Girão pede a inclusão de CBD no SUS e Gabrilli, de todos os medicamentos de Cannabis

Nesta terça-feira (22), o senador Eduardo Girão (PODE-CE) recuperou um plano antigo. Encaminhou um manifesto ao Ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pedindo que o CBD (canabidiol) fosse distribuído pelo SUS (Serviço Único de Saúde). Ele conseguiu o apoio de 28 senadores. O objetivo é até nobre. Um vidro de CBD na farmácia custa em média R$ 2.500. O documento recebeu o apoio de 28 senadores.

Até eu assinaria– se ele não estivesse colocando de escanteio outras substâncias da planta que são importantes. Girão alega que apenas o CBD tem comprovação científica para o tratamento dos efeitos da epilepsia e de outras doenças raras. Não é bem assim.

A literatura e a experiências de muitos clínicos apontam que o efeito entourage – a interação entre as substâncias da Cannabis – potencializa o CBD. Girão quer o CBD isolado. O THC também vem se mostrando muito eficiente no tratamento de dor e náuseas quando associado ao CBD.

A senadora Mara Gabrilli (PSB-SP), conhecendo bem a posição do colega, elaborou outro documento, que ressalta a importância de todos os componentes da Cannabis. Como usuário dos medicamentos derivados da plantas, Gabrilli pede a inclusão no SUS de todos os medicamentos à base de Cannabis – e não apenas do CBD.

No documento ela escreve: “O Congresso nacional está neste momento debruçado em construir uma lei, em conjunto com a sociedade meedico científica, sem nunca deixar de ouvir sem nunca deixar de ouvir as pessoas que necessitam das medicações e suas famílias. Exietem como já mensionado, fartos exemplos pelo mundo de países bem-sucedidos na promoção de avanços da legislação, sobretudo no que tange ao controle de regulação  do cultivo, , produção e comercialização dos medicamentos e produtos de Cannabis medicinal , evitando que a população seja obrigada a importar medicamentos de que necessitam.”