caso, nem todo paciente pode esperar tanto tempo por um tratamento.

O aval da Anvisa é obrigatório para que os medicamentos à base da planta sejam comercializados no Brasil. Das quatro empresas protocoladas, três estão com os pedidos de registros sanitários em análise. São elas, Nunature Distribuição do Brasil Ltda, antes chamada de Superação Distribuidora  do Brasil Ltda, de produtos odontológicos, Belcher e VerdeMed. A quarta teve o pedido negado, segundo documentos levantado pela reportagem.

O blog não conseguiu contato com a Nunature e com a Belcher até o fechamento desta matéria. Os telefones não respondem em nenhum horário. A Anvisa não passa informações sobre as empresas ou sobre os respectivos produtos. Alega serem  informações sigilosas. Confirmou apenas a entrada de dois pedidos de medicamentos da canadense VerdeMed, em 19 de agosto.

Trata-se de um CBD puro (indicado para ansiedade, depressão e anticonvulsivo) e o outro misturado ao THC  (para esclerose múltipla). “Esperamos ser a primeira empresa a trazer esses produtos farmacêuticos com preços 30% inferiores aos praticados no mercado nacional”, diz José Bacellar, fundador e CEO da VerdeMed.

Todos os medicamentos de Cannabis possuem tarja preta, portanto são controlados: é necessário a prescrição médica para compra na farmácia. (Foto:Divulgação)

 

Nas farmácias do país já existem dois produtos similares aos que a VerdeMed pretende comercializar. Um é o Sativex registrado pela Anvisa em 2017 com o nome de Mavatyl, na concentração de 27 mg/ml de THC e 25 mg/ml de CBD. Em média, o frasco de 10 ml sai por R$ 2.500 em médica. Com as mesmas concentrações e quantidade, o preço estimado do produto da VerdeMed é de R$ 1.750.

O outro medicamento é o Canabidiol (CBD) de 200 mg/ml, de 30 ml, à venda por R$ 2.140, da Prati-Donaduzzi. O da VerdeMed deve custar R$ 1.498, na mesma quantidade e composição.

“Sei que ainda é muito caro para o paciente, mas espero poder diminuir ainda mais o preço, principalmente se for aprovado o Projeto de Lei 309-2015, que pede o cultivo da Cannabis medicinal no Brasil. “Pacientes, associações e empresas devem se envolver nesta luta  para que o tratamento seja mais acessível a todos”, diz Bacellar.Desde que abriu as portas em 2018,  a VerdeMed anunciou que seria uma empresa de genéricos da Cannabis.

Os mesmo produtos da empresa canadense que estão em análise serão lançados no Peru, mas com os nomes comerciais Sativyl e CBD 100. Em 2021, a Verdemed diz que vai submeter à Anvisa mais três produtos derivados de Cannabis  e, à agência reguladora da Colômbia, três dermocosméticos à base de canabinoides .

 

 

 

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Em evento virtual de Cannabis, grandes nomes do setor dão o panorama do mercado de capital para 2021 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/em-evento-virtual-de-cannabis-grandes-nomes-do-setor-dao-o-panorama-do-mercado-de-capital-para-2021/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/em-evento-virtual-de-cannabis-grandes-nomes-do-setor-dao-o-panorama-do-mercado-de-capital-para-2021/#respond Tue, 13 Oct 2020 03:33:28 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/bruce_linton-divulgacao-e1602557939120-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1560 A oportunidade é boa. Nesta quinta-feira (15), acontece o terceiro encontro virtual do mercado de capital organizado pelo Benzinga, hub americano de informação voltado aos negócios e investimentos. É o último evento do ano da empresa –e promete dar o mais atualizado panorama para quem procura oportunidades ou apenas quer direcionar melhor o dinheiro.

“Estamos ansiosos para o final da edição do Benzinga Cannabis Capital Conference 2020. Este evento sempre reúne os executivos e os investidores mais tops do setor”, diz Jason Reznik, CEO e fundador da empresa. A partir das 10 a.m. (ET) – 11h de Brasília –, ele abre o evento, que acontece ao vivo e permite participação on-line dos inscritos.

Jason Reznik: fundador do Benzinga, abre o evento às 11h (10 a.m. ET). (Foto: divulgação)

Apresentam-se 83 palestrantes, que se destacam pelo tamanho dos negócios ou pela contribuição ao desenvolvimento do setor de Cannabis. A agenda é grande e longa. Muitos painéis acontecem ao mesmo tempo. Por isso, é importante planejar com antecedência os nomes e assuntos que mais despertam o seu interesse.

Alguns são quase obrigatórios. É o caso do bate-papo entre o rapper Berner (Gilbert Milan Jr.), o fundador do Cookies Cannabis Brand, um dos grandes dispensários da Califórnia, e Bruce Linton, criador da Canopy Growth, sobre o desenvolvimento de marcas no setor (14h).

Outro nome de peso é de Steve DeAngelo (11h30), dono da Arcview Group, empresas de investimentos, e da Harboside Health Center, centro de saúde com dispensário, que tem ações listadas na bolsa do Canadá. Grande ativista do setor, ele estará no evento para falar do terceiro setor.

DeAngelo é o fundador do LLP (Last Prisioner Project), que luta para que condenados por crimes relacionados à maconha sejam absolvidos, além de ajudar na recuperação e integração de quem alcança a liberdade. Ele divide o painel com Tahira Rehmatullah, presidente da T3 Ventures, empresa de consultoria de estratégia para startups de Cannabis.

Steve DeAngelo em frente ao Harborside Public, no Canadá: o tema da palestra é o terceiro setor (Foto: divulgação)

Empresários e investidores americanos, canadenses e colombianos formam a maior parte dos palestrantes. “O único brasileiro é José Bacellar, CEO da canadense VerdeMed”, diz jornalista Javier Hasse, diretor geral do Benzinga e um dos moderadores do evento. Ex-presidente da Bombril, Bacellar vai falar sobre os negócios na América Latina e as boas perspectivas de futuro na região (15h30). Antes de criar a VerdeMed, Bacellar atuou como COO Interino da Canopy Growth, empresa com ações na bolsa de Nova York.

A VerdeMed tem entre os investidores o empresário brasileiro Hélio Seibel –sócio da Leo Madeiras, Leroy Merlin e Duratex, entre outros negócios. A empresa canadense, com foco na América Latina, deve abrir o capital no segundo semestre de 2021. Atualmente está na segunda rodada de investimentos. “O objetivo é captar entre US$ 3 milhões e 6 US$ milhões”, diz Bacellar. A primeira rodada de investimentos foi de US$ 6,7 milhões, em março de 2019.

Único brasileiro, Bacellar: CEO da canadense VerdeMed fala sobre América Latina.(Foto:divulgação)

Há muitos nomes estrelados. Posso adiantar alguns, como Kim Rivers (CEO da Trulieve), David Culver (vice presidente de governança e investimento da Canopy Growth), Jessica Billingsley (CEO da Akerna), Nick Kovacevich (CEO da KushCo Holdings).  Fique de olho e se programe.

 

 

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