Para dar fluxo à logística, linhas aéreas têm curso de legislação da Cannabis na Colômbia

As empresas de aviações viraram objeto de um programa de educação sobre o comércio da Cannabis na Colômbia. A iniciativa é de uma companhia de logística, a Siacomex, que enxergou a necessidade de esclarecer o funcionamento da legislação do país. O motivo: as linhas aéreas geralmente se recusam a fazer o transporte da Cannabis medicinal, mesmo sendo um comércio legal.

As empresas possuem medo de serem acusadas de lavagem de dinheiro. “O principal problema é o desconhecimento da lei”, diz Mário Pizon, diretor operacional da Siacomex. A Colômbia tem uma legislação robusta, que foi regulamentada em 2017. “Os políticos não bem intencionados, mas não sabem como os negócios acontecem. Por isso, esqueceram do suplychain.”

Segundo ele, a regulação é muito teórica e pouco prática. “Ela exige uma série de licenças para garantir a qualidade e a segurança do produto e do consumidor, mas não explica como pode ser o transporte. O empresário fica com o ônus de tentar solucionar a questão individualmente”, diz Pizon

O transporte marítimo seria outra possibilidade. “Pelo mar, a carga demora mais para chegar ao destino final e os riscos de assalto são maiores. Isso impacta o seguro”, explica. O próximo passo dos workshops é discutir soluções práticas do transporte.