Cannabis Inc. https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br Notícias de saúde e negócios Thu, 25 Nov 2021 16:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pacientes ganham a terceira marca de CBD aprovada pela Anvisa https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/pacientes-ganham-a-terceira-marca-de-cbd-aprovada-pela-anvisa/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/pacientes-ganham-a-terceira-marca-de-cbd-aprovada-pela-anvisa/#respond Tue, 02 Nov 2021 23:01:39 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Screen-Shot-2021-09-03-at-11.26.52-e1635892220452-300x215.png https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=2474 A farmacêutica Verdemed foi a terceira empresa a conseguir a autorização sanitária da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira, 29.

A partir disso, ela poderá colocar o CBD (Canabidiol, substância terapêutica sem psicoativos) nas farmácias do país. Até então o único caminho da Verdemed para vender os medicamentos era a importação.

“A Verdemed completou um ciclo de três anos de investimentos com a obtenção da autorização sanitária para o CBD 50 mg/ml, que deve chegar às farmácias no segundo trimestre do ano que vem. Para não haver prejuízo aos médicos e pacientes, manteremos até lá o atendimento pela RDC 335/2020”, diz José Bacellar, fundador e CEO da empresa.

A primeira empresa a conseguir a autorização da Anvisa foi a Prati-Donnaduzi, em abril de 2020. Um ano depois, em maio, foi a vez da Nunature. Três meses depois, a Promediol, empresa suíça com braço no Brasil, estava com o processo encerrado na Anvisa.

Ela esperava apenas a publicação no Diário Oficial da União. A equipe brasileira já comemorava, quando souberam que o processo tomou caminho inesperado e voltou para a revisão. A perspectiva é que a autorização ainda saia esse ano.

Em dois anos, apenas a paranaense Prati colocou produtos nas farmácias. O primeiro foi o CBD 200 mg/ml da Prati sai R$ 2,3 mil. O importado saía, na ocasião, pela metade do preço. Neste ano, em fevereiro, a farmacêutica conseguiu a aprovação de mais duas apresentações de CBD, o de 20 mg/ml (R$280)  e o de 50 mg/ml (R$ 687,50).

 

 

CBD 50 mg/ml da Verdemed: embalagem para importação (Foto: divulgação)

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Três empresas esperam análise da Anvisa para comercializarem novos medicamentos de Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/22/tres-empresas-esperam-analise-da-anvisa-para-comercializarem-novos-medicamentos-de-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/11/22/tres-empresas-esperam-analise-da-anvisa-para-comercializarem-novos-medicamentos-de-cannabis/#respond Sun, 22 Nov 2020 10:48:27 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/IMG_verdemed-extrato-de-cannabis-1-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1687 Mesmo com as dificuldades de um ano comprometido pela pandemia do Covid-19, quatro empresas de produtos de Cannabis entraram com pedido de registro sanitário na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), neste segundo semestre. Uma boa notícia, principalmente para médicos e pacientes, que procuram bons produtos e acesso rápido ao medicamento.

Nas farmácias, estão à venda apenas dois medicamentos –classificados pela Agência de produtos de Cannabis. Custam mais de R$ 2.000 cada um. E as importações muitas vezes demoram mais de 1 mês. Vale lembrar, que dependendo da gravidade do caso, nem todo paciente pode esperar tanto tempo por um tratamento.

O aval da Anvisa é obrigatório para que os medicamentos à base da planta sejam comercializados no Brasil. Das quatro empresas protocoladas, três estão com os pedidos de registros sanitários em análise. São elas, Nunature Distribuição do Brasil Ltda, antes chamada de Superação Distribuidora  do Brasil Ltda, de produtos odontológicos, Belcher e VerdeMed. A quarta teve o pedido negado, segundo documentos levantado pela reportagem.

O blog não conseguiu contato com a Nunature e com a Belcher até o fechamento desta matéria. Os telefones não respondem em nenhum horário. A Anvisa não passa informações sobre as empresas ou sobre os respectivos produtos. Alega serem  informações sigilosas. Confirmou apenas a entrada de dois pedidos de medicamentos da canadense VerdeMed, em 19 de agosto.

Trata-se de um CBD puro (indicado para ansiedade, depressão e anticonvulsivo) e o outro misturado ao THC  (para esclerose múltipla). “Esperamos ser a primeira empresa a trazer esses produtos farmacêuticos com preços 30% inferiores aos praticados no mercado nacional”, diz José Bacellar, fundador e CEO da VerdeMed.

Todos os medicamentos de Cannabis possuem tarja preta, portanto são controlados: é necessário a prescrição médica para compra na farmácia. (Foto:Divulgação)

 

Nas farmácias do país já existem dois produtos similares aos que a VerdeMed pretende comercializar. Um é o Sativex registrado pela Anvisa em 2017 com o nome de Mavatyl, na concentração de 27 mg/ml de THC e 25 mg/ml de CBD. Em média, o frasco de 10 ml sai por R$ 2.500 em médica. Com as mesmas concentrações e quantidade, o preço estimado do produto da VerdeMed é de R$ 1.750.

O outro medicamento é o Canabidiol (CBD) de 200 mg/ml, de 30 ml, à venda por R$ 2.140, da Prati-Donaduzzi. O da VerdeMed deve custar R$ 1.498, na mesma quantidade e composição.

“Sei que ainda é muito caro para o paciente, mas espero poder diminuir ainda mais o preço, principalmente se for aprovado o Projeto de Lei 309-2015, que pede o cultivo da Cannabis medicinal no Brasil. “Pacientes, associações e empresas devem se envolver nesta luta  para que o tratamento seja mais acessível a todos”, diz Bacellar.Desde que abriu as portas em 2018,  a VerdeMed anunciou que seria uma empresa de genéricos da Cannabis.

Os mesmo produtos da empresa canadense que estão em análise serão lançados no Peru, mas com os nomes comerciais Sativyl e CBD 100. Em 2021, a Verdemed diz que vai submeter à Anvisa mais três produtos derivados de Cannabis  e, à agência reguladora da Colômbia, três dermocosméticos à base de canabinoides .

 

 

 

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Em evento virtual de Cannabis, grandes nomes do setor dão o panorama do mercado de capital para 2021 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/em-evento-virtual-de-cannabis-grandes-nomes-do-setor-dao-o-panorama-do-mercado-de-capital-para-2021/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/em-evento-virtual-de-cannabis-grandes-nomes-do-setor-dao-o-panorama-do-mercado-de-capital-para-2021/#respond Tue, 13 Oct 2020 03:33:28 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/bruce_linton-divulgacao-e1602557939120-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1560 A oportunidade é boa. Nesta quinta-feira (15), acontece o terceiro encontro virtual do mercado de capital organizado pelo Benzinga, hub americano de informação voltado aos negócios e investimentos. É o último evento do ano da empresa –e promete dar o mais atualizado panorama para quem procura oportunidades ou apenas quer direcionar melhor o dinheiro.

“Estamos ansiosos para o final da edição do Benzinga Cannabis Capital Conference 2020. Este evento sempre reúne os executivos e os investidores mais tops do setor”, diz Jason Reznik, CEO e fundador da empresa. A partir das 10 a.m. (ET) – 11h de Brasília –, ele abre o evento, que acontece ao vivo e permite participação on-line dos inscritos.

Jason Reznik: fundador do Benzinga, abre o evento às 11h (10 a.m. ET). (Foto: divulgação)

Apresentam-se 83 palestrantes, que se destacam pelo tamanho dos negócios ou pela contribuição ao desenvolvimento do setor de Cannabis. A agenda é grande e longa. Muitos painéis acontecem ao mesmo tempo. Por isso, é importante planejar com antecedência os nomes e assuntos que mais despertam o seu interesse.

Alguns são quase obrigatórios. É o caso do bate-papo entre o rapper Berner (Gilbert Milan Jr.), o fundador do Cookies Cannabis Brand, um dos grandes dispensários da Califórnia, e Bruce Linton, criador da Canopy Growth, sobre o desenvolvimento de marcas no setor (14h).

Outro nome de peso é de Steve DeAngelo (11h30), dono da Arcview Group, empresas de investimentos, e da Harboside Health Center, centro de saúde com dispensário, que tem ações listadas na bolsa do Canadá. Grande ativista do setor, ele estará no evento para falar do terceiro setor.

DeAngelo é o fundador do LLP (Last Prisioner Project), que luta para que condenados por crimes relacionados à maconha sejam absolvidos, além de ajudar na recuperação e integração de quem alcança a liberdade. Ele divide o painel com Tahira Rehmatullah, presidente da T3 Ventures, empresa de consultoria de estratégia para startups de Cannabis.

Steve DeAngelo em frente ao Harborside Public, no Canadá: o tema da palestra é o terceiro setor (Foto: divulgação)

Empresários e investidores americanos, canadenses e colombianos formam a maior parte dos palestrantes. “O único brasileiro é José Bacellar, CEO da canadense VerdeMed”, diz jornalista Javier Hasse, diretor geral do Benzinga e um dos moderadores do evento. Ex-presidente da Bombril, Bacellar vai falar sobre os negócios na América Latina e as boas perspectivas de futuro na região (15h30). Antes de criar a VerdeMed, Bacellar atuou como COO Interino da Canopy Growth, empresa com ações na bolsa de Nova York.

A VerdeMed tem entre os investidores o empresário brasileiro Hélio Seibel –sócio da Leo Madeiras, Leroy Merlin e Duratex, entre outros negócios. A empresa canadense, com foco na América Latina, deve abrir o capital no segundo semestre de 2021. Atualmente está na segunda rodada de investimentos. “O objetivo é captar entre US$ 3 milhões e 6 US$ milhões”, diz Bacellar. A primeira rodada de investimentos foi de US$ 6,7 milhões, em março de 2019.

Único brasileiro, Bacellar: CEO da canadense VerdeMed fala sobre América Latina.(Foto:divulgação)

Há muitos nomes estrelados. Posso adiantar alguns, como Kim Rivers (CEO da Trulieve), David Culver (vice presidente de governança e investimento da Canopy Growth), Jessica Billingsley (CEO da Akerna), Nick Kovacevich (CEO da KushCo Holdings).  Fique de olho e se programe.

 

 

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Para empresária, acesso a informação é chave para entender a importância da Cannabis medicinal https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/04/para-empresaria-acesso-a-informacao-e-chave-para-entender-a-importancia-da-cannabis-medicinal/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/09/04/para-empresaria-acesso-a-informacao-e-chave-para-entender-a-importancia-da-cannabis-medicinal/#respond Fri, 04 Sep 2020 10:00:21 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Viviane-Sedola-hatsApp-Image-2020-09-03-at-10.28.49-1-e1599221533892-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1325 Desde que o PL 399-2015 ficou pronto, não se fala de outra coisa no setor. O texto substituto entregue na Câmara dos Deputados, em Brasília, em agosto (18), propõe o cultivo da Cannabis medicinal e do cânhamo. Na terça-feira (1), houve uma audiência pública sobre o tema. Nos bastidores, a preocupação é divulgar informações de qualidade para que a sociedade entenda a importância deste projeto.

“Sabemos que uma campanha publicitária negativa de mais de 80 anos conseguiu fazer muitas pessoas enxergarem a Cannabis como algo negativo. Hoje temos acesso à informação científica e de qualidade que prova que a Cannabis medicinal é segura e já mudou para melhor milhares de vidas”, diz Viviane Sedola, relações públicas e fundadora da plataforma Dr. Cannabis.

Ela começou nos negócios da Cannabis medicinal com um site de informações em 2018. O segundo passo foi conectar pacientes a médicos prescritores e desenvolver um sistema para ajudar na importação dos remédios junto à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).

Logo depois, surgiram muitas plataformas parecidas que de formas diferentes também passaram a divulgar a ciência da Cannabis– como surgiu, a ação, as substâncias mais pesquisadas e porque ajuda tanto nos tratamentos de doenças raras.

“Desafio quem se diz contra a ler o projeto de lei e assistir às manifestações das audiências públicas na íntegra. A informação é o melhor remédio”, diz ela. Na última terça-feira, por exemplo, a audiência começou com o depoimento de mães que assumiram a liderança de um movimento pelo acesso ao medicamento. A maioria delas com filhos que sofriam de epilepsia severa. As crianças não melhoravam com nenhum medicamento clássico, apenas com o CBD (canabidiol, uma das substâncias da Cannabis).

 

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Webinar da Folha reúne investidores e empresas de fundos da Cannabis https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/05/11/webinar-da-folha-reune-investidores-e-empresas-de-fundos-da-cannabis/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/05/11/webinar-da-folha-reune-investidores-e-empresas-de-fundos-da-cannabis/#respond Tue, 12 May 2020 02:51:17 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/ruderalis-cannabis-leaf-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=1004 Novos Negócios e Investimentos voltados à Cannabis medicinal são os temas do webinar da Folha na próxima quarta-feira (13). O evento faz parte da série Ao Vivo em Casa, que os jornalistas da Folha realizam sempre às 17 horas, com entrevistas das mais diversas áreas. Às quartas-feiras, a agenda é da Saúde.

Seis convidados participam do evento, que será dividido em duas partes. A primeira vai das 17h às 17h45, com uma painel de Negócios. Ele mostra a gama diversificada de atividades, que vai além da fabricação dos remédios. Aceleradoras, empresas de informação, educação, moda e rastreabilidade de produtos são algumas delas.

Há investidores que apostam em vários negócios ao mesmo tempo. É caso doe um dos participantes, o neurocirurgião Pedro Pierro, antigo prescritor de Cannabis medicinal. Ele tem clínicas voltadas ao tratamento à base da planta, participa de uma plataforma de educação com aulas presenciais para médicos e ainda participa como consultor de um site segmentado de notícias. Pierro, neuro-cirurgião e especialista em negócios de Cannabis

Pedro Pierro, neurocirurgião, disputado no mercado pelo conhecimento acumulado em Cannabis (Foto:divulgação)

Parece sempre disposto a achar um tempinho para alguma ideia nova que apareça. Na verdade, Pierro vem sendo disputado pelo conhecimento prático acumulado neste tipo de terapia, que ainda é pouco comum entre os 455.892 médicos do Brasil.

A primeira parte da webinar ainda conta com o empreendedor paulista Daniel Jordão e Marcel Grecco. vem de uma família do setor imobiliário –uma das mais tradicionais e seguras formas de investimentos– e de organizações de feiras e revistas dirigidas.

Daniel Jordão: do ramo imobiliário às startups da Cannabis (Foto: divulgação)

 

Em 2019, abriu o primeiro portal nacional focado em saúde e negócios da Cannabis com amigos. Mais recentemente voltou a investir na área de eventos, mas voltados ao setor de Saúde e Cannabis. Mesmo com a pandemia não recuou, porque sabe que as crises são passageiras.

Já Marcelo Grecco é um dos fundadores da The Green Hub– plataforma de tecnologia e informação voltada para a área de Cannabis. A aceleradora realizou a primeira chamada de startups neste ano. Analisou e selecionou 15 candidatos para apresentar a investidores em um evento chamado de Demo Day no início de março. Apesar de serem direcionadas ao setor, tinham startups da área de tecnologia a de confecção. Todas receberam aporte.

A segunda parte do Ao Vivo em Casa acontece logo em seguida, às 17h50, e o foco é Investimentos.

George: o sócio que está a frente das operações (Foto: divulgação)

Entre os três nomes que participam, George Wachsmann, CIO da Vítreo, plataforma digital de investimentos, a primeira empresa a ofertar um mix de ações de empresas de Cannabis para investidores qualificados, em outubro de 2019. Um mês depois, a Vitreo lançou o Canabidiol Light, um produto para qualquer um disposto a gastar acima de R$ 5 mil.

No mesmo painel, Patrick Lane, CEO do Benzinga, um hub americano com empresa de fundo de investimento, de eventos de negócios e com uma revista digital especializada. Vice-presidente do setor de parcerias, Patrick é responsável pelo desenvolvimento de parcerias e de captação de público.

Bacellar: como levantar dinheiro e seguir em frente mesmo com a pandemia (Foto: divulgação)

Além deles, José Bacellar, CEO da empresa canadense de Cannabis medicinal Verdemed.  Ele mostra outro lado da moeda. Como as startups podem buscar novos investimentos, mesmo em tempo de Covid-19. O executivo fala sobre os entraves e as vantagens de entrar para o setor neste início de mercado.

No fim do ano passado, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) deu o sinal verde para o mercado, que esperava por uma segurança jurídica. Aprovou o registro de produtos fabricados no Brasil e permitiu à venda nas farmácias.

A Cannabis medicinal oferece uma gama de combinações entre as substâncias dela que auxiliam no tratamento de diversas doenças. Algumas graves, caso da epilepsia refratária, do Alzheimer, do câncer e da fibromialgia, entre tantas outras. Os resultados positivos fizeram com que em 2015, os pacientes conseguissem a liberação da importação do medicamento pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). No início de 2020, a Anvisa tinha  1.900 pacientes cadastrados.

 

 

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Folha organiza o primeiro webinar da série Ao Vivo em Casa sobre Cannabis medicinal https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/04/29/folha-organiza-o-primeiro-webinar-da-serie-ao-vivo-em-casa-sobre-cannabis-medicinal/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/04/29/folha-organiza-o-primeiro-webinar-da-serie-ao-vivo-em-casa-sobre-cannabis-medicinal/#respond Wed, 29 Apr 2020 05:57:02 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/Cristiana-Taddeo.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=972 Ao Vivo em Casa, a nova série de lives diárias da Folha, traz nesta quarta-feira (29) o primeiro webinar sobre a Cannabis medicinal da temporada. Serão dois painéis seguidos com cerca de 45 minutos cada um. O primeiro sobre Saúde e Negócios (17h) e o segundo sobre Regulação e Política (17h45).

A ideia é discutir o novo braço da Saúde, que começa a ganhar fôlego no país, e vem ajudando na melhora do bem estar de muitos pacientes. Alguns deles possuem síndromes raras, caso da epilepsia, outros têm doenças como câncer, depressão e ansiedade.

Durante a pandemia, nos EUA, onde o setor está mais organizado, as lojas de Cannabis medicinal foram consideradas de serviço essencial, assim como supermercados e farmácias. No início da quarentena, na primeira semana de março, no estado da Califórnia, conhecido por ser mais liberal nos costumes, as vendas aumentaram 145%, enquanto no conservador Colorado, 46%.

A médica Paula Dall’Stella  (Foto: Valéria França)

O painel de Saúde e Negócios reúne profissionais que trabalham em áreas diferentes. A médica Paula Dall’Stella, radiologista e uma das pioneiras da prescrição de Cannabis medicinal no Brasil, conta como o óleo derivado da planta vem ajudando aos pacientes que atende no consultório. Ela também revela o que vem de novo por aí.

A Cannabis medicinal será vendida algum dia ao lado dos analgésicos comuns? A indústria brasileira vai conseguir produzir um medicamento mais acessível? Para ajudá-la nesta análise, estará presente Cristiana Taddeo, fundadora da Be Hemp, associação de pacientes com epilepsia. Ela também é sócia de uma empresa de Cannabis medicinal nos EUA.

Bacellar: “Saúde continua sendo a pauta no próximo ano”

Com uma visão mais estratégica de negócios, José Bacellar– ex-presidente da Bombril e fundador da VerdeMed, empresa canadense de Cannabis medicinal voltada à America Latina –, afirma que a Saúde continuará a ser a grande pauta universal, mesmo depois de passada a pandemia. “O mundo está sendo sacudido por um vírus, que acabou expondo a fragilidade do homem e do sistema”, diz Bacellar.

Javier Hasse, escritor e diretor administrativo do Cannabis Benzinga

O painel ainda conta com Javier Hasse, diretor administrativo do braço de Cannabis do Benzinga, empresa americana de fundos de capital. Jornalista e fotógrafo especializado em Cannabis, escreveu Start Your Own Cannabis Business. livro lançado em 2018, que alcançou o primeiro lugar da lista de best-sellers da Amazon.

Regulação e Política é o tema do segundo painel. Aqui a discussão é o cultivo. Participam dois políticos que atualmente estão no centro dos holofotes. Ambos acreditam que sem o cultivo o Brasil não será competitivo e nem vai colocar nas prateleiras produtos de baixo custo.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) é presidente da comissão que analisa a PL 399-15, elaborada para viabilizar a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta. Desde outubro realizou audiências com pacientes, pesquisadores, empresários e médicos para entender as necessidades e entraves de cada ponta do setor.  Viajou para o Uruguai, que em 2012 regulamentou a venda controlada pelo Estado da maconha medicinal e recreativa. Também foi para a Colômbia, que liberou o uso terapêutico e científico do cânhamo em 2017.

O outro político atuante neste setor é o deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ), ativista e ex-ministro do Meio Ambiente (2008- 2010). Em março, conseguiu a aprovação por unanimidade da PL 174-2019, que trata do cultivo para pesquisa, mas o governador do estado fluminense Wilson Witzel vetou.

 

Para alinhavar a conversa, o advogado Rodrigo Mesquita, membro da Comissão Especial de Assuntos Regulatórios da Ordem dos Advogados, explica a atual legislação brasileira sobre o tema.

Fique de olho que este webinar terá uma segunda edição. Será na quarta-feira (13), às 17h, com mais dois painéis, Novos Negócios e Investimentos.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Empresa de fundos organiza sala virtual para setor da Cannabis levantar capital https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/04/24/empresa-de-fundos-organiza-sala-virtual-para-setor-da-cannabis-levantar-capital/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/04/24/empresa-de-fundos-organiza-sala-virtual-para-setor-da-cannabis-levantar-capital/#respond Fri, 24 Apr 2020 05:06:44 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/José-Bacellar-Toronto-1-e1627497623321.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=968 Empresa americana de fundos de capital Benzinga realiza a primeira sala virtual de negócios para a indústria da Cannabis. Sem sair de casa, os empreendedores poderão se apresentar a um seleto grupo de investidores.

No Brasil, este é um tipo de evento que não acontece nem ao vivo, quanto mais pela internet. O meeting será nesta sexta-feira (24), às 10h, de Brasília. Entre os empreendedores, um brasileiro, José Bacellar, CEO e fundador da canadense VerdeMed, startup da Cannabis medicinal voltada para a América Latina.

“Foi uma ótima ideia dos organizadores”, diz Bacellar, que está na quarentena, como todos na cidade onde mora, em Toronto, no Cannadá. “É uma forma inteligente e segura de os negócios não pararem.”

Também se apresentam a CannGoods, empresa de logística, Morency Cannabis Park, da área de cultivo, e a Leafwire, espécie de Linkedin da Cannabis, com 30 mil membros, que representam 10 mil companhias.

O Benzinga Virtual Deal Room é uma extensão do consagrado Benzinga Cannabis Capital Conference, que acontece em junho, desta vez também pela web.

 

 

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Os influenciadores da Cannabis em 2019 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/01/02/os-influenciadores-da-cannabis-em-2019/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2020/01/02/os-influenciadores-da-cannabis-em-2019/#respond Thu, 02 Jan 2020 20:26:21 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/mara-gabrilli-de-Zé-Carlos-BarretaFolhapress-e1598228918337-300x215.jpg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=651 O ano de 2019 foi o ano mais movimentados do mercado nacional da Cannabis medicinal. Na política, quatro Projetos de Lei foram encaminhados para tramitar no Senado, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) também reconheceu a necessidade de aprovar novas regras para o comércio e plantio da Cannabis medicinal. Optou antes por uma pesquisa pública. Em cima das considerações da sociedade, redigiu novas medidas, mas demorou um mês a mais do que o esperado para anunciá-las. No início de dezembro, determinou que será permitida a venda do canabidiol com 0,2% de THC nas farmácias. O óleo poderá ser produzido aqui, com extrato importado.

Enquanto todos esperavam pela publicação das novas regras, o mercado esteve extremamente agitado. Havia uma preocupação geral em mostrar ao público e as autoridades a importância da lei tanto para a economia como para a saúde de muitos brasileiros. Congressos científicos, encontros de mercado e tributos culturais foram realizados. A maconha começou a ser encarada como uma commodity, assim como a laranja ou a soja.

Mesmo diante dos preconceitos sobre o tema, as associações de pacientes, advogados, médicos e a própria indústria mostraram a importância do CBD em tratamentos de doenças crônicas como o câncer, a epilepsia e a fibromialgia. Conheça abaixo os 12 brasileiros que inspiraram o setor da Cannabis medicinal em 2019.

  1. A senadora Mara Gabrilli  (PSDB-SP) abriu a própria intimidade para contar os benefícios, que a Cannabis medicinal trouxe para a vida dela. Vítima de um acidente de carro, que lhe causou uma grave lesão medular em 1994, Gabrilli sofre com espasmos e dores musculares. Sintomas que ela declarou serem controlados com óleo de Cannabis. Ela influenciou diretamente opiniões no Senado para que a sugestão nº6, sobre a regulação do cultivo e da comercialização do cânhamo virasse Projeto de Lei.
  2. Para o diretor-presidente da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária),William Dib, 2019 foi o último e o mais difícil do seu mandato. Ele admitiu a importância da regulação de uma nova Lei sobre o comércio e o plantio da Cannabis medicinal, abriu uma pesquisa pública sobre o tema e redigiu uma regulação. Mesmo contra à vontade do Governo Federal, conseguiu que a diretoria colegiada da agência aprovasse em 3 de dezembro que produtos de Cannabis para fins medicinais sejam vendidos em farmácia no ano de 2020. Abriu caminho para que empresas nacionais produzam o óleo com matéria prima importada.
  3. Mais conhecido como Jojô, George Wachsmann, CIO da empresa digital de fundos Vítrio, abriu o primeiro produto para brasileiros apostarem no mercado de Cannabis internacional. Trata-se do Cannabidiol FIA IE, fundo onde o investidor compra uma cesta ações de empresas de setores diferentes e também da indústria da Cannabis. A iniciativa deu novo status à Cannabis no Brasil, mostrando o potencial econômico de commodity.
  4. Como presidente da Comissão Especial para viabilizar o comércio da Cannabis, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) investiu esforços nas pesquisas e entrevistas com especialistas sobre a Cannabis medicinal. Admitiu que falta conhecimento técnico e medicinal aos políticos para avaliarem e formularem um Projeto de Lei adequado à realidade nacional.
  5. Advogada e presidente da Apepi (Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal), Margarete Brito é um dos nomes mais importantes na luta dos pacientes refratários do Brasil. Mãe de Sofia, 10, portadora de uma síndrome rara (CDKL5), ela foi a primeira brasileira a ter autorização da Justiça para cultivar Cannabis. Em 2019, entrou com uma ação na Justiça pedindo autorização para fornecer óleo de Cannabis para pacientes sem recursos. Além de acolher familiares e doentes, Brito trabalhou na divulgação de informações de qualidade. Em junho, organizou o 2º Seminário Internacional de Cannabis Medicinal, em parceria com a Fiocruz e professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É uma referência entre as associações e força política.
  6. Grupo Terra Viva, de cultivo e comercialização de produtos agrícolas como cereais, flores, batatas e plantas ornamentais, foi a primeira empresa a conseguir  liminar na Justiça para cultivar cânhamo. Com isso, ganhou o direito de importar e cultivar as sementes para fins comerciais e medicinais. A Justiça entendeu que o cânhamo não se confunde com a maconha, por ter menos de 0,2% de THC (substância com efeitos psicotrópicos). A liminar ainda determinou que o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) deve incluir o cânhamo industrial no RNC (Registro Nacional de Cultivares).
  7. Diretora geral da SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis), a médica psiquiatra Eliane Nunes esteve presente em programas de TV e em todos os congressos científicos que envolveram a Cannabis medicinal. Também levou a experiência clínica e de pesquisa à Câmara dos Deputados, mantendo uma posição independente das empresas da Cannabis.
  8. Emílio Figueiredo é advogado especializado em casos de pacientes sem condições financeiras de compra o óleo de Cannabis, que entram na Justiça para pedir autorização para plantarem a erva. Ele é um dos fundadores da Reforma, coletivo que reúne 21 advogados voluntários, espalhados pelos estados brasileiros. Em paralelo, durante o ano de 2019, atuou como o maior crítico e ativista do setor. Sem perder o foco dos interesses dos pacientes, está sempre conectado às redes sociais e não fica de fora de nenhuma polêmica do setor. Considera a nova regulação da Anvisa “elitista”, por achar que não aumenta de fato o acesso dos pacientes.
  9. Ex-presidente da Bombril, José Bacellar abriu a VerdeMed, startup sediada no Canadá, voltada para o mercado de Cannabis da América Latina em 2018. Em 2019, lançou a campanha “CBD legal”, como apoio de outras empresas do setor. O CBD é a abreviação de canabidiol, substância da Cannabis que não dá o tal “barato”. Informava ser uma substância encontrada no hemp (cânhamo)– um tipo de Cannabis chamada de ruderalis– usado hoje para fazer roupas, tênis e tijolos, entre outras coisas. A campanha dizia que “cânhamo não é maconha”. Destacou-se ainda por ser um dos poucos empresários do setor que atuou sem preconceitos, como se estivesse em um negócio de qualquer outro ramo, anunciando na mídia e costurando nos bastidores para abrir mais espaço para o mercado da Cannabis como um todo.
  10. Vicente Fox, ex-presidente do México, virou o “garoto propaganda” da indústria da Cannabis. Membro do conselho diretivo da Khiron, empresa canadense de Cannabis, vem se dedicando ao setor com fervor. Uma das figuras mais requisitadas para dar palestras em congressos internacionais de 2019, Fox acredita que a regulação do mercado da maconha seja o caminho contra o tráfico de drogas.
  11. Laís Macedo, CEO do Lide Futuro– plataforma de conteúdo, experiências e networking – , organizou o primeiro debate de 2019 para especialistas e investidores sobre o potencial do canabidiol na economia do país. Intitulado Canabusiness: um mercado bilionário, o evento reuniu especialistas do setor e investidores. Mesmo diante do preconceito do tema, Macedo provou o interesse sobre o tema e abriu caminho para uma série de outros eventos semelhantes que aconteceram no segundo semestre de 2019.
  12. Jornalista e um dos diretores de Ilegal–documentário sobre o uso medicinal da maconha–, Tarso Araújo reuniu os personagens do filme para comemorar cinco anos do lançamento e ainda fazer um tributo às famílias retratadas ali. Entre os presentes, Margarete Brito e Cidinha Carvalho, entrevistadas na época, e que hoje comemoram a autorização obtida na Justiça para plantar Cannabis medicinal para o tratamento dos filhos. O encontro fez um balanço oficial importante do avanço dessa jornada.

 

 

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Insegurança jurídica leva empresa de Cannabis a pôr o Brasil na “geladeira” https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/11/26/inseguranca-juridica-leva-empresa-canadense-de-cannabis-por-o-brasil-na-geladeira/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/11/26/inseguranca-juridica-leva-empresa-canadense-de-cannabis-por-o-brasil-na-geladeira/#respond Tue, 26 Nov 2019 20:41:52 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/WhatsApp-Image-2019-11-26-at-16.55.19-300x215.jpeg https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=485 A empresa canadense VerdeMed, de Cannabis medicinal, anuncia oficialmente nesta terça, 26, o redirecionamento dos negócios aos investidores. Ela pretende investir prioritariamente no Chile, Peru, Colômbia e México. Startup com estratégia agressiva de mercado, a VerdeMed surgiu há pouco mais de um ano, com sede em Toronto, no Canadá, escritório em São Paulo, no Brasil, e laboratório de extração de óleo em Cali, na Colômbia.

A estratégia da VerdeMed será apresentada a 25 investidores em um hotel da capital paulistana. A empresa pretende captar US$15 milhões, que serão direcionados para a expansão da VerdeMed Agri na Colômbia, a implantação da Care nos demais países e no crescimento da linha de produtos.

Deste total, US$ 3 milhões serão destinados aos investidores que participaram do primeiro fund-raising, realizado no fim de 2017. Entre eles, nomes conhecidos na esfera dos negócios como Decio Goldfarb, acionista da lojas Marisas, e Helio Seibel, presidente e CEO da empresa familiar Leo Madeiras, membro do conselho diretivo da Klabin, sócio da Duratex e Leroy Merlin.  Os US$ 12 milhões restantes ficam para os novos sócios.

Ex-presidente da Bombril, o fundador e CEO da VerdeMed José Bacellar, 55, é brasileiro. Nasceu na região central de São Paulo, na Bela Vista, passou a infância e a adolescência na Zona Oeste– na Lapa de Baixo e no Alto de Pinheiros, respectivamente. Há mais de uma década, mudou para o Canadá. Foi lá que, recentemente, assistiu a Cannabis explodir como a grande oportunidade de negócio mundial.

Em 2018, cinco meses depois de o primeiro-ministro Justin Trudeau legalizar a maconha no país, o Canadá arrecadou US$ 139 milhões em impostos oriundos da comercialização da Cannabis, segundo dados oficiais. Neste período, as ações da também canadense Tilray subiram 800% em dois meses.

A VerdeMed nasceu como uma empresa canadense direcionada para o mercado da América Latina. Porém, o Brasil sempre foi o “queridinho” do fundador. Neste ano, o escritório da Avenida Paulista ficou sob o controle de executivos experientes, enquanto Bacellar dedicou grande parte do seu tempo para divulgar a Cannabis medicinal Brasil afora.

Deu palestras, realizou eventos VIPs e até criou a polêmica campanha do “CBD legal”, em defesa do canabidiol, um dos principais ativos da planta e de grande importância medicinal. Estamos falando da substância da maconha que não dá o “barato”.

Bacellar foi de Toronto a São Paulo e voltou, com a mesma frequência de quem pega a ponte aérea Rio-São Paulo, para trabalhar. Ele parece seguir o lema de seu sócio Seibel: “Para crescer, às vezes é necessário arriscar tudo.”

 

Campanha da VerdeMed lançada este ano
(Foto:divulgação)

Em tempo de juro estável, de um índice de 12 milhões de desempregados e de investidores com dinheiro no bolso procurando novas oportunidades de negócios –, Bacellar faz parte de um grupo de empresários que luta para que o Brasil tenha uma nova indústria. Sim, há outros com objetivos parecidos aos dele. Posso citar Viviane Sedola, da Dr. Cannabis, Caroline Heinz, da HempMeds, Caio Abreu, da Entourage Phytolab e Marcelo Galvão, da OnixCann, entre outros. A diferença esteja, talvez, no chamado “sangue nos olhos” para os negócios, que o fez ganhar desafetos, revelados nas redes sociais.

O Brasil fica na geladeira até que o governo regularize o comércio nacional de Cannabis medicinal. “Não podemos continuar com  plano de transformar o país no centro de nossas operações em Cannabis medicinal, enquanto não houver segurança jurídica”, diz Bacellar. O empresário revela ter planos futuros para o Brasil. A empresa continua com o escritório na capital paulistana. Questionado sobre qual o país que será o centro dos negócios da VerdeMed, Bacellar desconversou.

O mercado nacional da Cannabis medicinal ficou na expectativa de mudanças positivas o ano inteiro de 2019. De um lado, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) sinalizava mudanças de abertura na comercialização do setor, de outro, o governo federal, representado pela figura do ministro Osmar Terra, bombardeava todas as iniciativas neste sentido.

A expectativa foi tão grande que a Canopy Growth, empresa canadense com ações na bolsa,  trouxe para São Paulo o braço científico da companhia, Spectrum Therapeutics, em junho. Junto com a abertura da sede científica, anunciou investimentos em pesquisa na América Latina. No início de novembro, no entanto, enxugou a lista de funcionários.

 

 

 

 

 

 

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Cannabis ganha destaque em feira de varejo em SP https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/08/28/cannabis-ganha-destaque-em-feira-de-varejo-em-sp/ https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/2019/08/28/cannabis-ganha-destaque-em-feira-de-varejo-em-sp/#respond Thu, 29 Aug 2019 02:10:06 +0000 https://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/Forum-1-300x215.jpg http://cannabisinc.blogfolha.uol.com.br/?p=118 O emergente mercado da Cannabis entrou pela primeira vez na agenda de palestras da Latan Retail Show, maior evento de negócios do varejo no Expo Center Norte, em São Paulo. Ontem, 27, o fórum reuniu quatro players do mercado internacional, com estratégias e propósitos diferentes.

Valéria França, do blog Cannabis Inc, moderou o debate, que contou com a cientista Gabriela Cezar, que atua no Uruguai, André Steiner, na Jamaica, José Bacellar, no Canadá, Colômbia e Brasil.  Também estava presente o pesquisador de mercado Vinnicius Vieira.

Os participantes eram todos brasileiros, que atuam em outros países, enquanto esperam mudanças mais favoráveis aos negócios nacionais. O Fórum foi  o primeiro passo de Marcos Gouveia de Souza, diretor geral da feira, em direção a esse mercado. “Em novembro, vou organizar um evento focado na Cannabis.”

A decisão veio depois que a Hiria, produtora de conteúdo para grandes empresas do varejo, recebeu encomendas de pesquisa sobre o mercado da Cannabis de empreendedores de diferentes setores. “Beleza, saúde, bebida, construção e vestuário são alguns deles”, disse o administrador e sócio Vinnicius Vieira, especializado no perfil do consumidor. “Já existe uma nova economia em torno da Cannabis. Mais de 40 países regulamentaram o uso medicinal e recreativo”.

Gabriela Cezar, sócia da Panarea (pronuncia-se Panaréia) Partners Inc. referendou as considerações de Vieira: “Existe um apelo muito grande do consumidor. Ele quer remédios, cosméticos e bebidas.” Ela tem um polo de laboratórios no Uruguai para abrigar diferentes empresas. “Além de ser muito bem equipado, está na zona franca do país, o que traz benefícios fiscais”, explicou à plateia.“Eu sempre tive preconceito com a maconha. Superei isso porque sou uma cientista.  Os resultados da Cannabis medicinal são muito importantes”, disse.

Foram experiências anteriores profissionais e muitas vezes pessoais que impulsionaram os palestrantes a entrarem no mercado. Por exemplo, dono da White Cloud Mountain Quantum Cannabis, André Steiner, 53, investiu na Cannabis medicinal, depois que a mãe dele morreu de câncer. “Ela foi consumida pela quimioterapia”, lamentou. “Foi uma opção dela. A família tinha de respeitá-la.”

Logo depois, Steiner abriu uma butique de maconha na Jamaica, com objetivos curativos. Para estrutura-la, fechou parceria com a Technion, Instituto de Tecnologia de Israel e com um laboratório genético nos Estados Unidos. Um levanta o perfil genético da planta e o outro, do paciente. “Assim conseguimos identificar o tipo de Cannabis mais adequada e eficiente para cada pessoa”, explica Steiner.

Diferentemente das grandes empresas farmacêuticas tradicionais, que centralizam todas as áreas da cadeia, esses players escolhem associados com expertise complementares. Um caso de relevância é o da VerdeMed, startup canadense, que conseguiu se estabelecer no mercado da Colômbia, no Canadá e no Brasil, em menos de dois anos.

Na Colômbia, fundiram-se com a Greenfarma, laboratório de armazenamento e extração de óleo de Cannabis. A empresa estava fisicamente estruturada e tinha todas as licenças de funcionamento, quando fechou negócio com a VerdeMed. No Canadá, a TIPT, Toronto Institute of Pharmaceutical Technology, é o braço direito da startup. “O laboratório pesquisa e desenvolve três medicamentos que vamos colocar no mercado”, disse José Bacellar, de 54, presidente e fundador da VerdeMed.

Fora esses produtos, a empresa vai disponibilizar o óleo de canabidiol, com apenas 0,3% de THC. Comercializado por diversas empresas, esse produto tem o efeito de um “genérico” que diminui dores, convulsões e espasmos de várias doenças, das mais graves, como epilepsia e câncer, até cólicas.

No início do mês, a VerdeMed lançou –com apoio da Cantera, GreenCare, Hempflex, The Green Hub, Indeov, Hempcare, Spectrum Therapeutics e Abiquifi – a campanha o “CBD legal”, que Bacellar vem divulgando pelo Brasil. Ao alertar que o canabidiol ou CBD não tem efeito psicotrópico, o vídeo pede a liberalização da substância no mercado. Essa é uma das melhorias que as empresas esperam no mercado nacional.

 

 

 

 

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