Kentucky aprova Cannabis medicinal e rejeita proposta de descriminalização da maconha

Cannabis ruderalis
Valéria França

A Cannabis medicinal conquistou mais um estado americano, o de Kentucky. Na última quinta-feira (21), o Senado aprovou o acesso ao tratamento com substâncias a partir da erva. A Lei 136 (House Bill 136) passou com 65 votos a favor e 35 contra. Kentucky era um dos 17 estados americanos que não aprovava nenhuma forma de consumo, fosse ele médico ou recreativo. Os EUA têm 50 estados.

A mudança de mentalidade não foi apenas do Senado. A população do estado começou a entender os benefícios que a Cannabis medicinal pode trazer à saúde. É cada vez mais conhecida a propriedade terapêutica anticonvulsiva e de alívio a dor, sem prejuízo ao bem-estar do paciente, quando administrada a longo prazo.

Vale lembrar também que os EUA passam por uma epidemia de overdose de consumo de opioides, medicamento que tira a dor, mas vicia. Por isso, os cuidados paliativos no tratamento viraram uma discussão muito atual e necessária. A dor é subtratada –alivia-se o sintoma sem procurar a causa– em quase todo o mundo.

Em 2012, apenas 10% da população apoiava a Cannabis medicinal, segundo pesquisa do Departamento de Saúde do Estado, realizada na época. Em 2019, um novo levantamento mostrou que a maioria, 90%, aprova este tipo de tratamento.

Porém, no que se refere à criminalização do consumo recreativo, Kentucky mantém uma postura conservadora. Nesta terça-feira (25), o Senado rejeitou a proposta de reduzir em um terço a pena por posse de maconha que, atualmente, pode ser de mais de 14 meses de prisão.