Para empresária, acesso a informação é chave para entender a importância da Cannabis medicinal
Desde que o PL 399-2015 ficou pronto, não se fala de outra coisa no setor. O texto substituto entregue na Câmara dos Deputados, em Brasília, em agosto (18), propõe o cultivo da Cannabis medicinal e do cânhamo. Na terça-feira (1), houve uma audiência pública sobre o tema. Nos bastidores, a preocupação é divulgar informações de qualidade para que a sociedade entenda a importância deste projeto.
“Sabemos que uma campanha publicitária negativa de mais de 80 anos conseguiu fazer muitas pessoas enxergarem a Cannabis como algo negativo. Hoje temos acesso à informação científica e de qualidade que prova que a Cannabis medicinal é segura e já mudou para melhor milhares de vidas”, diz Viviane Sedola, relações públicas e fundadora da plataforma Dr. Cannabis.
Ela começou nos negócios da Cannabis medicinal com um site de informações em 2018. O segundo passo foi conectar pacientes a médicos prescritores e desenvolver um sistema para ajudar na importação dos remédios junto à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).
Logo depois, surgiram muitas plataformas parecidas que de formas diferentes também passaram a divulgar a ciência da Cannabis– como surgiu, a ação, as substâncias mais pesquisadas e porque ajuda tanto nos tratamentos de doenças raras.
“Desafio quem se diz contra a ler o projeto de lei e assistir às manifestações das audiências públicas na íntegra. A informação é o melhor remédio”, diz ela. Na última terça-feira, por exemplo, a audiência começou com o depoimento de mães que assumiram a liderança de um movimento pelo acesso ao medicamento. A maioria delas com filhos que sofriam de epilepsia severa. As crianças não melhoravam com nenhum medicamento clássico, apenas com o CBD (canabidiol, uma das substâncias da Cannabis).