Bancos dificultam transferências de dinheiro do exterior para as empresas colombianas da Cannabis
Depois de cinco horas de voo, assim que os deputados Eduardo Costa (PTB-PA) e Luciano Ducci (PSB-PR) pousaram em Bogotá, na última quarta-feira (12), tiveram uma reunião informal com um grupo de empresários.
A agenda oficial da Comissão da Cannabis da Câmara começaria no dia seguinte de manhã. O presidente da comissão, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), ainda não havia chegado.
Sentados à mesa, entre uma garfada de ceviche e um patacon (entrada típica de banana), os deputados escutavam sobre alguns entraves provocados pela burocracia colombiana na vida dos empresários da Cannabis. A principal delas: a dificuldade de trazer dinheiro do exterior para investir nos negócios.
Os bancos temem serem acusados de lavagem de dinheiro ao gerir contas de empresas ligadas à Cannabis. Portanto, ora evitam operar com as empresas, ora dificultam as operações, principalmente as de transferência de capital. Trata-se de um problema recorrente em outros países, mas com intensidades diferentes, caso dos EUA e do Uruguai. A prosa tinha um objetivo: a esperança de que isso não se repetisse no Brasil.