Há dois anos, escrevi minha primeira matéria sobre brasileiros que apostavam no mercado de Cannabis no exterior. Parecia uma notícia isolada – não era. Desde então, surgiram mais players, entre eles empresários conservadores do país. Enquanto isso, a flexibilização das leis virou uma tendência mundial– 31 países adotam hoje uma postura mais liberal em relação à maconha.
Quem estava na dianteira disparou. Um exemplo é o Canadá, que é líder na fabricação de produtos de Cannabis medicinais e liberou o uso recreativo. Países como México e Colômbia usaram a tendência como uma estratégia de enfraquecimento do tráfico.
Até o Brasil, que parecia fora da corrida, pode entrar no jogo. Em julho, a gigante do mercado global, a Canopy Growth, anunciou que pretende investir R$ 60 milhões em pesquisas científicas e na especialização de profissionais no país, onde o comércio é ilegal.
No mesmo mês, a agência reguladora nacional publicou duas propostas públicas. Uma relativa ao cultivo controlado para a produção medicinal e científica e outra sobre a regulamentação do registro de medicamentos com princípios ativos da planta. A questão impacta na saúde de milhares de pacientes com dor crônica (como a derivada da fibromialgia e do câncer), autismo e mal de Parkinson. Este blog vai dar conta do tanto que vem por aí. Bem-vindo ao Cannabis INC.
Folha.