Conheça as razões que levam médicos a abraçar os tratamentos com Cannabis
É muito comum escutar histórias de pessoas que descobriram a Cannabis medicinal porque um familiar ficou muito doente e, sem ter resultados positivos com a medicina tradicional, recorreu a este tipo de tratamento. Não há como ficar impassível ou insensível a melhora significativa de uma paciente de câncer, por exemplo, que consegue driblar a depressão, a falta de apetite e as dores, voltando a ter uma vida quase normal.
A melhora que até então parecia inalcançável faz com que muitos repassem a boa experiência com a maconha medicinal. O boca a boca é o melhor marketing. Não é uma questão de ativismo, mas de saúde e medicina– por mais que muitos insistam em confundir os temas. Nada supera a realidade clínica dos consultórios.
Nesta quinta(19), escrevi sobre a nova pós-graduação de Medicina Canabinoide. A organização da classe médica no sentindo de dar mais qualificação aos colegas é apenas um dos sinais de como os tratamentos com Cannabis estão sendo levados a sério.
Formada em radiologia, com pós-graduação em neuro-oncologia, a paulistana Paula Dell Stella é um exemplo de médica que foi conquistada pela abrangência dos tratamentos com Cannabis medicinal, depois de uma experiência prática e pessoal. O primeiro paciente dela de câncer neurológico foi o noivo, há mais de cinco anos. “Depois dos resultados positivos, de poder proporcionar a ele uma vida digna, em um quadro crônico, eu comecei a pesquisar sozinha o assunto”, diz Stella.
Ela mergulhou nos livros e virou membro da Sociedade Internacional de Pesquisa com Canabinoide. Hoje, prescreve Cannabis medicinal em seu consultório e ainda dá assessoria médica a ONG e portais informativos.
Stella trata os pacientes dentro de uma visão holística e integral – ou seja, no lugar de apenas eliminar os sintomas de uma doença, tenta descobrir os hábitos de vida que levaram o paciente a ter problemas de saúde.
Jovem e adepta da prática esportiva – ela é surfista –, a médica sabe da importância dos hábitos saudáveis. Durante o almoço, dá preferência à proteína e à gordura animal. Um conceito de vida que também procura passar aos pacientes. “O açúcar é um dos grandes vilões da saúde. Ele é altamente inflamatório”, alerta.
Em pequenos drops que serão postados durante a semana, ela explicará em vídeo porque optou pela Cannabis medicinal como forma de terapia, as ações no organismo, os tipos de tratamentos, e muito mais. Publico aqui, o primeiro da série.