Webinar da Folha reúne investidores e empresas de fundos da Cannabis

Cannabis ruderalis
Valéria França

Novos Negócios e Investimentos voltados à Cannabis medicinal são os temas do webinar da Folha na próxima quarta-feira (13). O evento faz parte da série Ao Vivo em Casa, que os jornalistas da Folha realizam sempre às 17 horas, com entrevistas das mais diversas áreas. Às quartas-feiras, a agenda é da Saúde.

Seis convidados participam do evento, que será dividido em duas partes. A primeira vai das 17h às 17h45, com uma painel de Negócios. Ele mostra a gama diversificada de atividades, que vai além da fabricação dos remédios. Aceleradoras, empresas de informação, educação, moda e rastreabilidade de produtos são algumas delas.

Há investidores que apostam em vários negócios ao mesmo tempo. É caso doe um dos participantes, o neurocirurgião Pedro Pierro, antigo prescritor de Cannabis medicinal. Ele tem clínicas voltadas ao tratamento à base da planta, participa de uma plataforma de educação com aulas presenciais para médicos e ainda participa como consultor de um site segmentado de notícias. Pierro, neuro-cirurgião e especialista em negócios de Cannabis

Pedro Pierro, neurocirurgião, disputado no mercado pelo conhecimento acumulado em Cannabis (Foto:divulgação)

Parece sempre disposto a achar um tempinho para alguma ideia nova que apareça. Na verdade, Pierro vem sendo disputado pelo conhecimento prático acumulado neste tipo de terapia, que ainda é pouco comum entre os 455.892 médicos do Brasil.

A primeira parte da webinar ainda conta com o empreendedor paulista Daniel Jordão e Marcel Grecco. vem de uma família do setor imobiliário –uma das mais tradicionais e seguras formas de investimentos– e de organizações de feiras e revistas dirigidas.

Daniel Jordão: do ramo imobiliário às startups da Cannabis (Foto: divulgação)

 

Em 2019, abriu o primeiro portal nacional focado em saúde e negócios da Cannabis com amigos. Mais recentemente voltou a investir na área de eventos, mas voltados ao setor de Saúde e Cannabis. Mesmo com a pandemia não recuou, porque sabe que as crises são passageiras.

Já Marcelo Grecco é um dos fundadores da The Green Hub– plataforma de tecnologia e informação voltada para a área de Cannabis. A aceleradora realizou a primeira chamada de startups neste ano. Analisou e selecionou 15 candidatos para apresentar a investidores em um evento chamado de Demo Day no início de março. Apesar de serem direcionadas ao setor, tinham startups da área de tecnologia a de confecção. Todas receberam aporte.

A segunda parte do Ao Vivo em Casa acontece logo em seguida, às 17h50, e o foco é Investimentos.

George: o sócio que está a frente das operações (Foto: divulgação)

Entre os três nomes que participam, George Wachsmann, CIO da Vítreo, plataforma digital de investimentos, a primeira empresa a ofertar um mix de ações de empresas de Cannabis para investidores qualificados, em outubro de 2019. Um mês depois, a Vitreo lançou o Canabidiol Light, um produto para qualquer um disposto a gastar acima de R$ 5 mil.

No mesmo painel, Patrick Lane, CEO do Benzinga, um hub americano com empresa de fundo de investimento, de eventos de negócios e com uma revista digital especializada. Vice-presidente do setor de parcerias, Patrick é responsável pelo desenvolvimento de parcerias e de captação de público.

Bacellar: como levantar dinheiro e seguir em frente mesmo com a pandemia (Foto: divulgação)

Além deles, José Bacellar, CEO da empresa canadense de Cannabis medicinal Verdemed.  Ele mostra outro lado da moeda. Como as startups podem buscar novos investimentos, mesmo em tempo de Covid-19. O executivo fala sobre os entraves e as vantagens de entrar para o setor neste início de mercado.

No fim do ano passado, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) deu o sinal verde para o mercado, que esperava por uma segurança jurídica. Aprovou o registro de produtos fabricados no Brasil e permitiu à venda nas farmácias.

A Cannabis medicinal oferece uma gama de combinações entre as substâncias dela que auxiliam no tratamento de diversas doenças. Algumas graves, caso da epilepsia refratária, do Alzheimer, do câncer e da fibromialgia, entre tantas outras. Os resultados positivos fizeram com que em 2015, os pacientes conseguissem a liberação da importação do medicamento pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). No início de 2020, a Anvisa tinha  1.900 pacientes cadastrados.