Indústria da Cannabis colabora para conter o coronavírus e prioriza medicamentos para população de risco

Por mais que uma parcela da sociedade continue negando, a pandemia global causada pelo coronavírus é real. Está impactando a economia, o mercado e a forma com que o mundo se relaciona. No meio a toda esta revolução, que afeta diretamente os costumes e o bolso de todos, a indústria da Cannabis vem fazendo a parte dela para mitigar as chances de contágio do vírus.

Até esta terça (17), o setor cancelou ou remarcou 12 eventos e congressos nos EUA – entre eles, do High Times Cannabis Cup e CCIA Annual Policy Conference, na Flórida–, dois no Canadá –420 Vancouver e 420 Toronto–, um em Israel, em Tel Aviv –CannaTech & PsyTech–, um na Espanha, Barcelona– Spannabis –e um no Brasil, São Paulo–ExpoCannaBiz.

Nos EUA, dispensários como o de Ilinóis, a quinta cidade americana com maior número habitantes, está priorizando a venda de Cannabis medicinal ao do uso adulto para evitar filas e aglomerações. Os serviços de delivery também estão mais frequentes.

Na Alemanha, a indústria se abastece com produtos de Portugal, China, Grécia e Espanha – uma vez que os EUA fecharam as fronteiras, dificultando o comércio exterior.

A Cannabis medicinal tem como foco os pacientes crônicos, os mesmos que são mais suscetíveis ao coronavírus. Os governos estão impulsionando e acelerando pesquisas com o objetivo de descobrir uma vacina em tempo recorde– o que é uma ótima notícia.

Além do risco de contrair o coronavírus, os pacientes com doenças crônicas lidam todos os dias com os sintomas difíceis como as dores do câncer, o mau-humor ou a falta de mobilidade provocada pelo Alzheimer e os tremores do Parkinson. Daí, entra a Cannabis medicinal, trazendo bem-estar ao aliviar tais manifestações físicas.

Nesta segunda (16), o dólar ultrapassou a barreira dos R$ 5, deixando os medicamentos importados à base de Cannabis mais inacessíveis. Na Inglaterra,  o Sativex – registrado como Mevatyl no Brasil –, custa £ 800, o equivalente a R$4.904.

“O governo poderia, por exemplo, tirar o imposto de importação do medicamento registrado no Brasil. Isso já ajudaria a diminuir o custo”, sugere Cristiana Taddeu, fundadora da Be Hemp. A associação dá suporte médico e jurídico para 900 pessoas com epilepsia que precisam de medicamento importado. A preocupação de Taddeo neste momento é com os pacientes crônicos.

Localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, o escritório está praticamente vazio, uma atitude cidadã para colaborar com a crise mundial da saúde. A maioria dos funcionários está trabalhando no esquema home-office.

A Cannabis comprovadamente é um anticonvulsivo. Sem o medicamento, os pacientes acabam internados, sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde, e correndo mais riscos de vida.