Mara Gabrilli vira titular e vota no cânhamo
Nesta quarta (25) a senadora Mara Gabrilli (PSDB- SP) deixou de ser suplente na Comissão de Direitos Humanos. Agora como titular tem direito a voto para atuar com mais força nos assuntos que vem abraçando, entre eles, o da maconha medicinal.
A novidade pode alterar o curso da sugestão nº 6, sobre a regulamentação do cultivo e da produção industrial do cânhamo, que entra nesta quinta (26) novamente na pauta. “A senadora é favorável à aprovação do projeto de lei”, diz Vitor Oliveira, consultor político da Pulso Público. “Ela irá influenciar outros colegas que ainda não se manifestaram.”
Do lado oposto, outra figura de peso, o senador Eduardo Girão (PODEMOS-CE) é declaradamente contra ao projeto de lei. Na semana passada, quase conseguiu derrubar a sugestão nº6, pela falta de quórum durante a sessão. “O Brasil não está pronto para o plantio do cânhamo. Isso precisa ser melhor discutido”, explicou.
Na mesma semana, o senador apresentou um projeto de lei que se aprovado obriga o SUS a distribuir gratuitamente os medicamentos à base de canabidiol (CBD). A assessoria do gabinete diz que Girão é sensível às dificuldades que hoje os paciente têm em adquirir a medicação– atualmente importada individualmente por até R$ 2 mil.
Sabe-se que em algumas doenças o óleo de CBD tem mais eficiência quando associado ao THC. Segundo Girão, ainda não existem comprovações científicas desse resultado. Por isso, elaborou um projeto de lei apenas com o canabidiol puro.