Brasileiros abrem o primeiro fundo de investimentos internacional de Cannabis do país
De olho em um mercado novo e promissor, quatro sócios brasileiros resolveram montar o primeiro fundo de ações focado no mercado de Cannabis internacional. Eles começam a operar nesta terça (29). A indústria da maconha legal movimentou US$ 18 bi no mundo em 2018. Deve chegar a US$ 166 bilhões no mundo, segundo a Euromonitor, agência de marketing estratégico.
Destinado a investidores qualificados, o Cannabidiol FIA IE é um novo braço da Vitreo, empresa digital de fundos, aberta em 2018. Os sócios são Patrick O’Gradey, ex-presidente da XP-Gestão, Alexandre Aoude, ex-CEO do Deutsch Bank, Paulo Lemann, filho do bilionário Jorge Paulo, e George Wachsmann, o CIO, com larga experiência em gestão patrimonial.
Metade do portfólio do fundo será em ETFs (Exchanges Trade Funds) – um instrumento onde o investidor compra uma cesta de ações de empresas variadas. Por exemplo, um dos produtos tem papeis de 63 companhias.
Na outra metade, o cliente pode escolher a empresa que pretende investir. Entre as selecionadas estão a inglesa GW Pharmaceuticals, fabricante do Mevatyl, o primeiro e único medicamento registrado no Brasil, e a americana Village Farms, uma das maiores cultivadoras de Cannabis medicinal.
Há mais três canadenses. São elas:
- Aurora – empresa com operações em 24 países, que desde março conta com o sócio e estrategista e bilionário americano Nelson Peltz
- Tilray – em dezembro de 2018, fechou acordo com a Novartis AG’s, subsidiária da Sandoz para a venda de genéricos
- Innovative Industrial Properties, focada na aquisição e aluguel de galpões para o setor.
- Sobre as demais companhias, os sócios fazem segredo.
Três perguntas para George Wachsmann:
- Qual é o investimento mínimo? Estabelecemos R$ 5 mil, mas só podem entrar investidores qualificados, em outras palavras, que tenham investimentos em patrimônios maior ou igual a R$ 1 milhão ou que apresentem um atestado por escrito.
- Qual será a taxa de administração? 1,5% ao ano.
- Muitas empresas quebraram no Canadá. O mercado não está muito arriscado?Todo investimento tem risco. Mas esse é um bom momento. O Canadá já passou pelo bum e pela readequação.